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Marketing no ponto de venda: tendências e oportunidades

Dez especialistas em comunicação no ponto de venda revelam as tendências que estão atualmente a influenciar as campanhas de shopper marketing e as oportunidades para as marcas que apostam naquele que é o derradeiro ponto de contato entre as marcas e os consumidores e onde ainda são tomadas a maioria das decisões de compra

Rita Gonçalves
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Marketing no ponto de venda: tendências e oportunidades

Dez especialistas em comunicação no ponto de venda revelam as tendências que estão atualmente a influenciar as campanhas de shopper marketing e as oportunidades para as marcas que apostam naquele que é o derradeiro ponto de contato entre as marcas e os consumidores e onde ainda são tomadas a maioria das decisões de compra

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loja futuroDez especialistas em comunicação no ponto de venda revelam as tendências que estão atualmente a influenciar as campanhas de shopper marketing e as oportunidades para as marcas que apostam naquele que é o derradeiro ponto de contato entre as marcas e os consumidores e onde ainda são tomadas a maioria das decisões de compra

SUSTENTABILIDADE CHEGA AOS MATERIAIS DE COMUNICAÇÃO

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A sustentabilidade é uma das grandes tendências dos planos de comunicação para o ponto de venda, aplicada não apenas aos materiais utilizados nas campanhas de shopper marketing, mas também à própria mensagem publicitária, que deve condizente com o propósito e o comportamento das empresas. “São cada vez mais as marcas comprometidas com objetivos focados na sustentabilidade das embalagens e expositores para o ponto de venda. Entre outras medidas, as marcas estão a adotar soluções 100% recicláveis ou reutilizáveis e a substituir os materiais de plástico por alternativas mais sustentáveis”, indica Joana Gonçalves, marketing manager da DS Smith, em declarações ao Hipersuper. A multinacional britânica, especializada em embalagens, expositores e materiais publicitários fabricados em cartão, está a trabalhar com clientes a nível global para substituir mais de mil milhões de peças de plástico por soluções totalmente recicláveis e à base de fibra, até 2025. “Desde o lançamento da nossa estratégia de sustentabilidade, designada Now and Next, no ano passado, conseguimos substituir 170 milhões de peças de plástico por soluções à base de papel para supermercados e retalhistas online em todo o mundo”, revela Joana Gonçalves.

Na opinião da responsável, o futuro dos materiais para o ponto de venda e do packaging passará pelo desenvolvimento de soluções 100% recicláveis e reutilizáveis, que utilizem apenas a quantidade de fibra necessária e contribuam para a redução das emissões de carbono das empresas e para a eliminação dos resíduos.

Joana Petrucci Sousa, diretora de arte na Pimenta Rosa Design Agency, confirma que as marcas estão a apostar forte em materiais mais permanentes e de fácil atualização, mas também em novas soluções mais criativas e com impacto na experiência do consumidor. “Está a crescer a tendência para a procura por soluções mais sustentáveis, principalmente para os materiais de curta duração, acompanhando, de forma coerente, o posicionamento das marcas de uma forma geral”, explica a responsável. “O futuro passa por ativações transversais no ponto de venda e no digital, que, de forma coerente, ofereçam diferenciação, personalização, novas experiências e ofertas aspiracionais que vão ao encontro das necessidades, sonhos e aspirações dos consumidores”, sustenta.

Também Hugo Nobre, CEO e sales & marketing director da WD Retail, evidencia a cada vez maior preocupação por parte das marcas em comunicarem valores e preocupações globais, muito focados em sustentabilidade. “Este facto leva cada vez mais as marcas a selecionarem cuidadosamente os materiais utilizados no ponto de venda e aumentar a opção por materiais mais permanentes, em detrimento dos materiais temporários”, explica o CEO da empresa especializada em design de produto, comunicação visual e marketing no ponto de venda. “Os produtos e marcas deverão ser capazes de transmitir os seus valores e a sua visão do mundo, refletindo-os na sua forma de estar e interagir com o shopper”, defende Hugo Nobre, acrescentando que os consumidores mostram valorizar cada vez mais marcas verdadeiramente responsáveis.

As preocupações com a sustentabilidade, transversais a todas as empresas, estão a refletir-se no ponto de venda, através da utilização de materiais reciclados, a reutilização de materiais e a aposta em materiais mais permanentes e de maior durabilidade, afirma, por sua vez, Mónica Chaves, CEO e fundadora da Brand Key, agência especializada em marketing promocional, trade marketing, marketing digital e eventos. Nesse sentido, a responsável lembra que as novas ferramentas de comunicação digitais apresentam menores custos e são mais amigas do ambiente.

FAZER MAIS COM MENOS INVESTIMENTO

Os períodos mais severos do confinamento afastaram os consumidores do ponto de venda, afetando o investimento em comunicação no espaço físico. Gradualmente, o investimento está a recuperar à medida que as restrições à atividade no comércio e à circulação nos espaços comerciais vão sendo suavizadas, mas o valor do investimento não atingiu ainda os níveis pré-pandemia. Neste contexto, fazer mais por menos é a nova máxima, conta Conceição Pinheiro, diretora comercial da Up Partner. “Fazer mais por menos é fundamental, a máxima que nos orienta continuamente, inovando, simplificando, reutilizando ou reciclando materiais, sempre com o foco ajustado ao que o shopper procura e à sua conversão”. A diretora comercial da agência especializada em retalho, ativação de marca, eventos e marketing digital, defende que, num contexto em que as compras online estão a crescer, o valor do ponto de venda não reduziu. Pelo contrário. “A proximidade com o shopper é cada vez mais importante, o que acontece na realidade é que as marcas têm de dividir o investimento entre as lojas físicas e os canais digitais para que o contacto com a marca e a sua compra seja sempre uma experiência memorável”.
Apesar de o canal digital representar já 6,5% do comércio global e cerca de 2,9% do PIB (Produto Interno Bruto) português, de acordo com um estudo da Kantar Worldpanel, a prevalência da compra continua a manifestar-se no espaço da loja física. As grandes superfícies e os super e hipermercados continuam a liderar, com 95% dos gastos dos lares a serem efetuados nestes estabelecimentos.

A fundadora da Brand Key lembra, por sua vez, que cerca de 75% das decisões de compra de produtos de grande consumo ainda são tomadas no ponto de venda e que, apesar de as limitações no contexto pandémico terem interferido no contacto e na interação do shopper com os produtos de grande consumo, os bens de primeira necessidade continuaram a ser vendidos. “Apenas os espaços de visibilidade, exposição de produtos e ativação foram sacrificados, condicionando a compra por impulso e, por conseguinte, o valor do ticket médio”, sublinha Mónica Chaves.

