APCC recomenda proteção a lojistas microempresas em caso de abrandamento da atividade económica
A APCC recomendou aos seus associados a aplicação de descontos na remuneração mensal fixa ou mínima a pagar pelos lojistas classificados de microempresas (empregam menos de dez pessoas e cujo volume de negócios anual ou balanço total anual não excede dois milhões de euros), para fazer face a um eventual abrandamento da atividade económica.
Em concreto, a Associação Portuguesa de Centros Comerciais propõe a atribuição de um desconto percentual em linha com as perdas face à faturação de 2019, com um limite de 15%, nos valores de remuneração mensal fixa no primeiro semestre de 2023. “Este desconto só deverá ser aplicável a lojistas que não sejam alvo de qualquer outra intervenção de ajuda”, explica a associação, em comunicado.
Os operadores classificados de microempresas constituem uma categoria de “pequenos lojistas especialmente exposta. Têm uma importância fulcral para a diversidade e desenvolvimento do espírito empresarial e na criação de empregos, mas poderão ter dificuldade em manter a sua competitividade”, justifica a associação.
“Esta recomendação surge apesar de os dados disponíveis comprovarem que o atual período configura uma retoma plena e um dos melhores momentos do retalho desde o início da pandemia e com valores que registam, em média, um incremento de vendas face 2019”, salienta, por outro lado, a APCC.