Destaque Destaque Homepage Distribuição Homepage Newsletter Ponto de Venda

Retalho é o segmento mais resiliente do setor imobiliário em 2022

Por a 7 de Dezembro de 2022 as 11:05

retalhoO setor de retalho está a revelar-se o mais resiliente de todas as classes de ativos imobiliários em 2022, de acordo com a consultora imobiliária Savills.

No terceiro trimestre deste ano, os volumes de investimento em retalho diminuíram 15% em comparação com o declínio da atividade de investimento registado nos setores de multifamily (-70%), de escritórios (-27%) e industrial (-17%), concretiza a empresa, em comunicado.

Entre janeiro e setembro, o volume de investimento no setor retalhista aumentou, de forma mais notória, na Roménia (+2421%), Espanha (484%), Finlândia (177%) e Portugal (170%), sendo que o investimento em centros comerciais representou 27% de toda a atividade de investimento de retalho, em comparação com 14% no período homólogo do ano passado.

A  Savills adianta ainda que, no terceiro trimestre deste ano, as yields dos centros comerciais prime atingiram um novo máximo de 5,52% (em média) na Europa, 20bps acima do segundo trimestre de 2022 e 105 bps acima do seu último pico no primeiro trimestre de 2018.  “Dado o aumento do custo da dívida e a crise verificada ao nível do custo de vida com efeitos na carteira dos consumidores, antecipamos uma nova subida das yields nos próximos seis meses, particularmente para os ativos de comércio de rua e armazéns de retalho”, afirma Lydia Brissy, Directora da Savills European research, citada no mesmo documento.

A Savills observou mudanças reduzidas nas estratégias de expansão dos retalhistas, apesar dos ventos contrários na Europa. “Esperamos ver mais marcas não europeias a preparar a sua estreia europeia em 2023, particularmente marcas de moda premium originárias da América do Norte e Austrália”, afirma por sua vez, Marie Hickey, director, Savills Retail Research.

Com o fim da pandemia, a empresa tem notado um aumento da intensidade de estratégias centradas em cidade e em novos mercados como Dublin, Hamburgo e Oslo, que estão a figurar com mais frequência nas listas de alvos de aquisição dos retalhistas. Da mesma forma, a Europa do Sul também subiu na agenda para uma série de marcas aspiracionais.

“As localizações prime estão também a ser consideradas mais favoráveis, reforçadas pela recente aceleração na recuperação do footfall e pelo facto de, em alguns casos, as headline rents estarem significativamente abaixo dos níveis pré-covid, tornando estas localizações anteriormente aspiracionais mais acessíveis  e lucrativas”, acrescenta Marie Hickey.

Em média, as rendas de comércio de rua em artérias prime em toda a Europa estão 34% abaixo dos níveis do quarto trimestre de 2019, e menos 29% em Londres, acrescenta a Savills.

Deixe aqui o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *