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Lidl, Aldi e Mercadona ganham mais de três pontos percentuais de quota nos últimos dois anos

Por a 5 de Abril de 2022 as 11:25

retalhoAs insígnias de retalho alimentar de sortido curto, como o Lidl, a Aldi e a Mercadona, ganharam mais de três pontos percentuais de quota de mercado nos últimos dois anos, revela o mais recente estudo ‘Certeza no meio da incerteza’, realizado pela Kantar e analisado por aquela consultora de mercado e pela Centromarca (Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca).

Segundo o estudo, apesar de terem estancado a perda de 2020, os hiper e supermercados físicos ainda não recuperaram totalmente o espaço que ocupavam em 2019, enquanto os canais que cresceram em 2020, como os discounts, os tradicionais e o online, foram capazes de defender o território conquistado, “ainda que se observe algum reequilíbrio dos tradicionais e do online”.

No entanto, apesar deste ajustamento, o online continua a ser o maior beneficiário do crescimento do mercado de grande consumo nestes dois últimos anos. O e-commerce enfrenta atualmente o desafio de “continuar a justificar a sua relevância num contexto de menores restrições e aumento de preços”, defende o estudo.

Para Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, estes dados correspondem a uma evolução expectável do mercado Fast Moving Consumer Goods (FMCG) em Portugal, considerando a “forte dinâmica observada em 2020”, sobretudo nos primeiros meses da pandemia. “Nestes dois últimos anos, assistiu-se a uma tendência de menor distribuição das compras das famílias nacionais por diferentes insígnias, com ganhos efetivos para as cadeias de hard discount e com um impacto relevante para o peso no mercado das marcas de distribuidor”, sublinha.

Grande consumo cresce 10,3% em valor e 3,6% em volume em 2021

O desempenho do setor do grande consumo em 2021 reflete um cenário de crescimento face ao pré-pandemia (2019), com incrementos de 10,3% em valor e 3,6% em volume. Os números permitem concluir que os portugueses fazem cestas maiores (11,1 kg por ato de compra em 2020 e 10,3 kg em 2021) e mais valiosas (23 euros por ato de compra em 2020 e 22 euros em 2021) do que no período pré-pandemia.

No que diz respeito à dinâmica de consumo, verificam-se alterações em função da distribuição de tempo entre o trabalho presencial e à distância. O facto de Portugal se posicionar acima da média europeia no que respeita aos trabalhadores a exercerem as suas funções profissionais a partir de casa ajuda a explicar este comportamento ao nível do consumo, sublinha a mesma fonte. Os portugueses estão a consumir mais em casa do que no período pré-pandemia, nomeadamente no que se refere aos momentos de consumo que eram feitos no local de trabalho, conclui o estudo.

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