À redução das compras por impulso e à diminuição do orçamento familiar, juntou-se o agravamento do custo das matérias-primas e da operação logística e de transporte dos produtos. Como consequência “aumentou o preço de venda ao público dos produtos, fazendo com que o consumidor tenda a escolher menos produtos e ao melhor preço”, declara a responsável da Brand Key, acrescentando que todos estes fatores, em conjunto, contribuíram para reduzir as margens e receitas dos produtores, “tendo como resultado a redução dos budgets para o investimento em comunicação em geral e no ponto de venda em específico”. Para Mónica Chaves, o grande desafio passa agora pela criatividade, permitindo adaptar os planos de comunicação a budgets mais reduzidos.

Tiago Charrua, CEO da Happy Brands, acredita que a comunicação no ponto de venda tem um grande potencial de crescimento. “Se é verdade que a pandemia afastou as pessoas das lojas físicas, também é verdade que o pós-pandemia traz uma avidez pela experiência de compra que tem agora de ser aproveitada. Isto viu-se claramente durante a última época natalícia. As marcas têm de conseguir surfar esta onda, aproveitando a liberdade que as pessoas vão ter nos próximos tempos”, aconselha o líder da agência especializada em publicidade, ativação de marca, design, brand marketing e social media, em declarações ao Hipersuper.

Na opinião de António Janeiro, CEO da in-Store Media em Portugal, as medidas de confinamento, que aconteceram em todo o mundo, reduziram a eficácia de formas publicitárias como o out-of- -home e o digital out-of-home media e conferiram maior relevância à comunicação no ponto de venda, por ser um meio que oferece “maior retorno, imediato e comprovadamente mais eficaz”. “No passado, as marcas balanceavam os seus objetivos de comunicação entre o aumento da notoriedade e o aumento do volume de negócios, entre outras estratégias de comunicação. Agora, as marcas estão concentradas em fazer campanhas com o objetivo de aumentar a rotação dos produtos anunciados e trazer vendas adicionais imediatas”, assevera António Janeiro.

COMUNICAR COM UM CONSUMIDOR MAIS CONTROLADO E SELETIVO

Se o consumidor deve estar no centro do desenvolvimento de uma campanha de comunicação, é mandatório perceber como a pandemia tem influenciado e continua a influenciar o comportamento dos shoppers. Segundo dados da in-Store Media, recolhidos nos mercados onde a agência de shopper marketing de origem espanhola opera, os consumidores continuam preocupados com o controlo dos gastos e, por isso, fazem listas de compras com antecedência e comparam mais os preços. Além disso, os consumidores alargaram o leque de escolha adquirindo produtos diferentes dos que habitualmente compram, o que os leva a ser mais seletivos quando estão em frente às prateleiras das lojas. “Por isso, a tendência que está a influenciar os planos de comunicação é, sem dúvida, a dos circuitos de sinalética digital que permitem usufruir, numa loja física, de elevados níveis de personalização, rapidez e flexibilidade de conteúdos, que criam novas experiências em loja e surpreendem os consumidores, juntando, assim, dois mundos, o online e o físico, num só”, afirma António Janeiro.
El Corte Inglés, Carrefour, Continente, Auchan, E.Leclerc e Walmart são insígnias que estão a apostar nesta estratégia, exemplifica. “Esta estratégia, centrada no cliente, confere ganhos evidentes ao nível da fidelização, da satisfação de compra e do aumento do valor do cabaz”, garante o responsável da inStore Media.

É certo que as limitações à atividade do comércio e à lotação dos espaços comerciais são cada vez mais suaves, mas, como lembra Joana Petrucci Sousa, as regras sanitárias ainda estão na cabeça de todos os consumidores. “Os consumidores mantêm um maior foco na compra, limitam o tempo de permanência nas lojas físicas ao estritamente necessário (…), planeiam mais as compras em função das necessidades e compram em maior quantidade diminuindo o número de visitas às lojas”, resume a diretora de arte da Pimenta Rosa. Para chamar a atenção do consumidor, as marcas estão a apostar “em formatos poupança e familiares e numa estratégia focada na
vertente promocional, preços especiais e reduções”.

A mudança de periodicidade de visitas à loja e a diminuição do valor do cesto de compras dificulta a análise dos dias de maior tráfego no ponto de venda de forma a direcionar as campanhas para esses dias, lembra Rui Goulart, managing partner da Brandp, agência especializada em ativação de marca, marketing operacional e field marketing.

O maior planeamento das compras em função da crise pandémica e económica não afeta, no entanto, todos os segmentos de mercado em igual medida. António Costa e Silva, diretor geral da agência Happen, recorda que a pandemia trouxe novos momentos de consumo para dentro do lar que antes eram repartidos ou feitos maioritariamente fora do lar. “Recordo-me do café, dos refrigerantes, das bebidas alcoólicas e dos snacks”. E outros segmentos houve que incrementaram as vendas, como os produtos de limpeza. “O comportamento do shopper alterou porque se alteraram os hábitos sociais em grande escala”. De uma forma geral, o diretor da agência especializada em digital e comunicação no ponto de venda reconhece que há uma alteração de comportamento do consumidor provocada pela crise, evidenciada na escolha dos chamados bens de primeira necessidade em detrimento de outros, “muito embora, ao mesmo tempo, se continue a registar um crescimento de vendas de marcas e produtos com ingredientes orgânicos, de origem natural e responsável ou com preocupações sustentáveis e até sociais”.
Em resposta a estas alterações no consumo, marcas, insígnias e agências estão a apostar em “estratégias promocionais mais diretas, em ações de comunicação com oferta de prémios que possam realmente fazer a diferença na vida das famílias, seja através da oferta de prémios mais relevantes, como concursos com oferta de casas e dinheiro para pagar a renda, ou através da associação a IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social) e ONG (Organizações não Governamentais), em campanhas conjuntas com uma componente de solidariedade e responsabilidade social, por exemplo”, exemplifica.

