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A estratégia da Enoport para a marca Cabeça de Toiro

Por a 3 de Fevereiro de 2022 as 12:18
Nuno Santos, CEO da Enoport

Nuno Santos, CEO da Enoport

A Enoport está a preparar o lançamento de novas referências e novos formatos no decorrer de 2022 e irá apostar forte no aumento da distribuição desta marca da região do Tejo

Para dar seguimento ao ritmo de crescimento que a marca Cabeça de Toiro tem vindo a registar dentro e fora das fronteiras, a Enoport está a preparar o lançamento de novas referências e novos formatos no decorrer de 2022 e irá apostar forte no aumento da distribuição desta marca de Vinho do Tejo, através da entrada em novos canais, com menor peso para a marca, revela Nuno Santos, CEO da Enoport, em declarações ao Hipersuper.

A marca da região do Tejo, que está a assinalar o 25º aniversário, vai dar também início, em 2022, às obras de modernização das instalações de engarrafamento situadas em Rio Maior, distrito de Santarém, e irá investir no aumento da capacidade de armazenamento de produto acabado, anuncia o CEO.

Sem querer antecipar em demasia o futuro, Nuno Santos regressa ao passado para fazer o balanço dos 25 anos de vida desta marca. “Foram 25 anos de crescimento, quer em vendas quer em notoriedade. Hoje, Cabeça de Toiro é uma marca reconhecida não só na região do Tejo, como a nível nacional”. E internacional. A Enoport exporta para cerca de 43 países e vende Cabeça de Toiro para quase todos. As vendas no exterior representam 30% das vendas totais. O volume de negócios da marca em 2019, antes da pandemia, foi de 1.895.000 euros e este ano a empresa espera um crescimento de 18%.

Para o reconhecimento alcançado pela marca muito contribuíram, por um lado, o alargamento da distribuição no retalho e a presença em todas as insígnias da distribuição moderna, como reconhece o responsável. Pelo contrário, a principal dificuldade foi lidar com o facto de a região do Tejo não ter o reconhecimento de outras regiões vitivinícolas do País. “Tivemos de construir passo-a-passo a reputação da marca ao longo destes 25 anos”, sublinha Nuno Santos.

A Cabeça de Toiro é engarrafada nas instalações de Rio Maior, que tem capacidade para produzir um milhão de garrafas. As uvas que dão origem ao néctar provêm de uma área de 130 hectares de vinha, instalada na Quinta de São João Batista, inserida na Reserva da Biosfera do Paul do Boquilobo.

O primeiro lançamento da marca decorreu em 1996, com a colheita de 1991. “Foi o primeiro Vinho de Qualidade Produzido em Região Demarcada (VQPRD) Santarém e tinha um objetivo de vendas de 30 mil garrafas, suportado numa campanha publicitária com a assinatura: ‘Pegue este toiro pelo gargalo’”, recorda o CEO.

A partir da colheita de 1997, a marca passa a ostentar a designação DOC Ribatejo e atinge vendas de 60 mil unidades, em 2020.

“Em 2008, é lançada a colheita de 2005 com nova imagem, tal como hoje a conhecemos, na sequência do rebranding da marca. As vendas disparam e medalhas e pontuações altas nos principais concursos internacionais e revistas começam a aparecer. Em 2014, com a campanha publicitária “Atitude Girl”, são lançadas as referências Reserva Branco e Grande Reserva Tinto. As vendas continuam a subir e atingem, em 2019, as 630.000 unidades”, conta o responsável, em jeito de resumo.

Para celebrar a história desta marca, a Enoport lançou, no mercado, uma edição especial comemorativa: Cabeça de Toiro 2016 Edição Comemorativa 25 anos, com uma edição limitada a 4.273 garrafas. Esta edição especial resulta de uma “aprimorada” seleção das melhores uvas provenientes das castas Touriga Franca (60%), Cabernet Sauvignon (20%) e Alicante Bouschet (20%), cujas uvas foram colhidas em momentos diferentes no seu perfeito estado de maturação e vinificadas cuidada e demoradamente na adega.

O vinho apresenta-se com “aroma complexo e intenso a especiarias e notas vegetais, bem estruturado e potente” e apresenta uma excelente capacidade de envelhecimento. Estagiou 12 meses em barricas de carvalho francês e 12 meses em garrafa.

A marca lançou ainda uma nova linha de comunicação, com o conceito “Sai da manada”, que irá orientar toda a estratégia de comunicação daqui em diante. Com assinatura dos criativos Nuno Antunes e Nuno Duarte, da agência Milford, o novo conceito “pretende romper com a ideia de que no meio é que está a virtude, atirando Cabeça de Toiro para o lugar de destaque que merece”.

O novo conceito, veiculado através de uma campanha multimeios, desafia os consumidores a sair da “mediania e do ramerrame e a exigirem mais da vida e do vinho que consomem”, termina o responsável.

*Artigo originalmente publicado na edição 398 do Hipersuper

 

 

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