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Como a inteligência artificial ajuda a eliminar furtos nas lojas

Por a 31 de Março de 2022 as 10:22

VeesionA Veesion usa a tecnologia para analisar os milhares (milhões) de imagens disponibilizadas pelas câmaras de vigilância.  O “truque” está em analisar e identificar gestos suspeitos (em tempo real) e não tipos de pessoas

Os roubos são uma das “pragas” de qualquer negócio. Representam cerca de 1 a 2% da faturação. Pode parecer pouco, mas todo e qualquer euro é importante para a viabilidade de um negócio. O que reforça a importância da vigilância e de negócios como a Veesion, empresa de origem francesa que utiliza a inteligência artificial para analisar as imagens das câmaras de vigilância e detetar furtos nas lojas. O Hipersuper conversou com Benoit Koenig, cofundador da empresa, que explicou como tudo funciona.

Tudo começou em 2008, com a associação de três engenheiros. Um deles tinha uma boa rede de contatos no retalho, o que permitiu testar os primeiros protótipos no terreno. Depois de dois anos intensos de investigação e desenvolvimento, a empresa estava pronta para mostrar ao mercado a sua tecnologia antirroubo.

A grande vantagem da solução da Veesion prende-se com o facto de utilizar algo que já existe. A solução recolhe e analisa as imagens transmitidas pelas câmaras de vigilância que se encontram espalhada pelas lojas. Independentemente do tipo ou modelo de câmara. A única exigência é que tenham uma ligação à internet.

Como explica Benoit Koenig, essa análise contínua permite detetar, em tempo real, gestos que tradicionalmente estão associados ao furto e, com isso, enviar alertas para os funcionários. Estes recebem um pequeno vídeo, na aplicação ou diretamente nos ecrãs das caixas, a identificar o infrator por forma a poderem agir rapidamente.

Mas, efetivamente, como é que tudo funciona? Basicamente, o algoritmo funciona a três níveis: deteção humana, localização de partes do corpo e reconhecimento de objetos. Juntando a isto a inteligência artificial, a empresa consegue definir a probabilidade de gestos suspeitos. “Quando a probabilidade é suficientemente elevada, é enviado um alerta em vídeo”, acrescenta Benoit Koenig.

Esta é uma solução que pode ser usada em qualquer tipo de negócio. Desde o retalho (seja uma loja de cosmética, vestuário, eletrónica, entre outras) até à área de logística, nomeadamente nos armazéns.

A empresa está presente no mercado português desde janeiro do ano passado e já tem, segundo Benoit Koenig, várias dezenas de instalações (entre as mais de 1.000 lojas em 15 países).

É importante reduzir (ainda mais) o número de furtos – que representam entre 1 a 2% da faturação anual de uma loja. Mas, para o cofundador da Veesion tão ou mais importante é a mudança na abordagem ao problema. Como refere “não há um perfil do ladrão”. O que faz com que seja tão importante a deteção dos gestos. Não das pessoas. Para Benoit Koenig esse é o problema das soluções atuais. “Um humano terá a tendência de se concentrar em pessoas que ‘parecem ser um ladrão’, o que é totalmente irrelevante!”, refere.

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