DIGITAL GANHA ESPAÇO NA LOJA FÍSICA

Em 2021, o mercado de publicidade digital registou uma forte aceleração em Portugal, com um crescimento em valor de 30%, face ao ano anterior, alcançando receitas de 300 milhões de euros, segundo um estudo da IPG Media Brands. A cifra representa uma quota de mercado de 30%, abaixo da média europeia, onde o digital representa já uma participação de 60%. Apesar de estar a crescer, o mercado digital está ainda pouco maduro em Portugal, considera Conceição Pinheiro, justificando com o valor do investimento publicitário canalizado para a televisão, que ainda representa a maioria do orçamento das marcas para publicidade. No ano passado, 4,6 milhões de portugueses fizeram pelo menos uma compra online, uma tendência que deverá manter-se este ano. Face a estes números, “são precisas estratégias claras que acompanhem o funil de compra e a customer journey, concretamente neste canal”, aconselha a diretora comercial da Up Partner.
Nos planos de comunicação para o canal digital distinguem-se duas estratégias principais, consoante a dimensão das empresas, realça a responsável. “As grandes marcas trabalham posicionamento no digital com base na frequência e mantendo investimentos digitais ao longo do ano, nomeadamente em vídeo, que são reforçados em períodos chave para as suas vendas. Com orçamentos maiores, é possível que estas marcas façam ações diferenciadas de brand content e com influenciadores pertinentes”. Já as marcas mais pequenas estão a focar-se em “esforços digitais mais estratégicos, como, por exemplo, microinfluenciadores, comunicação orgânica focada em gerar tráfego, SEO e vendas nas redes sociais”.

Perante estas tendências, as marcas têm procurado criar novos ambientes nos espaços físicos mais centrados em elementos digitais que permitam uma maior ligação entre a comunicação feita nos meios online e offline, comenta Hugo Nobre. “Os conteúdos digitais ganham cada vez mais espaço nas lojas físicas”, reitera o CEO da WD Retail. As marcas estão a apostar cada vez mais em soluções e equipamentos digitais, com gestão remota de conteúdos, para implementação em lojas físicas. “Estas soluções permitem às marcas uma adaptação de toda a sua estratégia comunicacional de forma muito mais rápida, reforçando e adaptando a interação com o consumidor a cada momento da compra”, sublinha o responsável, acrescentando que, alinhada a esta estratégia digital, as marcas mostram também “uma maior preocupação em melhorar continuamente os planogramas no linear, apoiados por materiais de publicidade para o ponto de venda que melhorem a gestão de categorias e as tornem mais claras e de fácil perceção para os consumidores”. A procura por soluções digitais está a aumentar por dois motivos principais, resume Hugo Nobre. Desde logo porque “a substituição de materiais estáticos por soluções digitais permite captar em média três vezes mais a atenção do consumidor”, depois porque estas estas soluções “têm um forte impacto na captação do interesse do cliente e consequente impacto nas vendas, além de todos os benefícios associados à gestão de conteúdos e à pegada ecológica”.

Entre as soluções mais procuradas pelas marcas, estão por exemplo os QR Codes e passatempos na esfera digital que promovem novas experiências de marca para fora do ponto de venda”, elucida a fundadora da Brand Key.

A marketing manager da DS Smith indica, por sua vez, que, nas compras online, a criação de estratégias personalizadas é uma estratégia com eficácia comprovada. “Estas podem ser conseguidas através das embalagens que chegam ao consumidor, criando uma experiência de unboxing inesquecível e prolongando a mensagem da marca”, por exemplo. Tendo em conta o ruído publicitário que caracteriza o mercado online, é mais difícil distinguir uma campanha no meio digital.

Para contornar este obstáculo, a in Store Media só oferece circuitos publicitários nos sites dos retalhistas com os quais trabalha e onde os impactos são organizados com sentido. “Não são invasivos. O principal objetivo dos nossos espaços é ajudar o shopper e impactá- -lo quando faz sentido na sua jornada de compra. Desta forma, os anunciantes não sofrem pressões excessivas resultantes da competição pelo destaque, uma vez que os espaços já estão pensados para que isso não seja necessário e para permitir, a cada momento, destacar uma marca ou um produto em menor grau”, explica António Janeiro.

“Há de facto uma massificação em alguns meios digitais e isso pode ser um problema para as marcas”, constata Tiago Charrua. O CEO da Happy Brands afirma que, nestas circunstâncias, o conteúdo assume uma enorme importância. “É importante termos uma estratégia consolidada que privilegie a criatividade do conteúdo”.

Joana Petrucci Sousa afina pelo mesmo diapasão. “Há uma aposta clara em fazer conteúdos mais relevantes e originais, menos quantidade, mais qualidade, para levar as pessoas a partilharem e a guardarem”, atesta a diretora de arte da Pimenta Rosa, aconselhando as marcas a simplificarem as mensagens, direcionando mais para o público- -alvo e para as suas necessidades e expectativas, focando menos na marca. Explorar diferentes formatos é mais uma tendência. “Aqui, vemos os vídeos curtos e os áudios como o formato de eleição e a gerarem bastante engagement”.

OMNICANAL: DIGITALIZAR A COMUNICAÇÃO NA LOJA

O futuro das compras na grande distribuição passa pela integração dos mundos físico e online, ou seja, pela omnicanalidade. E esta tendência é já uma realidade presente nas estratégias de comunicação das principais marcas, atesta Rui Goulart. “Esta estratégia integrada passa muito pela uniformização da comunicação em todos os canais, sejam físicos ou digitais, comunicando a mesma imagem, promoções e passatempos em todos estes canais”, sublinha o managing partner da Brandp. A utilização de QR Codes, realidade aumentada e aplicações mobile são alguns exemplos “quase obrigatórios” atualmente nos materiais promocionais implementados no ponto de venda.

Esta comunicação integrada, coerente nos conteúdos, na forma e nos meios, remove, per si, as barreiras entre as diferentes disciplinas de comunicação, acredita a CEO da Brand Key. “Sendo diferentes, são complementares. Cada qual tem a sua função dentro do seu touchpoint específico, mas deverão todas convergir para um objetivo comum, trabalhando a imagem de marca de forma consistente”, assegura Mónica Chaves.

Na visão do CEO da inStore Media, se o canal digital permite maior personalização e adaptação aos perfis dos consumidores, segundo critérios demográficos, socioeconómicos, comportamentais, entre outros, já a compra em loja deve evoluir para acompanhar o nível de sofisticação do canal online e aproximar a coerência e a consistência da experiência de compra nos dois ambientes. “O elo que une estes dois mundos é precisamente o da digitalização da comunicação do ponto de venda físico, porque permite aplicar com a mesma celeridade do online o conhecimento do shopper que é gerado pelos dados obtidos durante a jornada de compra”. António Janeiro aconselha as marcas a considerarem a estratégia omnicanal logo no início da criação das campanhas de forma a aproveitarem os atributos de ambos os canais e terem uma comunicação mais eficaz e adequada a cada momento de compra.

Para influenciar a decisão de compra e proporcionar momentos memoráveis para os seus clientes, as lojas físicas estão a enriquecer a experiência do consumidor através, por exemplo, “da utilização de expositores sensoriais, que explorem a luz ou o som, e de expositores interativos, que utilizem tecnologia, como touchscreens e funcionalidades de realidade aumentada, exemplifica a marketing manager da DS Smith. “Estes podem ter uma grande influência nas decisões de compra e na criação de momentos memoráveis para o cliente, que reforçam a ligação à marca”.

