Corine de Farme reforça aposta no segmento biológico

A Corine de Farme está a preparar novos lançamentos no mercado português, integrados na oferta de produtos biológicos certificados, revelou Ana Costa, gestora de trade marketing da Laboratórios Sarbec, em declarações ao Hipersuper. Nos últimos três anos, o grupo especializado em produtos de higiene e de cosmética para bebé tem vindo a investir na fábrica localizada em Neuville-en-Ferrain, em França. “Hoje, temos uma fábrica que aposta na produção de produtos com certificação biológica e estamos muito comprometidos com a natureza. Produzimos nas nossas instalações as nossas próprias embalagens, que, na sua grande maioria, são de origem 100% vegetal”, afiança Ana Costa.

A inovação tem sido a arma de arremesso da empresa para ultrapassar o contexto de crise pandémica. “É através da inovação que nos conseguimos diferenciar das marcas concorrentes”. O foco do desenvolvimento está na sustentabilidade: um packaging ecológico e uma cosmética mais natural e responsável.

Em 2021, “lançámos inúmeros produtos. Foi um ano sem igual no que toca a inovação, uma vez que renovámos todas as nossas embalagens para um packaging mais verde, mais sustentável”, exemplifica Ana Costa. As novas embalagens têm origem 100% vegetal e são elaboradas a partir de óleos vegetais reciclados, como o de girassol e colza. Além disso, a Corine de Farme lançou no mercado nacional as toalhitas com fibras biodegradáveis 100% vegetais.

O interesse por uma cosmética “mais clean, mais natural e mais responsável”, assim como por produtos biológicos, está a aumentar entre os consumidores portugueses, mas não se traduz em vendas significativas, constata a responsável. “O consumidor manifesta-se muito nesse sentido, no entanto, não sentimos que essa preocupação se reflita nas vendas”, salienta Ana Costa, acrescentado que “o consumidor, na realidade, ainda não está totalmente recetivo a esta oferta, nem disposto a pagar mais por isso. Esta tendência, para já, não passa de um nicho. No entanto, cabe às marcas trabalharem no sentido de desenvolver e explorar mais este mercado porque esse é o futuro”.

Com a taxa de natalidade em níveis mais baixos nestes dois anos de pandemia, o mercado, já de si pequeno, retraiu.  “Quando comparamos com outros países, não temos muitos bebés em Portugal. O número de nascimentos ao ano está relativamente estável já há uns anos e isso torna difícil o crescimento desta categoria”, lembra Ana Costa. Com vendas “relativamente estáveis nos últimos anos, com o surgimento da pandemia, efetivamente assistimos a uma queda nas vendas”, denota a responsável.

No que diz respeito às marcas próprias da grande distribuição, que têm vindo a reorganizar as suas gamas destinadas a bebé, lançado novos e inovadores produtos, a responsável indica que, tal dinamismo, obriga as marcas de fabricante “a serem ainda mais inovadoras a satisfazer as necessidades dos consumidores. Os consumidores de produtos de bebé nascem cada vez que nasce um bebé. São exigentes e as marcas têm de acompanhar esta exigência e, sempre que possível, surpreendê-los”.

Em 2022, a Corine de Farme vai continuar a apostar no canal digital. “Pretendemos continuar a trabalhar com as nossas embaixadoras no digital, uma vez que desempenham um papel importantíssimo na divulgação da marca e das suas novidades. Além disso, queremos trabalhar de perto com os nossos clientes da distribuição e explorar novas ferramentas de comunicação. Pretendemos, ainda, lançar desenvolver o canal de e-commerce, em especial o marketplace”, avança.

No ponto de venda, a estratégia da marca passa por comunicar de forma atraente e impactante os argumentos e as mais-valias dos produtos, utilizando materiais POS, expositores e flyers.
*Artigo originalmente publicado na edição 398 do Hipersuper