cereais
Campanha de cereais de 2022 foi a pior de sempre
Em Portugal continental, o ano agrícola 2021/2022 caraterizou-se em termos meteorológicos como extremamente quente (o mais quente desde 1931/32) e muito seco. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), a […]
Ana Rita Almeida
CONFAGRI saúda adiamento do Regulamento Anti Desflorestação
Mercadona abriu hoje em Évora
Lidl reforça meta de zero emissões de gases com efeito de estufa até 2050
Patente da portuguesa Nolita permite eliminar açúcares e adoçantes adicionados
María José Sánchez: “Portugal é um mercado chave para a Fruit Attraction”
IACA doa 30 toneladas de ração a produtores afetados pelos incêndios
Região dos Vinhos de Lisboa dá a provar 100 vinhos de 50 produtores no festival gastronómico Heróis do Mar
Gonçalo Santos Andrade: “Vamos fazer história!”
ACIBEV assinala campanha Vitævino com vídeos a destacar a importância do setor
Freeport Lisboa Fashion Outlet apoia Refood e acolhe novo centro logístico
Em Portugal continental, o ano agrícola 2021/2022 caraterizou-se em termos meteorológicos como extremamente quente (o mais quente desde 1931/32) e muito seco. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), a seca meteorológica de 2022 foi das mais severas desde que existem registos sistemáticos, com praticamente todo o território continental em seca severa e extrema nos meses de fevereiro, maio, junho, julho e agosto.
A campanha de cereais de inverno de 2022 foi a pior de sempre, tendo sido inclusivamente inferior à produção da campanha de 2012, coincidindo as piores campanhas cerealíferas com as secas mais graves.
A produção de maçã, que em 2021 tinha sido a mais produtiva dos últimos 35 anos, decresceu 20,9%, relativamente ao ano passado. Já a colheita da pera teve quebras de produção de 41,3%, relativamente à campanha anterior, devido às condições meteorológicas adversas e à estenfiliose.
Segundo os dados revelados, na Cova da Beira a queda de cerejas foi inferior ao esperado e a colheita decorreu em boas condições, o que contribuiu para uma produção ligeiramente superior à alcançada na campanha passada (+3,1%), sendo a mais produtiva de sempre. Na laranja, o aumento de produção, quer nas variedades temporãs, quer nas tardias, contribuiu para a melhor campanha de sempre, 4,0% acima da produção registada em 2021.
Os dados indicam ainda que o défice da balança comercial dos “Produtos agrícolas e agroalimentares” (exceto bebidas) atingiu 5 222,8 milhões de euros em 2022, um agravamento de 1 374,5 milhões de euros face ao ano anterior.
Em 2022, agravou-se o défice do grau de aprovisionamento da carne, mas Portugal manteve um grau de autoaprovisionamento excedentário em leite para consumo público, vinho, azeite e arroz.
Registaram-se aumentos muito acentuados do índice de preços de produção dos bens agrícolas (+20,5%), do índice de preços dos bens e serviços de consumo corrente na agricultura (+30,0%) e do índice de preços dos bens e serviços de investimento da atividade agrícola (+10,7%).