As marcas estão ainda a apostar em “canais abertos para uma comunicação direta e eficaz” com os consumidores e são atualmente muito “mais rápidas a implementar novas soluções no mercado, com o auxílio das insígnias, do que há uns anos, demostrando maior disponibilidade em testar o mercado e retificar, se for esse o caso”, acrescenta o diretor-geral da Happen.

A receita para conceber um plano de comunicação omnicanal eficaz passa, na opinião de Pedro Colaço, diretor geral da APS Media, por conseguir utilizar todos os meios de comunicação à disposição das marcas, na medida em que conseguem atingir um elevado número de consumidores no local ideal e num maior número de lojas.

A passagem de comunicação do canal físico para o online deve ser feita de forma simples e coerente, aconselha Joana Petrucci Sousa. Como? “Simplificando a mensagem no ponto de venda ao estritamente necessário e alinhando o layout entre as plataformas tendo em conta as suas restrições e características”, explica a diretora de arte da Pimenta Rosa.

As marcas estão também atualmente preocupadas com a fidelização dos clientes em ambos os canais, esclarece Tiago Charrua. “Quer no digital quer no físico, assistimos a uma tendência crescente de preocupação com o pós-venda, nomeadamente através de questionários de satisfação, de vouchers e ofertas, tudo o que possa ajudar a um regresso”, conta o CEO da Happy Brands.

LOJA DO FUTURO POTENCIA AUMENTO DO LUCRO

As lojas do futuro têm potencial para aumentar os lucros no espaço físico entre 5% a 15%, em apenas alguns meses, concluiu recentemente um estudo da consultora BCG. Mas, afinal, o que é uma loja do futuro? “São espaços físicos que potenciam as ferramentas digitais para aumentarem a experiência do consumidor. São lojas phygital que misturam características online e offline e que procuram oferecer aos seus clientes serviços impossíveis de prestar apenas digitalmente”, define Conceição Pinheiro, diretora comercial da Up Partner. De acordo com a experiência e a visão da Up Partner, as marcas irão privilegiar ações que vão além da exposição do produto, recorrendo à tecnologia para criar experiências sensoriais que se ajustem aos desejos dos novos consumidores que, além de perfeitamente familiarizados com o mundo digital, já não se imaginam a consumir fora dele”, acrescenta Conceição Pinheiro. É por isso que a presença de elementos digitais nas lojas físicas está a aumentar a olhos vistos. “Seja por intermédio de sistemas inteligentes de checkout, que promovem uma maior conveniência dada a ausência de filas de espera, seja por mecânicas de gamification, que potenciem uma maior interação do consumidor com um produto específico, ou através de painéis informativos que facilitam e direcionam o percurso do cliente dentro da loja, a presença de dispositivos móveis nos espaços físicos do retalho tradicional está a disseminar-se a um ritmo alucinante com o objetivo de permitir ao shopper uma experiência de consumo diferenciada, fluída e integrada”, finaliza a responsável.

MEXER COM AS EMOÇÕES DOS CONSUMIDORES

Apesar de todas as mudanças registadas na forma de comprar e no consumo, o foco e o esforço das marcas continuam a ter de estar centrados nas pessoas, naquilo que as motiva e as envolve emocionalmente com as marcas, seja em ambiente físico, digital ou híbrido, aconselha Conceição Pinheiro. “Para vencermos os novos desafios, a condição absoluta é conquistarmos e assegurarmos no tempo um patamar de relevância para o shopper, criando uma ligação emocional com as marcas em cada um dos touchpoints”, recomenda a diretora comercial da Up Partner.

Depois de um período de retração nos investimentos em comunicação, as marcas vão “gradualmente poder voltar a adotar uma comunicação mais sonhadora e menos focada nos temas da pandemia que marcaram muito os últimos dois anos”, acrescenta o CEO da Happy Brands.

ESPAÇOS TAYLOR MADE NO PONTO DE VENDA

As marcas têm vindo aumentar a procura por espaços diferenciados no ponto de venda, diferentes dos tradicionais, e concebidos à medida dos objetivos de cada campanha de comunicação, em detrimento de opções de ativação de marca que envolvem maior interação com os consumidores, mas agora mais difíceis de implementar por razões sanitárias, dá conta o diretor geral da agência Happen. “As marcas têm continuado a apostar, agora talvez de forma mais evidente – além da decoração e, por vezes, da gestão de categorias -, em adquirir posições adicionais nos espaços comerciais, construindo ou decorando não só os espaços mais tradicionais, como são exemplo os topos, laterais de topo, ilhas temáticas e checkouts, e aproveitando oportunidades taylor made para expor e comunicar os seus produtos, uma vez que estas constituem apostas seguras e eficazes, sem quaisquer constrangimentos para os shoppers ou para a navegação em loja”, diz o diretor geral da Happen. Na opinião de António Costa e Silva, a comunicação nos lineares e sobretudos nestes espaços adicionais tem melhorado a sua qualidade. “As ideias são mais bem trabalhadas, desde o conceito criativo à qualidade e durabilidade dos materiais, passando pela testagem de várias tecnologias que até aqui estavam a ser menos valorizadas”, explica. Para o responsável, esta aposta na otimização da navegação nos lineares e nos espaços adicionais, acrescentando-lhes informação e atratividade, veio para ficar. “Serão espaços cada vez mais apelativos, qualitativos e informativos, que permitem ao shopper, em pouco tempo, e independentemente das potenciais restrições nas lojas físicas, fazer uma escolha muito elucidada sobre o que pretende”, conclui.

*Artigo originalmente publicado na edição 399 do Hipersuper

Sobre o autorRita Gonçalves

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Gonçalo Santos Andrade: “Vamos fazer história!”

Em entrevista ao Hipersuper, Gonçalo Santos Andrade, presidente da Portugal Fresh, antecipa um momento histórico para o setor com a maior representação de sempre de empresas portuguesas na edição de 2024 da Fruit Attraction, em Madrid: 54 participantes e um stand de 708m2.

Quais as expetativas para esta edição da Fruit Attraction? A presença portuguesa mostra a força das nossas empresas nestes setores?
As expectativas da Portugal Fresh para esta edição da Fruit Attraction de 2024 são muito altas. Nunca ocupámos tanta área, nem participámos com um número tão elevado de empresas como este ano. Vamos fazer história! O stand conjunto ocupa a maior área de sempre – 708 metros quadrados – e conta com a presença recorde de 54 empresas, organizações e associações de produtores e parceiros. Iremos, juntos, promover as frutas e legumes produzidos em Portugal com uma presença forte na capital espanhola, que mostra bem o dinamismo deste setor.

