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Novo entreposto do Lidl em Loures tem área equivalente a cinco campos de futebol. Retalhista tem 13% de quota de mercado

Por a 28 de Março de 2023 as 15:13
Da direita para a esquerda: Milton Rego (Lidl), António Costa e Silva (ministro da economia) e Ricardo Leão (presidente da câmara municipal de Loures)

Cinco campos de futebol. Esta é a área aproximada do novo centro logístico que a cadeia de supermercados Lidl está a construir em Loures. Com uma área de implantação de 54 mil metros quadrados, estará em funcionamento já no próximo ano. A retalhista discount tem em marcha um investimento de 110 milhões de euros no futuro entreposto às portas da cidade de Lisboa, que irá permitir a criação de 200 postos de trabalho.

O novo centro logístico, com capacidade para armazenar 44 mil paletes e abastecer 100 lojas, surge para dar resposta ao crescimento da cadeia discount em Portugal, onde opera há quase 30 anos, salientou Milton Rego, administrador de infraestruturas e expansão do Lidl Portugal, esta terça-feira, na cerimónia de lançamento da primeira pedra da nova infraestrutura.

À margem da cerimónia, Milton Rego disse ao Hipersuper que o novo entreposto vai servir cerca de uma centena de lojas da área metropolitana de Lisboa, concretamente lojas localizadas na margem norte do Tejo. A margem sul do Tejo até ao Algarve é abastecida a partir do entreposto de Palmela.

O centro logístico vem juntar-se ao que a cadeia construiu em 1994, em Sintra, e que ainda abastece 60 lojas da região centro. “Vamos redirecionar o serviço em Sintra, que vai continuar em funcionamento, mas mais direcionado para o sortido não alimentar, porque no novo entreposto haverá uma capacidade muito superior para produtos frescos, lacticínios e congelados”.

Além de Sintra, o Lidl tem atualmente mais três centros logísticos: Santo Tirso, Torres Novas e Palmela. A infraestrutura logística ficará completa com este novo entreposto, disse Milton Rego. “O entreposto de Santo Tirso é novo, ampliámos o de Torres Novas, agora temos esta construção em Loures que vai ser o maior centro logístico do Lidl em Portugal, e brevemente vamos ampliar o de Palmela completando a nossa estrutura logística em Portugal”. “Em Palmela, a exemplo do que já fizemos em Torres Novas, vamos modernizar e as instalações e aumentar a área de armazenagem”, detalhou.

Presente na cerimónia, o ministro da economia e do mar, António Costa Silva, parabenizou o Lidl pelo projeto e pelo contributo para a economia portuguesa. “É um grupo muito importante para o país”, que veio introduzir uma “nova dinâmica, uma nova competitividade no setor de retalho em Portugal”, acrescentando que a cadeia “já tem uma quota de 13% do mercado de retalho” no nosso país.

O ministro salientou ainda a “magnífica obra de engenharia” que representa o novo entreposto implantado numa antiga pedreira e vazadouro, cuja atividade cessou em 2000, e procura o reaproveitamento dos produtos de vazadouro aí colocados e que obrigou à movimentação de quase dois milhões de m3 de terra. Cerca de 80 empresas portuguesas estão envolvidas na obra de construção do novo centro logístico onde trabalharão um total de 350 pessoas.

António Costa Silva destacou ainda a circularidade e sustentabilidade do projeto. O futuro entreposto será dotado de um sistema de gestão de energia que, aproveitando a luz solar, gere as necessidades de energia artificial no interior. Terá ainda painéis fotovoltaicos para a produção de energia elétrica, suficiente para fornecer o equivalente ao consumo de 800 moradias por um ano, além de carregadores para veículos elétricos, sistemas de captação e aproveitamento de águas pluviais e câmaras de frio com recurso a gases naturais.

O projeto de construção envolve também um conjunto de obras de urbanização, nomeadamente vias estruturantes de acesso a zonas habitacionais e de futura indústria. “Esta área dotará a região de Loures de uma nova centralidade que trará novos investidores e postos de trabalho para esta região”, afirmou o administrador de infraestruturas e expansão do Lidl Portugal.

O Lidl Portugal dá emprego a 9.000 pessoas distribuídas pelos quatro centros logísticos e um parque de 272 lojas.

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