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Digitalização no retalho: o futuro das bebidas

Por a 16 de Março de 2023 as 10:23

Flavio Musci_CheckpointPor Flavio Musci, sales director labels RF & RFID Europe

A digitalização nos mercados centra-se, na perspetiva dos consumidores, em setores como a tecnologia e os serviços. Mas, a digitalização da sociedade faz, neste momento, parte transversal do quotidiano e pode alcançar campos do retalho como apparel, alimentos ou bebidas.

As soluções que se vão desenvolvendo para os diferentes setores procuram colmatar necessidades específicas, ou, no que às TI (Tecnologias de Informação) diz respeito, desenvolver mais e melhores soluções levando-nos ao paradigma da indústria 5.0, onde o digital é inalienável às operações no mercado. Levar estas ferramentas a produtos tão clássicos como os alimentos ou as bebidas parece não apenas utópico, como também desnecessário. Contudo, os desafios crescentes para estas duas áreas do retalho são cada vez maiores.

O setor da produção de bebidas é um dos que mais beneficia das novas tecnologias, mas, a sua prioridade é, claro, no processo de produção e distribuição dos produtos. Trazê-las para a sociedade digital é o mais recente desafio que se lhes apresenta e a visibilidade dos produtos que soluções como RFID (Radio-Frequency Identification) aporta para os produtores, desde o momento em que saem dos seus centros até chegarem ao consumidor, é uma das mais recentes novidades.

Atualmente, é possível criar uma ponte entre o mundo físico das garrafas para o mundo digital da sua identificação. Com as mais inovadoras soluções RFID, os produtores de, por exemplo, vinhos, podem facilmente atribuir um identificador único por artigo, com os seus respetivos dados digitais, e, remotamente, realizar operações como sejam o registo da produção e/ou do envio do produto até ao momento em que este chega às mãos do cliente. Se até há pouco tempo a conjugação RFID/líquidos poderia aportar algumas falhas no processo, o desenvolvimento tecnológico atual permite altos níveis de sensibilidade nas etiquetas em todo o canal de distribuição, sendo resistentes a diferenças nas temperaturas e densidades para que o comportamento das mesmas seja o mais eficiente possível.

As soluções RFID para o setor alimentar são por demais já conhecidas, atingindo até áreas como a dos produtos cuja preservação tem que ser realizada em temperaturas mais baixas e que poderiam condicionar os níveis de deteção. Estas mesmas inovações representam passos essenciais para que, por exemplo no mundo das bebidas, surjam mais e melhores soluções quer para os produtores, quer para os retalhistas.

Esta rastreabilidade dos produtos não é, contudo, apenas garante de prevenção de perdas, é também uma forma de assegurar a qualidade do produto ao cliente que o pretende comprar. As informações constantes na identificação digital que o produtor atribui não apenas lhe permite saber onde se encontra o seu produto, mas também, garantir que não ocorrem quaisquer tipos de problemas de desvios de produtos, ou alterações dos mesmos, visto que a movimentação de cada garrafa é facilmente detetada à distância, podendo, até, ajudar a detetar mercados paralelos, que muito afetam os produtores atualmente.

As soluções RFID são uma das ferramentas que mais está ao serviço dos produtores e dos retalhistas, e que demonstram como a indústria 5.0 e a digitalização vieram para ficar em todos os setores da sociedade. O potencial que as novas tecnologias aportam aos diferentes mercados estão apenas agora a revelar-se no retalho, mas acreditamos que muitas novidades irão surgir, não apenas pela evolução natural da tecnologia, mas também pelo potencial de adaptação a casos particulares que as mesmas permitem.

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