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Compras online de bens e serviços crescem mais de 36% em 2021

Por a 30 de Novembro de 2022 as 17:04

As compras online de bens e serviços  tiveram um crescimento de 36,2% face a 2020, no total do mercado e-commerce B2C, chegando aos 10 mil milhões de euros. O CTT e-Commerce Report de 2022 avança ainda que cerca de cinco milhões de portugueses adultos realizaram compras online em 2021, mais meio milhão do que em 2020, tendo diminuído o gap de adesão das compras online dos consumidores portugueses face aos países mais desenvolvidos da Europa.

O estudo, apresentado esta quarta-feira, 30 de novembro, na conferência CTT e-Commerce Day, conclui também que as empresas têm vindo a apostar cada vez mais no online, desviando os seus investimentos publicitários, optando por oferecer uma experiência de compra online cada mais conveniente a consumidores.

Este rápido crescimento nos últimos anos, com a pandemia a funcionar como acelerador, gerou um enorme desafio para as marcas, que repensaram toda a sua estratégia online. Se antes, a generalidade dos portugueses optava por comprar nas grandes superfícies comerciais (abertos sete dias por semana em horário alargado), agora as compras online entraram definitivamente nos hábitos de compra que responderam afirmativamente à oferta das marcas, com soluções de entrega e devolução convenientes para o comprador.

Os dispositivos digitais assumem uma importância crescente, desde a fase da pesquisa até à compra. Os hábitos de compra dos portugueses alteraram-se e hoje mais de metade dos portugueses já compram online com frequência, e revelam um maior envolvimento com as novas tecnologias, obrigando a um repensar de estratégia dos retalhistas, encarando a presença digital como a principal montra da marca e utilizando os espaços físicos como suporte a esse mercado.

A idade é o fator mais preponderante para conhecer o perfil do comprador online em Portugal: existe uma forte incidência nos grupos etários entre os 18 e 44 anos. No entanto, a maioria dos novos aderentes pertencem a faixas etárias mais altas, provocando um novo desafio às marcas: como captar o cliente mais sénior, que assumirá um papel cada vez importante no futuro.

Igualmente importante é a crescente adesão das mulheres às compras online. O estudo deste ano traz-nos uma inversão em relação aos estudos anteriores: as mulheres ultrapassam os homens e pesam cerca 52% do total de compras online. Os compradores online continuam a ter um perfil socioeconómico claramente superior à média nacional.

Em média, os e-buyers fizeram 20,6 compras online de produtos físicos. 73% dos compradores online fazem, pelo menos uma compra por mês, e 13% compram online todas as semanas. Com um valor médio de 54,50€, estimamos o valor gasto por e-buyer de 1120€, que representa um crescimento de 12,6% em relação a 2020. O peso das encomendas com peso inferior 500 gramas mantêm a tendência de descida (menos 2,9p.p. no ano anterior).

A conveniência continua a ser dominante na opção pela compra online, nomeadamente a facilidade de compra (68,2%) e possibilidade de comprar a qualquer hora (61,4%). A encurtar distâncias surgem de seguida razões relacionadas com o preço: existência de promoções (60%) e preço online mais baixo (55,8%).

O que compram os portugueses?

A categoria mais procurada entre os e-buyers é o Vestuário e Calçado (73% dos e-buyers, mais 4,9 p.p. face a 2020). As categorias Equipamentos Eletrónicos e Informáticos, Livros e Filmes e Higiene e Cosmética são as categorias que surgem de seguida.

Nos próximos anos, o e-commerce será marcado pela afirmação e consolidação do canal de venda online. O canal de venda online será considerado, simultaneamente, como substituto e complementar do canal físico. Vai-se registar um aumento da importância nas vendas online no total das vendas dos e-sellers, uma menor sazonalidade da venda online, um aumento da base de e-sellers B2C e B2B, um aumento de quantidade média de compras por e-buyers B2C e B2B e ainda a iniciação de compras em novas categorias.

Existirá uma diversificação de plataformas de acesso aos compradores online, com o aumento de utilização de Marketplaces e da utilização de Apps para disponibilizar venda online em mobilidade. Assistiremos a uma capitalização das redes sociais nas funcionalidades emergentes de live selling e será reforçado o acesso a plataformas de devoluções.

Praticamente metade dos e-sellers que pariticparam no estudo(48,6%) acreditam num incremento das vendas online no próximo ano. Apenas 15,7% apontam para a diminuição das vendas online, justificada pela reabertura das lojas físicas.

Existe a expectativa de virem a introduzir serviços e funcionalidades complementares, nomeadamente a incorporação de métodos e processos amigos do ambiente, na cadeia de produção venda-entrega; a disponibilização de plataforma de gestão de devoluções aos compradores, e a entrega em cacifos eletrónicos de encomendas.

As estimativas para 2022 apontam para uma ligeira subida do total do valor das compras online, alicerçado sobretudo pela venda de serviços, com um ajustamento em baixa na venda do consumo de produtos, devido à reabertura sem limitações dos espaços comerciais este ano (ao contrário do que tinha acontecido em 2021).

Esta é já a 7ª edição do CTT E-commerce Report, o documento tem por base os resultados do estudo de mercado sobre e-commerce em Portugal promovido pelos CTT, que decorreu entre os meses de agosto e setembro de 2022. O estudo de mercado é complementado com alguns dos resultados mais relevantes da última vaga do barómetro e-commerce CTT e ainda enriquecido com o testemunho de experts de marcas relevantes do e-commerce em Portugal. Foram realizados 500 inquéritos telefónicos a compradores online, 70 inquéritos telefónicos a retalhistas com venda online e 13 entrevistas presenciais a retalhistas com vendas online.

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