CAP quer mais peso político para as pastas de Agricultura e das Florestas
Depois de os portugueses votarem pela estabilidade política e por um governo de maioria absoluta nas eleições legislativas de 30 de janeiro, a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) veio a terreiro pedir ao novo executivo para conferir mais peso político às pastas de Agricultura e das Florestas.
Em comunicado, a CAP defende que na legislatura iniciada em 2019, “à falta de peso político da pasta e à clara incapacidade de execução dos fundos comunitários, juntou-se uma nociva dispersão de competências, tendo o ministério perdido meios, recursos e eficácia”.
A confederação convida o novo executivo a reconhecer a necessidade de refletir sobre esta situação, com o objetivo de desenvolver o setor agroflorestal. “A Agricultura e as Florestas devem estar no mesmo centro de decisão política, tal como acontece nos instrumentos financeiros e no funcionamento da União Europeia. A agricultura é um motor do desenvolvimento económico do país, pelo que o horizonte de estabilidade da próxima legislatura é uma oportunidade evidente para conferir ao setor e ao mundo rural a importância que estes, de facto, têm”, defende a CAP, no mesmo documento.
A CAP manda ainda uma bicada no PAN, afirmando que a “rejeição eleitoral de partidos animalistas e pseudoecologistas é motivo de enorme satisfação para todos os produtores agrícolas de norte a sul do país e ilhas. Os portugueses votaram contra o preconceito ideológico daqueles que fazem dos ataques à agricultura e ao mundo rural as suas bandeiras eleitorais”.