O objetivo passa por reforçar e procurar novos mercados mas a Portugal Fresh faz mais nesta feira: divulga Portugal. Também passa por aí o sucesso da presença em Madrid?
Sem dúvida. A presença em Madrid permite-nos demonstrar como a aposta na qualidade, na segurança alimentar e na tecnologia do nosso modelo agrícola também são as nossas vantagens competitivas. Debaixo de um único chapéu, promovemos Portugal de forma muito mais eficaz e impactante.

As exportações de frutas, legumes e flores cresceram 13,4% nos primeiros seis meses do ano, face ao mesmo período do ano anterior. A presença em feiras internacionais como a Fruit Attraction fazem a diferença nestes resultados?
As principais feiras internacionais são autênticos centros de negócios onde temos acesso aos principais compradores internacionais. O grande objetivo é maximizar o valor à produção, procurando canais e soluções com valor acrescentado.
As vendas para os mercados externos crescem consecutivamente desde 2010, ano em que a Portugal Fresh foi criada. Em 2022, atingimos o marco histórico dos 2000 milhões de euros de exportações; em 2023 este valor aumentou para os 2303 milhões de euros. Queremos aproveitar todo o potencial do nosso país, onde a produção de frutas, legumes e plantas ornamentais está avaliada em 5000 milhões de euros (dados de 2023).
O grande objetivo da Portugal Fresh é reforçar a competitividade das empresas. E a promoção feita de forma conjunta e estruturada tem trazido inúmeras vantagens, não só em termos de rentabilização de custos e recursos, mas também no que toca à visibilidade da presença de Portugal. Passam milhares de visitantes por estas feiras empresariais e é aqui que se reúnem os principais players mundiais.

Como trabalha a Portugal Fresh para a internacionalização do setor?
Para continuar a ajudar as empresas a crescer, a Portugal Fresh tem em curso um Projeto Conjunto de Internacionalização para 2023-2025, apoiado pelo Portugal 2030 – Programa Operacional Competitividade e Internacionalização, e que prevê um investimento global de 1.561.663,52€ euros, financiado em 48,8% pelo FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
Além da presença na Fruit Logistica, em Berlim, na Fruit Attraction, em Madrid, e na IPM Essen, realizamos missões empresariais e ações de prospeção nos Estados Unidos, Chile, Índia e Polónia. Este ano, em Abril, participámos na 1ª edição da Fruit Attraction em São Paulo, no Brasil.
A nossa aposta é consolidar clientes nos mercados com maior volume de vendas, nos países onde o PIB per capita é mais elevado e também em cidades onde a presença da comunidade portuguesa é relevante. Abordamos ainda geografias com crescimento demográfico e com elevada concentração de consumidores, atrativas quer do ponto de vista logístico, quer económico. Países como o Luxemburgo, a Irlanda, a Suíça, o Qatar e a Noruega entram nas nossas prioridades devido ao PIB que apresentam. Já Nova Deli e Bombaim, na Índia, Tóquio, no Japão, Cidade do México, no México, e São Paulo, no Brasil, são atrativas pela demografia e logística.

As expectativas são de crescimento nas exportações mas para isso não chega a aposta em inovação e tecnologia. A disponibilidade de recursos hídricos é uma preocupação urgente?
Muito urgente. A evolução positiva das exportações precisa de ser acompanhada por investimentos concretos no acesso à água e na gestão dos recursos hídricos. Esta é a nossa principal batalha pois, sem uma gestão adequada da água, dificilmente conseguimos superar metas, crescer e ganhar maior competitividade. Temos vindo a defender, repetidamente, que é urgente avançar com a modernização da área de regadio existente para evitar perdas de água na distribuição antes de chegarem aos agricultores.
É urgente um plano estratégico nacional para a gestão deste tema. É urgente a criação de uma via verde para a construção de charcas e reservatórios de água e a construção de barragens para múltiplos fins. Este é um tema que continuará no topo das preocupações.

O que nos torna mais competitivos que outros países exportadores? De que forma os produtos deste setor se diferenciam?
Pela sua localização, Portugal possui um clima único na Europa e com forte influência do Atlântico. Esta diferenciação climática traz-nos, não só, qualidade e sabor, como nos permite produzir, por exemplo, framboesa na região do Sudoeste Alentejano durante as 52 semanas do ano. O clima ameno e mais estável ao longo do ano, com temperaturas não muito altas no verão e não muito baixas no inverno é uma grande vantagem competitiva. Permite-nos prolongar mais as campanhas. Ao mesmo tempo, também nos destacamos pela diversificação da oferta. Além dos pequenos frutos, distinguimo-nos na produção de tomate, citrinos, peras e maças, hortícolas, etc. A qualidade e o sabor são outros dois ingredientes fundamentais em que a produção nacional dá cartas.

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

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Na Quinta de Jugais já se prepara o Natal

De Oliveira do Hospital saem cabazes de natal para todo o mundo com os sabores autênticos e tradicionais de Portugal. Em 2023, as encomendas ascenderam a 400 mil.

A três meses do Natal, na Quinta de Jugais, em Oliveira do Hospital, o espírito da época já se instalou nos mais de 3 mil metros quadrados de área do armazém e agita o trabalho dos 60 colaboradores da equipa, liderada pelos irmãos António e Pedro Martins.

Um alvoroço que se sente desde 2001, altura em que arrancaram com o negócio da produção de “cabazes de Natal personalizados”. Pelo meio, investiram na introdução de “produtos tradicionais de sabor autêntico” da Serra da Estrela bem como na criação de uma linha de produção de doces, “inspiradas também em receitas tradicionais, que passam de geração em geração”.  De uma simples caixa, a um baú ou mala de viagem, o requinte das embalagens dos produtos é outra aposta da equipa que quer surpreender, por exemplo, “com bolachas em caixas de música” ou “chocolates em latas decorativas”. Embora não existam dados oficiais, como sublinha em comunicado, a Quinta de Jugais orgulha-se de ser a maior e mais antiga empresa de cabazes de Natal em Portugal e o seu objetivo é continuar a crescer e a apostar no mercado português.

O sucesso é notório e, volvidas mais de duas décadas, o negócio mostra ser uma aposta ganha: em 2007, a Quinta de Jugais iniciou a presença no mercado angolano e registou, em 2023, um volume de faturação de quase 40 milhões de euros (39.273.021,37 euros), o maior desde a génese da empresa em 2001 onde faturou cerca de 50.000 mil euros.
Para este ano, as previsões apontam para “um crescimento de 5%”. “Este aumento reflete a confiança no potencial do nosso negócio e no fortalecimento das nossas operações. No Natal, devido à área de negócio dos Cabazes de Natal e ao volume de trabalho da época, chegamos a ter na equipa mais de 400 pessoas”, partilham os responsáveis da Quinta de Jugais.

