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Economia dá sinais de abrandamento em cenário de forte inflação

Por a 18 de Novembro de 2022 as 16:12

retalhoA economia está a dar sinais de abrandamento num contexto em que se verifica uma forte inflação, sintetiza o Instituto Nacional de Estatística (INE), na Síntese Económica de Conjuntura, publicada esta sexta-feira.

“Considerando a informação disponível para novembro, o preço médio do petróleo (Brent) atingiu 96,1 euros nos primeiros catorze dias, aumentando 1,4% face ao valor médio de outubro”, revela o gabinete de estatística.
O PIB, em termos reais, apresentou um crescimento de 4,9% no terceiro trimestre do ano, registando-se uma desaceleração do consumo privado e do investimento. Adianta o INE que o contributo da procura interna para a variação diminuiu. O PIB no segundo trimestre do ano foi de 7,4% Em comparação com o segundo trimestre de 2022, registou um aumento de 0,4% em volume, mais 0,3 pontos percentuais ao registado no trimestre anterior.
No que diz respeito ao indicador de atividade económica, o qual sintetiza o conjunto de indicadores quantitativos que refletem a evolução da economia, o INE adianta que “desacelerou significativamente em setembro, após ter acelerado em agosto, retomando o perfil de abrandamento registado entre março e julho e registando a taxa mais baixa desde março de 2022”.

Os indicadores de curto prazo referentes à atividade económica na perspetiva da produção, que se encontram disponíveis para setembro, apontam para uma desaceleração da atividade, sublinha a entidade.

Quanto ao indicador de clima económico, que sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, o gabinete de estatística avança que ocorreu uma “diminuiu entre agosto e outubro, reforçando o movimento descendente iniciado em março e atingindo o mínimo desde abril de 2021”.

No que diz respeito ao montante global de levantamentos nacionais, pagamentos de serviços e compras em terminais de multibanco, o INE avança que se registou um crescimento homólogo de 12,9% em outubro. Em setembro, o crescimento homólogo foi de 14,2%.

O índice de preços na produção da indústria transformadora registou um crescimento homólogo de 21,6% em outubro, desacelerando pelo terceiro mês consecutivo.

O índice respeitante aos bens de consumo acelerou de 15,3% em setembro para 15,7% em outubro.

A inflação atingiu uma taxa de 10,1% em outubro, sendo a mais elevada desde maio de 1992, sendo superior em 0,8 pontos percentuais (p.p.) em relação ao mês anterior.
Já a taxa de desemprego fixou-se em 5,78% no terceiro trimestre, 0,1 p.p. acima do trimestre anterior.

 

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