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“O nosso evento é um palco potenciador de parcerias e angariação de novos contatos importantes para as empresas”

Por a 3 de Outubro de 2022 as 12:12
José Frazão

De 27 a 29 de outubro a Exponor recebe a Expoalimenta, feira profissional da alimentação, maquinaria, equipamentos e produtos para a indústria alimentar. Em paralelo decorre a Expocarne.
O Hipersuper conversou com José Frazão, CEO da Exposalão, entidade que organiza esta feira direcionada à indústria agro-alimentar, onde centenas de empresas do setor, aproveitam para divulgar as suas propostas e dar a conhecer inovações.

A Exponor vai ser palco de mais uma edição da Expoalimenta, uma feira profissional da alimentação, aberta a todos os profissionais do ramo alimentar, onde se incluem centrais de compras, grandes superfícies, distribuidores, empresários da diáspora, importadores e responsáveis da hotelaria e da restauração, que têm ao seu dispor uma vasta oferta de maquinaria, equipamentos e produtos para preparar, acondicionar, embalar e processar até aos alimentos e bebidas. Do leque de expositores fazem parte fabricantes e também distribuidores e representantes de máquinas.

Quais as suas expectativas para esta edição da Expoalimenta?
Queremos reunir as empresas de referência do setor e criar oportunidades aos expositores para que eles tenham um reflexo direto daquilo que foi a sua aposta neste evento, que é um dos maiores do ano neste setor e por isso tão importante para as empresas. Contamos ter grande adesão por parte dos profissionais da indústria alimentar. O intuito da exposição não se limita à troca de contactos entre expositores e visitantes, mas também ao debate dos temas que estão na ordem do dia.

Que áreas vão estar representadas na feira e quantos expositores já confirmaram a presença?
A Expoalimenta/Expocarne representa a indústria alimentar e neste momento podemos adiantar que temos confirmadas mais de 300 empresas das diversas áreas. Desde máquinas, equipamentos e serviços para restaurantes e hotéis, setor de embalagens e indústria de carnes e mercadorias. No setor alimentar, haverá um conjunto de expositores de diferentes segmentos, como carnes e enchidos, conservas, azeite, lacticínios e derivados, massas e cereais, bolos e doçaria. Haverá também muita ênfase no setor de bebidas. Este é um evento que abrange diversas áreas desde a preparação, embalagem e processamento de alimentos e bebidas.

A adesão tem superado a expetativa?
Esta será, sem qualquer dúvida, uma edição muito marcante da Expoalimenta/Expocarne. O certame vai ocupar uma área total de mais 16 mil m2, contando com a presença de mais de 300 empresas e cerca de 500 marcas. São números que muitos nos agradam se tivermos em consideração o universo da indústria. Temos agora a expectativa e trabalhamos para que os empresários sintam um retorno direto com a aposta na Expoalimenta/Expocarne.

Vivemos momentos complicados. A escassez das matérias-primas, o aumento generalizado dos custos a nível produtivo e energético. Acha que feiras como a Expoalimenta podem ser uma mais-valia para as empresas para tentar superar estes momentos e realizar negócios?
Estamos todos a assistir e a acompanhar esta nova realidade com a perspectiva que tudo corra pelo melhor, embora saibamos também que há muitos desafios pela frente e outros tantos constrangimentos que são inerentes à atual situação que vivemos. Por outro lado, noto do lado das empresas uma vontade muito grande em continuar e encontrar alternativas para responder melhor às necessidades com que nos deparamos. A Expoalimenta/Exporcarne propõe também uma lógica de interação entre o setor no seu todo para chegar a conclusões que possam potenciar o crescimento dos negócios. Acreditamos que o nosso evento é, sem dúvida, um palco potenciador de parcerias e angariação de novos contatos muito importantes para as empresas. A nossa expectativa é que este seja um evento particularmente interessante para todos os participantes, quer por parte dos expositores, quer por quem nos visita.

Estão em contato direto e regular com as empresas. Como olha para o mercado atual? Está preocupado?
Sem dúvida. O aumento do custo dos combustíveis e produtos e a falta de mão de obra qualificada tem criado uma preocupação acrescida a todas as empresas.
Sabemos que atualmente o mercado está a sofrer um forte impacto com a questão a inflação. É notória e muito evidente que este aumento do custo de vida afeta a todos, desde indústrias até ao consumidor final. Esta é uma situação pela qual vamos passar e que trará alterações substanciais à dinâmica das empresas. A questão do conflito da Rússia e Ucrânia traz muita incerteza e parece estar sem fim à vista, pelo que podemos esperar um continuar daquilo que tem sido a nossa realidade até então. O mercado está a adaptar-se a estas novas circunstâncias e é digamos ainda pouco perceptível as conclusões a que podemos chegar, mas sabemos que há desafios pela frente pelos quais teremos de passar.

Que iniciativas paralelas estão previstas para esta edição? Alguma novidade a destacar?
Teremos o IX Concurso ACIP – “O Melhor Bolo-Rei de Portugal” no último dia do certame, no sábado, dia 29 de outubro. É uma iniciativa da ACIP.
Estamos neste momento a trabalhar na organização desta e outras atividades paralelas ao longo de todo o evento, que serão fundamentais para dinamizá-lo e torná-lo atrativo do ponto de vista comercial e também de formação.

A Expocarne decorre em simultâneo. O que podem esperar expositores e visitantes?
Uma exposição com muitos equipamentos úteis para quem tem negócios nesta indústria em específico. Trabalhamos com os expositores que acrescentam valor ao mercado e que de alguma forma traduzem inovação no seu trabalho. Por isso, todos os profissionais do setor da carne na sua globalidade vão encontrar na Expocarne diversas soluções para os seus negócios, sejam elas para o processo de transformação da carne, bem como serviços de refrigeração, software, packaging, entre outros.
Temos um leque de ações a decorrer que podem ser muito interessantes tanto para expositores, quanto visitantes. Teremos a participação da APIC – Associação Portuguesa dos Industriais de Carnes.
A Associação dos Comerciantes de Carnes do Concelho de Lisboa e Outros (ACCCLO) também está a trabalhar em ações para os seus associados como visitantes.
A APIC vai apresentar o seminário “Internacionalização dos Produtos Cárneos Portugueses-Como Exportar Mais!” no segundo dia do evento, a 28 de outubro, e terá a presença de figuras de relevância do setor. A ACCCLO terá diversas ações de formação de Manipuladores de Carne, a 28 e 29 de outubro.

A sustentabilidade já faz parte do dia-a-dia das empresas. Têm essa preocupação enquanto organizadores do evento?
O tema da sustentabilidade é cada vez mais importante para a nossa empresa e essa noção também já está muito presente nas empresas que participam nos nossos eventos. A exposição já propícia uma dinâmica de redução de gastos e meios.
A Exposalão tem uma medida de reaproveitamento das alcatifas, fazendo limpezas e aspiração para outras feiras. Caso, que me atrevo a dizer, que no passado usávamos e deitávamos fora. No presente, somos capazes após a primeira utilização fazer mais duas ou três. As questões ambientais fazem-nos ter essa preocupação. É uma forma de contribuirmos sem qualquer esforço. No passado, seria uma questão. Hoje, todos aderimos.

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