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ACIBEV assinala campanha Vitævino com vídeos a destacar a importância do setor

Para marcar o lançamento europeu da Campanha Vitævino, a ACIBEV lançou uma série de vídeos de curta duração para destacar a importância do setor do vinho.

Os vídeos lançados pela Associação de Vinhos e Espirituosas de Portugal, têm por base o estudo realizado pela NOVA SBE sobre o valor do Setor do Vinho em Portugal e assinalam o lançamento da campanha.

A Campanha Vitævino é uma iniciativa de cidadãos da comunidade vitivinícola europeia, dedicada à defesa da cultura do vinho e do seu papel na promoção do convívio.

Segundo a ACIBEV, a campanha pretende que seja reconhecido “o importante papel socioeconómico que o vinho desempenha na nossa sociedade”. “A grande maioria das pessoas bebe com moderação e o vinho é bem conhecido pelo seu contributo para a gastronomia e o convívio numa cultura que distingue entre o abuso do álcool e o consumo moderado de vinho”, destaca ainda, num comunicado.

Um dos pilares dessa campanha é a Declaração Vitævino, que prevê a recolha de assinaturas daqueles que apoiam o vinho “enquanto símbolo de convívio, a sua cultura milenar, o seu papel na formação da nossa história, da nossa economia, dos nossos terroirs e das nossas comunidades rurais, não esquecendo o lugar legítimo do consumo moderado de vinho como parte de um estilo de vida saudável e equilibrada”, explica a ACIBEV no comunicado.

Os cinco pequenos vídeos lançados pela Associação apresentam factos importantes sobre o emprego rural, a contribuição fiscal, a atividade económica, o enoturismo, o valor das exportações, a contribuição para o PIB e o impacto ao longo de toda a cadeia de valor.

A Declaração Vitævino pode ser assinada em www.vitaevino.org

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I&D

Inteligência Artificial “tem o potencial de tornar os humanos mais inteligentes e produtivos”

Carlos Oliveira, chairman da Automaise, defende a necessidade de “olhar estrategicamente para o IA”, no seio das empresas, onde “os impossíveis passaram a ser possíveis” devido a esta tecnologia.

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O chairman da Automaise, Carlos Oliveira, defendeu que a Inteligência Artificial “tem o potencial de tornar os humanos mais inteligentes e produtivos”, no evento Automaise Talks, realizado no passado dia 25 de setembro, no Templo da Poesia, em Oeiras.

Na sua intervenção sobre IA e liderança, Carlos Oliveira defendeu a necessidade de “olhar estrategicamente para o IA”, no seio das empresas, onde “os impossíveis passaram a ser possíveis” devido a esta tecnologi. “O desafio é para nós próprios, que temos de pensar como tirar partido desta ferramenta, para o nosso crescimento”, afirmou, acrescentando: “A IA está a ser o verdadeiro indutor da verdadeira transformação digital que ainda não aconteceu” afirmou.

Também Ernesto Pedrosa, CEO da Automaise, considerou que “o lançamento do Chat GPT foi o turning point”, mas lembrou que a “IA já tem 20 anos e faz parte do nosso dia-a-dia, em assistentes virtuais, recomendações de produtos ou sistemas de navegação”. “O futuro de todas as empresas passa pela IA”, disse.

As Automaise Talks, realizadas no dia 25 de setembro, reuniram líderes e especialistas de várias áreas para discutir o impacto da IA no futuro das empresas. O evento destacou a inevitabilidade da adoção da IA, abordando como esta tecnologia está a transformar tarefas repetitivas e a impulsionar a eficiência operacional. Debateram-se ainda os efeitos da IA na produtividade, a possibilidade de semanas de trabalho mais curtas e a importância de equilibrar o teletrabalho com a vida pessoal.

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Fotografia de arquivo

Retalho

Heed Capital investe 25 milhões de euros na expansão do Retail Park de Évora

O Retail Park contará com mais de 800 lugares no parque de estacionamento e vai receber a primeira loja da Mercadona no Alentejo, além de uma Kiwoco, um Espaço Casa e uma Fábrica de Óculos.

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A Heed Capital, empresa de gestão de ativos focada em fundos de investimento e consultoria financeira, investiu 25 milhões de euros na expansão do Retail Park de Évora, localizado na Quinta de Alcaide.

O espaço, comprado em 2021 à Europar, passará, com a expansão, de 6000 m 2 para 14 mil m 2 de área coberta construída. O terreno onde está situado tem uma área total de aproximadamente 66.000 m 2 , sendo que os proprietários cederam uma
área de quase 7.000 m 2 à Câmara Municipal de Évora, entregando ao poder público a construção de uma nova via de acesso ao local, assim como a ligação a uma rotunda já existente.

Recorde-se que em 2021, a Heed Capital lançou o Aston Gold, um fundo de capital de risco fechado. O Retail Park de Évora faz parte dos ativos geridos pelo Aston Gold FCR .

Para Fernando Fonseca, responsável da Aston Gold, “este investimento confirma a nossa capacidade, através das nossas equipas multidisciplinares, de gerir os recursos dos nossos clientes, tanto em ativos líquidos como nos de menor liquidez.”

O Retail Park contará com mais de 800 lugares no parque de estacionamento e vai receber a primeira loja da Mercadona, cadeia espanhola de supermercados, no Alentejo, além de uma Kiwoco, um Espaço Casa e uma Fábrica de Óculos. O investimento da Heed Capital vai gerar a criação de 200 novos postos de trabalho na cidade de Évora, contribuindo diretamente para o desenvolvimento económico do interior do país, e a inauguração está marcada para o próximo dia 3 de outubro.

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Bebidas

Espumantes das Caves da Raposeira distinguidos no Mundus Vini

O espumante Raposeira Velha Reserva 2017 recebeu o prémio especial “Best of Show Portugal Sparkling Wine”, reforçando a reputação desta marca portuguesa no panorama internacional.

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As Caves da Raposeira estiveram em destaque no Summer Tasting do prestigiado concurso internacional Mundus Vini, ao arrecadarem 4 Medalhas de Ouro e o prémio especial “Best of Show Portugal Sparkling Wine”.

Os espumantes galardoados foram o Raposeira Velha Reserva 2017, o Raposeira Super Reserva Blanc de Blancs Bruto 2019, o Raposeira Super Reserva Blanc de Noirs Bruto 2017 e o Raposeira Reserva Bruto 2020, que se destacaram pela sua excelência e qualidade.

O espumante Raposeira Velha Reserva 2017 recebeu o prémio especial “Best of Show Portugal Sparkling Wine”, reforçando a reputação desta marca portuguesa no panorama internacional.

