Manuela Tavares de Sousa Presidente do Conselho de Administração da Imperial
“Aliamos a tradição dos 40 anos de história da marca Pantagruel à dinâmica de apresentação de novas propostas de valor”
A Imperial conquistou o estatuto de maior fabricante nacional de chocolates, e detém marcas como a Jubileu, Regina, Pintarolas ou Pantagruel. Esta última, líder no segmento para culinária, faz 40 anos, data que serviu de mote para uma conversa com Manuela Tavares de Sousa, Presidente do Conselho de Administração da Imperial.
Ana Rita Almeida
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Pantagruel é a referência e líder do mercado português de chocolate para culinária e acaba de lançar uma tablete de chocolate com aroma de avelã. A mais recente novidade vem expandir a gama de chocolates para culinária da marca que inclui tabletes para culinária, com maior ou menor percentagem de cacau, chocolate sem adição de açúcar, chocolate branco e ainda cacau e chocolate em pó.
O Hipersuper falou com a Presidente do Conselho de Administração da Imperial, que detém as marcas Jubileu, Regina, Pintarolas, Allegro, Canderel e Pantagruel. Com um volume de negócios de mais de 30 milhões de euros, exporta 30% do seu volume de vendas, estando presente em mais de 50 mercados internacionais. Manuela Tavares de Sousa lembra a ligação emocional que a marca tem com várias gerações de consumidores que tornaram a Pantagruel referência no universo da culinária e líder do segmento.
A marca Pantagruel foi lançada pela Imperial em 1982. Que balanço faz destes 40 anos?
Pantagruel é a marca mais conceituada e líder do segmento de chocolate para culinária em Portugal. A marca foi lançada em 1982, coincidindo com a celebração dos 50 anos da Imperial, para responder à necessidade e procura do consumidor por um chocolate para culinária de grande qualidade e sabor intenso a cacau. É, assim, de forma natural que a marca se torna uma referência do universo de culinária e com associações imediatas ao grande chefe de cozinha francês do século XVI e ao conceituado livro de cozinha Pantagruel.
Pantagruel, ao longo das suas quatro décadas de existência, continua a deixar a sua marca nas diversas gerações que atravessa, fazendo parte da tradição culinária de muitos lares e famílias, não só pela garantia da maior qualidade para as sobremesas, mas também pela sua diversidade de produto, o que confere ao consumidor a oportunidade de inovar nas suas sobremesas.
Quais os principais marcos da sua história a destacar?
Como líder do mercado português de culinária, Pantagruel é o motor do segmento, sendo a marca que mais opções de formatos e de receitas apresenta, mantendo- se, sempre, na vanguarda da inovação. Pantagruel, desde o início do seu percurso como marca até aos dias de hoje, nunca deixou de surpreender e dar resposta às grandes tendências de mercado o que se traduziu em lançamentos continuados como são o caso dos produtos mais recentes:
– Entrada na gama de pepitas de chocolate para culinária em 2018, que, desde então, resultou na criação de três opções – as Pepitas de Chocolate clássicas e as Pepitas de Chocolate de 70% e 100% cacau, uma gama de produtos verdadeiramente únicos no mercado.
– Ampliação da gama de chocolates negros para culinária, alinhada com a procura por produtos dentro de um conceito saudável, com o lançamento de Pantagruel Negro Sem Açúcar Adicionado com Stevia ou Pantagruel Negro Proteína.
– Desenvolvimento da gama de chocolates de Leite para Culinária, pioneira no mercado, com o lançamento de Pantagruel Leite em 2020, Pantagruel Caramelo e Sal em 2021 e com o recém-chegado ao mercado Pantagruel Avelã.
– Parcerias de cross-category e co-branding, como é o exemplo do projeto conjunto com a Danone para o lançamento de Oykos Pantagruel em 2021.
É uma marca que também nos remete aos bolos e doces caseiros dos nossos avós e pais. Essa ligação emocional está presente no vosso dia-a-dia quando trabalham a marca?
Sabemos que os chocolates Pantagruel têm um lugar cativo no seio das famílias portuguesas e que a marca criou uma ligação emocional com diversas gerações de consumidores, pelo que sentimos a responsabilidade de que a marca Pantagruel continue a liderar a inovação no segmento. Assim, no nosso dia a dia, e ao longo de todo o processo de produção, aliamos a tradição dos 40 anos de história da marca à dinâmica de apresentação de novas propostas de valor para reforçar a proximidade com o consumidor e continuar a criar memórias duradouras.
Conseguem traçar um perfil do consumidor de produtos Pantagruel?
Os consumidores da marca Pantagruel são os amantes do chocolate para culinária de grande qualidade e sabor intenso a cacau que não prescindem da tradição – nem da qualidade – na confeção das mais diversas e deliciosas receitas e sobremesas. Graças à fidelização e à ligação emocional que têm com a marca, os consumidores estão, sempre, na expectativa de provarem as novidades a que Pantagruel, desde sempre, os habituou.
Trabalham um mercado com vários players e oferta. É complicado inovar ou é precisamente por aí que se marca a diferença?
Pantagruel é a marca de chocolates para culinária com mais variedade e formatos de chocolate no mercado português, o que lhe permite distinguir-se da concorrência, oferecendo os produtos da melhor qualidade e com diversidade para responder às necessidades dos consumidores.
Mais uma vez, Pantagruel surpreende o mercado lançando a tablete de Chocolate para Culinária Avelã, um sabor muito apreciado e reconhecido pelos consumidores portugueses e que lhes permitirá experimentarem o sabor rico em avelã nos seus bolos, mousses ou doces.
A Pantagruel está a expandir a sua gama de chocolates para culinária. Fale-nos deste novo produto “Pantagruel Avelã”?
