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Medicamentos de venda livre são mais caros nas farmácias

Por a 15 de Junho de 2023 as 15:07

A Deco Proteste analisou o preço de um cabaz de 26 medicamentos não sujeitos a receita médica em diferentes estabelecimentos, desde farmácias a espaços de saúde das grandes superfícies e parafarmácias, em todo o país, e concluiu que é nas farmácias que a amostra de medicamentos selecionada é mais cara. “A diferença chega a ser 14% que nos outros canais de distribuição”, dá conta a associação dos consumidores, em comunicado.

Desde que os medicamentos não sujeitos a receita médica deixaram de ser vendidos exclusivamente nas farmácias (passando, também, a estar disponíveis noutros pontos de venda autorizados, tais como em supermercados e parafarmácias), o preço deixou de ser fixado pelo Estado. Desde então, a diferença de preços entre as grandes superfícies e as farmácias tem sido constante, lembra a Deco.

“A diferença de preços entre as grandes superfícies e as farmácias tem sido constante ao longo dos anos. Foi exatamente o que aconteceu entre 2018 e 2023: a percentagem situa-se nos 14%, entre os preços praticados nas farmácias e os que as parafarmácias nas grandes superfícies apresentam. No entanto, existem exceções à regra e nem todas as parafarmácias responderam ao inquérito que serve de base ao teste. O consumidor deve estar atento para fazer as escolhas mais económicas”, alerta Susana Santos, coordenadora da área da saúde da Deco Proteste, citada no mesmo documento.

A associação dá o exemplo de três medicamentos. O Ben-u-ron (500 mg) custava 2,52 euros, em média, num hipermercado e 2,79 euros, em média, na farmácia; o Daflon (1000 mg) custava 18.84 euros em média num hipermercado e, 21,36 euros, em média, na farmácia; e o Voltaren Emulgelex Gel (20 mg/g), embalagem de 180g, custava 21.35 euros em média nas parafarmácias e mais dois euros (23,36 euros, em média), na farmácia. Estes são três dos 26 medicamentos que compõem a amostra do estudo.

“Segundo dados do Infarmed, as farmácias continuam a deter o maior volume de vendas (78% do mercado). No entanto, na esmagadora maioria dos casos, o consumidor poupa mais se optar por comprar nos espaços de saúde dos hipermercados ou supermercados – aqui, os 26 medicamentos analisados custam no total  218 euros, em contraponto com as parafarmácias de rua (232 euros), e com as farmácias e farmácias online (245 e 252 euros, respetivamente)”, lê-se no comunicado.

Susana Santos chama ainda a atenção para a evolução do preço dos medicamentos de venda livre. “O inquérito comparou os preços deste ano com os de 13 produtos analisados em 2018 e, em média, todos os medicamentos estão mais caros. Por exemplo, o Trifene 200, 20 comprimidos, que está 89% mais caro em 2023 por comparação com 2018. No atual momento de estrangulamento financeiro, estas variações de preço podem ser decisivas para que um consumidor possa ou não comprar medicação”, termina.

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