 

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Retalho

APED pede simplificação de processos para eliminar obstáculos à doação de alimentos

Em 2023, os associados da APED da Distribuição Alimentar contribuíram com a doação de mais de 24 mil toneladas de produtos alimentares de diferentes categorias.

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O setor do Retalho e Distribuição quer continuar a dar passos para reduzir ainda mais o desperdício gerado nas suas operações e influenciar positivamente fornecedores e consumidores para a adoção de boas práticas. A APED e os seus associados apelam aos decisores nacionais para a necessidade de eliminar obstáculos à doação de alimentos, nomeadamente no seu enquadramento fiscal, no processo de recolha e nos procedimentos administrativos que lhe estão associados.

Num documento intitulado “Contributo da Distribuição no Combate ao Desperdício Alimentar: Boas Práticas, Desafios e Oportunidades”, a APED apresenta um enquadramento da realidade do desperdício alimentar a nível global, elenca as ações desenvolvidas pelo setor para mitigar este flagelo e apresenta propostas de alteração legislativa que podem contribuir ainda mais para reduzir a perda de alimentos e fazer chegar os excedentes a quem mais precisa.

Para a APED é necessário simplificar processos, flexibilizar restrições fiscais, fornecer orientações claras sobre a elegibilidade dos produtos alimentares e promover a capacitação das entidades recetoras. A promoção de medidas direcionadas para a eficiência na recolha dos excedentes alimentares, tais como a colaboração com entidades intermediárias para maximizar as doações outras é outra das propostas apresentadas.

A APED considera ainda que existem algumas oportunidades para melhorar a eficácia do processo de doação de excedentes alimentares.

As doações são limitadas a instituições e entidades públicas que cumpram um conjunto de requisitos de natureza fiscal. O facto de apenas as IPSS, o Estado e as ONG sem fins lucrativos serem passíveis de isenção de IVA, acaba por penalizar as empresas do ponto de vista fiscal. A revisão dos limites associados ao volume de vendas anual das empresas para a majoração em sede de IRC dos custos com donativos prevista no Regime do Mecenato é outra das propostas feitas neste documento.

A falta de meios e equipamentos necessários ao acondicionamento e transporte dos produtos, bem como a escassez de voluntários, sobretudo fora dos grandes centros urbanos, é outra dificuldade vivida pelas instituições assinalada pela APED. Entre as propostas de solução para esta realidade estão a concessão de apoios do Estado ou das autarquias para o financiamento de equipamentos ou infraestruturas e a construção de um sistema de vantagens fiscais para voluntários e para empresas/organizações que queiram fazer as recolhas e a sua redistribuição pelas instituições beneficiárias.

Outro dos obstáculos salientados diz respeito à complexidade e pouca celeridade dos processos administrativos envolvidos nas ações de doação, incluindo a documentação e o controlo da rastreabilidade, que acabam por criar constrangimentos na disponibilidade dos produtos a serem doados.

“O combate ao desperdício alimentar exige uma resposta concertada e articulada entre todos os elos da cadeia de abastecimento alimentar e um trabalho de sensibilização junto do consumidor. À semelhança de outros desígnios que tem assumido no âmbito da sustentabilidade, a APED e os seus associados querem continuar a dar passos firmes para acelerar ainda mais o seu contributo para a reduzir o desperdício e a partilha de boas práticas com fornecedores e consumidores. Cabe necessariamente aos decisores e reguladores participarem também nesta ação colaborativa, agilizando processos, metodologias e regulamentação, garantindo sempre a qualidade e segurança dos alimentos doados”, afirma Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da APED.

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Marine Stewardship Council

Alimentar

Sardinha ibérica inicia processo de certificação de sustentabilidade pelo Marine Stewardship Council

Este processo de avaliação é liderado pela Associação Nacional das Organizações de Produtores da Pesca do Cerco (ANOPCERCO) e pela Asociación de Organizaciones de Productores de Pesca del Cantábrico (OPPs CANTÁBRICO).

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A Marine Stewardship Council (MSC) anuncia a entrada em avaliação completa de acordo com o Padrão de Pesca do MSC da pescaria de cerco da Sardinha Ibérica (Sardina pilchardus).

O Padrão de Pesca do MSC certifica pescarias sustentáveis e bem geridas, baseando-se em três princípios fundamentais: populações saudáveis de peixes, minimização do impacto sobre o meio marinho no seu conjunto e um sistema eficaz de gestão pesqueira. A certificação da sardinha ibérica será realizada pelo certificador independente Bureau Veritas para estes três princípios.

A sardinha ibérica, um recurso valioso partilhado por Portugal e Espanha, distribui-se do Golfo da Biscaia ao Estreito de Gibraltar. A sardinha portuguesa obteve anteriormente a certificação MSC, um reconhecimento importante, que em 2014 foi suspenso devido a desafios na gestão do stock. Desde então, têm sido implementadas medidas para melhorar a sustentabilidade da pescaria, visando uma futura recertificação. Em 2021, Portugal e Espanha acordaram um Plano Multianual de Gestão que inclui, regras que definem as capturas anuais, períodos de interdição da pesca, limites à captura de juvenis entre outras medidas de gestão que têm como objetivo a gestão sustentável deste recurso partilhado.

Em avaliação estará a pesca do cerco, composta por 339 embarcações que direcionam as suas capturas para pequenos pelágicos, 144 pertencem à frota portuguesa e 195 à frota espanhola, e as capturas são realizadas na zona FAO 27, concretamente nas zonas CIEM VIIIc e IXa.

O processo de avaliação agrega 17 Organizações de Produtores de Pesca (OPs) de Espanha e Portugal, assim como 3 associações de indústrias alimentares de Portugal. Todas as OPs portuguesas são membros da ANOPCERCO. No caso de Espanha, 6 das OPs estão integradas na OPPs CANTÁBRICO, bem como outras 2 OPs que não são membros da referida Associação, mas que também realizam essas capturas. Finalmente, dentro do grupo cliente desta pescaria estão 3 associações portuguesas de indústrias alimentares, Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe (ANICP), Associação Nacional da Indústria pelo Frio e Comércio de Produtos Alimentares (ALIF) e Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED).

“É com um enorme orgulho que encaramos este processo de certificação da sardinha ibérica, depois de termos tomado a iniciativa no final de 2022, conjuntamente com a indústria de conservas, com a indústria de congelação e com as empresas de distribuição, e tendo como ponto de partida o sucesso obtido na recuperação do stock ibérico da sardinha, e os enormes sacrifícios desenvolvidos pelo setor para garantir essa recuperação”, sublinha Humberto Jorge, presidente da ANOPCERCO.

