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Sonae RP contratualiza 60 lojas em 2021

Por a 7 de Fevereiro de 2022 as 17:40

Inês Guedes PimentaA pandemia representou uma diminuição de receitas e um crescimento dos custos para os centros comerciais. A Sonae RP, porém, conseguiu continuar a captar novas lojas para o conjunto de centros comerciais. “Contratualizamos, em 2021, mais de 60 lojas operadas por entidades externas à Sonae em todo o país, o que representa mais de dez mil metros de área comercializada”, adianta Inês Guedes Pimenta, responsável de marketing da Sonae RP, em declarações ao Hipersuper.

Só no último mês do ano, os centros comerciais da empresa do universo Sonae contaram com a abertura de dez novas lojas, nomeadamente a “abertura dos novos espaços de lavandaria e cosmética em Vila Real, bem como as novas lojas de serviços de petcare em Telheiras e Évora”, revela.

Telheiras também foi palco da abertura da maior loja Wells, insígnia da Sonae, em Portugal. Num espaço de 900 metros quadrados, a loja conta com serviços de parafarmácia, perfumaria e cosmética seletiva. E há novidades. Trata-se de uma área de experimentação de cosmética de luxo, um centro de estética e um espaço Hair Studio, dedicado a diagnósticos capilares.

“Saliente-se ainda a abertura no centro do país de mais uma loja Sports Center, a sexta nos nossos imóveis, e mais a sul, a inauguração de um novo conceito de restauração na Amadora”, acrescenta Inês Guedes Pimenta. Em matéria de captação de insígnias, a responsável diz que a Sonae RP procurou captar as que colhem maior recetividade junto dos clientes. “São disso exemplo, a loja de decoração Homa – terceira abertura nos nossos espaços comerciais – o Burger King, a Pluricosmética, a PetOutlet, a Sports Center, o Outlaw e o BNB Mobile”, especifica.

Em matéria de encerramentos, sem revelar números, a responsável garante que estes estiveram dentro da normalidade. “Ao longo dos últimos dois anos o número de encerramentos encontra-se em linha com o período pré-pandemia, o que demonstra a resiliência das nossas galerias comerciais”, refere, detalhando que a empresa contou “com várias novas aberturas de lojas em todo o país, quer em novos espaços, quer na substituição de lojistas com baixa performance”. Em termos líquidos, o responsável adianta, assim, que houve uma substituição das lojas encerradas por novos operadores.

Mas a história recente dos centros comerciais da Sone RP não se faz apenas de aberturas e encerramentos de lojas. Algumas delas foram alvo de remodelações. “Destaca-se o projeto de Vila Real, que expandiu cerca de 4500 metros quadrados de Área Bruta Locável (ABL) que possibilitou a abertura de novas lojas pensadas para os clientes desta cidade, tendo inaugurado até ao final do ano oito novos conceitos”, exemplifica. Na mesma linha, o Continente de Tomar sofreu uma reestruturação na área, “reforçando o mix comercial de operadores presentes na galeria comercial”, acrescenta.

Neste âmbito, a estratégia da Sonae RP passar por encarar o retalho como a âncora de todos os ativos que se encontram nos centros comerciais. “No sentido de proporcionar os melhores serviços de conveniência, estamos atentos às necessidades locais, e trabalhamos o mix comercial dos espaços nesse sentido”, diz Inês Gudes Pimenta. Depois de, em 2021, os centros comerciais terem acolhido novas lojas, a responsável diz que está “em pipeline um conjunto de novas aberturas para o próximo ano”.

PANDEMIA IMPACTOU AS RECEITAS
Ao longo da pandemia, Inês Guedes Pimenta conta que a Sonae RP mostrou “grande resiliência face ao período pandémico, mantendo a operacionalidade dos seus imóveis, garantindo a aplicação das normas vigentes decretadas pelo governo e DGS e respondendo às necessidades dos seus clientes”.

E, embora o volume de negócios da Sonae RP não esteja detalhado nos relatórios com os resultados da Sonae SGPS, a responsável adianta que a empresa sentiu “uma quebra justificada pelas imposições legais decretadas por força da pandemia”. Os custos, por outro lado, subiram, devido às medidas de higiene colocadas em vigor ao longo da pandemia. “Foi necessário dotar os nossos ativos de meios adequados à prevenção da pandemia que vivemos. Rapidamente foram adotadas todas as medidas preventivas de reforço de segurança, nomeadamente, a constante higienização dos espaços comuns dos centros, a disponibilização de dispensadores extra para higienização das mãos dos visitantes, assim como a implementação de sinalética informativa disposta pelo centro com as indicações previstas pela nova legislação em vigor”, explica. “Como reforço do cumprimento das orientações de higiene e segurança procedemos à certificação COVID SAFE, através da APCER garantindo aos nossos clientes total segurança e conforto ao visitarem os nossos imóveis”, acrescenta. A responsável pelo marketing da Sonae RP afirma ainda, em resumo, que “estes custos são bastante relevantes na gestão orçamental”.

Falando do número de visitantes dos centros comerciais, a responsável diz “a pandemia veio alterar de forma relevante a frequência de visita por parte dos consumidores prejudicando a análise da evolução deste indicador”. “De salientar que as nossas galerias comerciais mantiveram-se sempre abertas, bem como os lojistas ou os serviços cujas indicações governamentais permitiam, dinamizando os vários centros e apoiando os clientes das áreas envolventes”, acrescenta.

AUMENTO DE CASOS NÃO ALARMA
O aumento do número de casos com Covid-19, por esta altura do ano, é sempre motivo de preocupação. Mas não faz os responsáveis da empresa traçarem um cenário alarmista. “Naturalmente que acompanhamos rigorosamente a evolução da pandemia porque tem impacto na gestão do nosso negócio. Acreditamos que os nossos ativos são resilientes no sentido de estarem preparados e adaptados a futuros desafios”, afirma Inês Guedes Pimenta.

Até porque, quando se refere ao futuro, a responsável diz que os centros comerciais estão capacitados para se adaptarem às circunstâncias. “Neste momento temos os centros preparados para fazer face tanto às situações atuais como para as que se perspetivam no futuro, bem como estamos preparados para adaptar a gestão em função da evolução pandémica”, diz. “A nossa oferta centra-se em negócios de conveniência, nomeadamente no retalho alimentar, pelo que mesmo em plena pandemia foram sempre muito valorizados pelos consumidores e acreditamos que assim se irá manter no futuro. Naturalmente, estaremos atentos às necessidades que surjam por parte dos clientes e tentaremos ajustar as mesmas sempre que possível. O objetivo principal dos nossos centros continuará a ser o bem-estar de quem nos visita”, conclui.

Artigo publicado na edição 398 do Hipersuper

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