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Confiança dos consumidores desce para níveis próximos do início da pandemia

Por a 28 de Outubro de 2022 as 14:41
supermercado

A confiança dos consumidores voltou a decrescer em setembro e outubro, “atingindo um valor próximo do registado em abril de 2020 no início da pandemia e o mais baixo desde esse mês”, de acordo com dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Em paralelo, o “indicador de clima económico desceu entre agosto e outubro”, acrescenta o INE.

Em outubro, a evolução do indicador de confiança do consumidor resultou “sobretudo do contributo negativo das perspetivas de evolução futura da situação económica do país, tendo as opiniões e as expectativas relativas à situação financeira do agregado familiar também contribuído negativamente”, de acordo com o documento.

No que diz respeito ao indicador de clima económico, o INE adianta que se verificou um reforço do “movimento descendente iniciado em março e atingindo o mínimo desde abril de 2021”.

O saldo das expetativas relativas à evolução futura da situação económica do país decresceu nos últimos dois meses, sendo a queda mais expressiva em outubro, tendo atingido “o valor mais baixo desde abril de 2020 aquando do início da pandemia”, indica o INE.

Já o saldo das perspetivas da evolução futura da situação financeira do agregado familiar diminuiu também em setembro e outubro, tendo a queda sido “mais acentuada em setembro”

Quanto ao saldo das opiniões sobre a evolução passada dos preços, o INE adianta que houve um aumento nos últimos dois meses, “ligeiramente em setembro, renovando o valor máximo da série no seguimento da trajetória acentuadamente ascendente iniciada em março de 2021”. “O saldo das perspetivas relativas à evolução futura dos preços aumentou em setembro e outubro, de forma expressiva no último caso, depois das diminuições observadas nos dois meses”, acrescenta o INE.

Por setores de atividade, o indicador da Indústria Transformadora desceu em outubro, “recuando para o nível mais baixo desde março de 2021”. “A evolução do indicador deveu-se ao contributo negativo de todas as componentes, opiniões sobre a evolução da procura global, apreciações relativas aos stocks de produtos acabados e perspetivas de produção, mais intenso no primeiro caso”, explica o documento do INE.

“Nos últimos dois meses, o indicador de confiança diminuiu nos agrupamentos de bens intermédios e de bens de investimento, tendo aumentado no agrupamento de bens de consumo”, de acordo com o documento.

A confiança no comércio registou uma descida em outubro, “retomando o movimento descendente iniciado em dezembro de 2021”. Esta evolução resultou “do contributo negativo das perspetivas de atividade da empresa e das apreciações sobre o volume de stocks, tendo as opiniões sobre o volume de vendas contribuído positivamente. Em outubro, o indicador de confiança diminuiu no comércio por grosso e no comércio a retalho”, justifica o gabinete de estatística.

No que diz respeito aos serviços, a confiança desceu em setembro e outubro, “recuando para o valor mais baixo desde junho de 2021”. Este comportamento é o resultado do “contributo negativo das perspetivas relativas à evolução da procura e das apreciações sobre a atividade da empresa, mais expressivo no primeiro caso, tendo as opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas contribuído positivamente”, pode ler-se no documento.

O indicador de confiança da construção e obras públicas decresceu em outubro, depois de ter aumentado em setembro.

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