“A obtenção da certificação de sustentabilidade MSC irá trazer benefícios para todos os intervenientes na fileira da pesca da sardinha. É essencial manter ou mesmo reforçar o acompanhamento científico sobre o estado do recurso e reforçar o papel das organizações de produtores na regulação do mercado e na gestão participada deste recurso tão importante para as pescas portuguesas.”, acrescenta

Alberto Castro, membro da OPPs CANTÁBRICO , refere que “Após muito esforço, encaramos o processo de certificação MSC com entusiasmo. É muito importante para nós demonstrar através de uma certificação como a do MSC, reconhecida, rigorosa e independente, o grande trabalho que se realiza na gestão desta pescaria tão importante para nós”

Também Alberto Martín, diretor do programa MSC para Espanha e Portugal, lembra que “a pesca da sardinha é um exemplo de como as diferentes partes interessadas, produtores, administração, empresas e cientistas, podem unir esforços em prol da sustentabilidade. As frotas espanhola e portuguesa estão a colaborar muito estreitamente para conseguir uma gestão sustentável da sardinha ibérica. Têm investido muito esforço na melhoria das informações disponíveis em relação ao stock, aperfeiçoando os dados e propiciando a geração de novos modelos ecossistémicos para compreender melhor que relações existem na cadeia trófica com este recurso”. “Por todo este trabalho realizado, felicito as frotas de ambos os países e desejo-lhes sorte no processo de avaliação completa da sardinha que determinará, através de um processo objetivo e baseado na ciência, se a sardinha pode ser certificada.”, conclui.

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Alimentar

Edição dos World Cheese Awards em Portugal será a maior de sempre

Com 4.784 queijos de 47 países, já inscritos, a competição de 2024 é a mais concorrida em quase quatro décadas dos World Cheese Awards.

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Realizada em Portugal pela primeira vez, a competição vai decorrer em Viseu, entre 15 e 17 de novembro, e tem confirmada a participação de 4.784 queijos de 47 países, a concurso. As inscrições para os prémios já terminaram, mas decorrem, até 15 de outubro, as inscrições para todos os produtores que queiram participar como expositores.

O número dos participantes a concurso representa um crescimento de 6,3 por cento no volume de inscrições face ao registo máximo alcançado até à data – 4.502 queijos avaliados pelo júri na edição do último ano, realizada em Trondheim, na Noruega.

A edição portuguesa dos World Cheese Awards é, oficialmente, a maior de sempre, “atingindo números recorde de participação, quer em valores absolutos quer ao nível do volume de queijos e produtores portugueses em competição”, avança a organização.

A representação nacional mais do que triplica face ao recorde anterior, alcançado na edição de 2021, em Espanha, com 56 inscrições. Em Viseu serão 182 os produtores portugueses em competição, revelam ainda os responsáveis.

Oportunidades de exportação

Bruno Filipe Costa

A organização destaca ainda o facto da forte presença de produtores, profissionais da indústria, compradores e imprensa de todo o mundo, possibilitar a divulgação e promoção dos produtores nacionais “junto de importantes players internacionais, com potencial para alavancar as exportações na fileira do queijo português”. “Espanha, Reino Unido, Itália, Brasil e Japão são alguns dos principais mercados com presença já confirmada em Viseu, nos próximos dias 15 a 17 de novembro”, detalha.

“Não podíamos estar mais felizes com os resultados alcançados até agora. Quando começámos esta caminhada para trazer os World Cheese Awards até Portugal, traçámos dois grandes objetivos para esta edição: bater o recorde do número de queijos a concurso e alcançar a maior representação de sempre de produtos e profissionais nacionais. Cumprimos ambos, batemos todos os recordes”, destacou Bruno Filipe Costa, food expert e impulsionador da vinda do evento para Portugal.

Considerados os ‘Óscares do Queijo’, os World Cheese Awards são organizados há mais de três décadas pela britânica Guild of Fine Food. Os queijos a concurso vão ser analisados por um júri composto por 250 especialistas de cerca de 40 nacionalidades, entre os quais estarão 35 profissionais nacionais, abrangendo especialistas em queijo, críticos gastronómicos, chefs, entre outros profissionais da indústria.

A iniciativa irá também trazer a Portugal mais de uma centena de jornalistas de publicações especializadas, influencers e apreciadores dos quatro cantos do mundo, contando com um Summit de Queijos e um Festival Gastronómico abertos ao grande público e de acesso gratuito.

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Imagem 3D pela COMBO Architects Studio

Retalho

Mercadona inicia construção do primeiro supermercado em Lisboa que vai abrir em 2025

As novas instalações, na Rua Hermínio da Palma Inácio, vão incluir um Centro de Coinovação e um escritório corporativo, que complementará o escritório já aberto em Vila Nova de Gaia desde 2020, onde a empresa tem a sua sede no nosso país..

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A Mercadona vai começar a construção de um supermercado na Alta de Lisboa, na Rua Hermínio da Palma Inácio, com abertura prevista para 2025, dando continuidade ao seu plano de expansão em Portugal, “chegando mais perto dos “Chefes” (clientes) que há muito pediam uma loja na capital”.

No distrito de Lisboa, a empresa conta atualmente com cinco supermercados, dois dos quais em Sintra, um em Oeiras, um em Alverca e outro em Torres Vedras. No próximo dia 24 de outubro abrirá a terceira loja em Sintra (Rio de Mouro), terminando o ano 2024 com seis lojas no distrito.

A construção, que será edificada num terreno com uma área total de 5.000 m2 e cuja operação de loteamento foi desenvolvida pela SGAL – Sociedade Gestora da Alta de Lisboa, contempla ainda no seu projeto um piso destinado a escritório e um Centro de Coinovação, cujo objetivo é facilitar o trabalho desenvolvido em conjunto com os “Chefes” (clientes) para adaptar a oferta aos hábitos e preferências dos consumidores e desenvolver produtos inovadores com a máxima qualidade.

A Mercadona avança também que a nova loja contará com parque de estacionamento subterrâneo e será construída respeitando o Modelo de Loja Eficiente implementado em todas as lojas da cadeia em Portugal, com corredores amplos, entrada com vidro duplo que evita correntes de ar, sistemas de refrigeração mais sustentáveis, melhorias de isolamento nos móveis de frio, iluminação LED e gestão inteligente do consumo energético. Além disso, esta loja contará também com painéis solares na cobertura para autoconsumo, continuando com a aposta da empresa nas energias renováveis.

A Mercadona, que iniciou a atividade no norte do país, tem a sua sede portuguesa e escritório central em Vila Nova de Gaia desde 2020 que será complementado com o escritório de Lisboa, onde a empresa conta já com cerca de 100 colaboradores de diversas áreas que exercem no centro do país, tais como recursos humanos, logística e obras.

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