CTT investem 8 milhões de euros em rede de cacifos Locky para acelerar comércio online a nível ibérico
Os responsáveis dos CTT acreditam que o lançamento, anunciado esta terça-feira, será um dos impulsionadores do comércio online a nível ibérico. O grupo presidido por João Bento decidiu, por isso, avançar para a rede de cacifos Locky, esperando-se que esta atinja um número de mil cacifos até ao final do ano.
Num investimento de 8 milhões de euros, a rede de cacifos resulta de uma joint-venture, cabendo aos CTT 66% do capital, enquanto a chinesa YunExpress possui os restantes 34%, segundo foi comunicado em dezembro.
“[Os cacifos] vão desempenhar um papel decisivo no comércio online”, referiu João Bento, CEO dos CTT, na apresentação da marca da rede de cacifos, cuja identidade ficou a cargo da Havas.
O responsável disse tratar-se de uma marca diferente, acrescentando que “faz sentido povoar o país com múltiplas estruturas com o mesmo propósito”. Os operadores logísticos de entregas de encomendas online também poderão ter acesso à rede. “Estamos a associar uma marca a uma infraestrutura aberta, que vai estar também disponível aos nossos concorrentes”, acrescentou João Bento.
João Sousa, membro da Conselho de Administração e da Comissão Executiva dos CTT, fez questão de salientar que a marca foi criada para o mercado ibérico. “Olhamos para o negócio de forma totalmente ibérica. Portugal e Espanha são dos países da Europa onde se faz menos compras online. Há, por isso, um enorme potencial de crescimento”, salientou o gestor.
Francisco Travassos, CEO da Locky, explicou que a expansão da rede de cacifos poderá fazer crescer o negócio online, na Península Ibérica, por as pessoas nem sempre se encontrarem em casa quando se trata de receber uma encomenda, sendo a rede de cacifos considerada uma solução de conveniência pelos responsáveis dos CTT. A empresa, que tem uma rede acima de 200 cacifos em Portugal, quer “chegar até aos mil cacifos até ao final do ano”, concluiu o gestor.
Os CTT atingiram receitas de 234,3 milhões de euros no primeiro trimestre de 2022, com o segmento de Encomendas e Expresso a valer 61,3 milhões de euros.