O “Pantagruel Avelã” assume-se como o produto ideal para a confeção das mais diversas sobremesas de chocolate com sabor a creme de chocolate, com o benefício de não ter glúten. É, assim, o aliado perfeito para a criação das mais diversas receitas durante o todo o ano, incluindo as épocas festivas.
Graças à consistência, sabor e textura únicos, o “Pantagruel Avelã” promete ser o ingrediente indispensável para criar doces únicos, tais como mousses e bolos de chocolate, assim como sobremesas típicas de Natal. Para os mais gulosos, que não consigam resistir, esta novidade de Pantagruel também pode ser degustada como um snack. A nova tablete de chocolate para culinária “Pantagruel Avelã” está disponível no formato de 200 gramas e já se encontra à venda em super e hipermercados.
A categoria de chocolates para culinária registou um contraciclo na fase mais complicada da pandemia e acabou por crescer em vendas. Esse crescimento mantém-se?
Com a chegada da pandemia, verificou-se, naturalmente, a transferência do consumo para casa. Assim, o reforço da oferta deste tipo de produtos, destacando-se, aqui, por exemplo, o segmento de chocolate para culinária, registou um crescimento de cerca de 25%. O facto de os consumidores procurarem, mesmo em momentos mais delicados, produtos com uma forte associação ao bem-estar e prazer e com uma grande versatilidade, como é o caso do chocolate para culinária, tem reforçado, cada vez mais, esta tendência.
Acreditamos, por isso, e especialmente com a chegada das épocas festivas, que convidam à confeção das mais diversas receitas com chocolate, que os portugueses irão reforçar o consumo deste tipo de produto e que o segmento continuará a crescer.
O Natal é a segunda melhor época do ano para a Imperial, com um peso da ordem dos 30% nas vendas, só ultrapassado pela Páscoa. Estão a preparar alguma campanha especial?
Para a Imperial, o Natal e a Páscoa são sempre especiais, estando estas épocas associadas a um aumento da produção de chocolate e, também, à aposta na inovação de produto. Todos os anos, contamos com um conjunto de novidades e sugestões e este não é exceção.
Destaque para os Bombons Jubileu D’Or que conferem uma experiência cuidada e especial, os Bombons Regina para dar àqueles de quem mais gostamos, a Caixa de Furos Regina para os serões mais divertidos em família e a Bola de Natal, o Snowman ou o Postal de Natal Pintarolas para as brincadeiras dos mais novos.
Vivemos um contexto económico delicado. Como é que estão a gerir esta questão? Que reflexo está a ter esta realidade na vossa empresa?
Apesar do contexto da mitigação dos efeitos económicos da pandemia, o arranque de 2022 ficou marcado por novos desafios, nomeadamente o aumento exponencial do custo da eletricidade e gás natural – situação que se agravou com a escalada da guerra na Ucrânia. O aumento sucessivo dos custos da energia e dos combustíveis tiveram, assim, um impacto significativo em toda a cadeia de distribuição, tendo-se registado um incremento dos custos de transporte e produção, que se reflete diretamente no preço do produto final.
Além disso, tivemos que enfrentar, ainda, o aumento expressivo do custo de várias matérias-primas – no caso do leite, da manteiga, do açúcar, da proteína, do maltilol ou da lecticina, os preços chegaram mesmo a duplicar ou a quadruplicar. Outro fator que se tem refletido num inevitável aumento dos preços dos produtos é o aumento do custo dos materiais de embalagem, que são indispensáveis para a preservação da qualidade dos nossos produtos e dos seus benefícios funcionais. A instabilidade económica, a inflação crescente e a diminuição generalizada do poder de compra são, sem dúvida, os maiores e mais preocupantes desafios que nos esperam nos próximos tempos.
A Imperial tem vindo a consolidar a sua posição internacional, introduzindo as suas marcas em diferentes mercados. Qual é o valor da faturação e a respetiva percentagem para a exportação? Quais os principais mercados?
Embora o mercado nacional tenha um papel preponderante no negócio, a Imperial e as suas marcas, entre as quais a Pantagruel, exportam para mais de 50 países, distribuídos pelos cinco continentes, com os mercados asiáticos, europeus, africanos e do Médio Oriente a destacarem-se nas aquisições dos chocolates portugueses. O volume de negócios registado no último ano fiscal foi de 39 milhões de euros, o que representou um crescimento de 11% face ao ano anterior. Já o peso das vendas realizadas fora de Portugal representou, neste último ano fiscal, 30% da faturação da Imperial.
A sustentabilidade é uma das maiores preocupações no nosso dia-a-dia. Qual a estratégia que tem sido adotada nessa matéria?
A aposta na sustentabilidade, através, por exemplo, da reciclagem e do recurso a materiais reciclados nas embalagens dos produtos, é uma das grandes preocupações da Imperial, que quer continuar a ser um agente ativo nesta matéria e a contribuir para uma atividade com a menor pegada ambiental possível, que é uma preocupação de todos, concretamente do tecido empresarial.
Neste ponto, refira-se que a empresa é um dos membros fundadores do Pacto Português para os Plásticos, através da Associação Smart Waste Portugal, iniciativa que reúne algumas das maiores empresas de diferentes setores da indústria com o objetivo de desenvolver guias de boas práticas na utilização de materiais alternativos aos plásticos, encontrando novas soluções centradas na questão da sustentabilidade.
Graças à aposta na investigação e desenvolvimento e em tecnologias de última geração, conseguimos reduzir as emissões de CO2 na nossa produção.
Destaque, ainda, para a triagem de materiais de embalagem por tipo de material, assim como o tratamento de águas residuais para redução da carga orgânica que a nossa atividade acaba por gerar.