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2022: Uma surpresa por desvendar para a distribuição

Por a 12 de Janeiro de 2022 as 16:16

Carlos Nunes1Por Carlos Nunes, Partner da Expense Reduction Analysts

Desde a abertura do primeiro hipermercado do país, em 1985, que o mercado das grandes superfícies tem crescido exponencialmente. Contudo, apesar de se ter desenvolvido significativamente nas últimas décadas, o setor da distribuição retalhista tem ainda inúmeros pontos fracos.

Os grandes grupos retalhistas, empenhados em desenvolver formas cada vez mais sofisticadas de interagir com os consumidores, geraram alguns dos avanços mais substanciais na área do marketing relacional, como o marketing dirigido, os pagamentos automáticos, os cartões de fidelização e o crédito ao consumo. Quando se fala no sucesso do negócio, a matemática é fácil: grandes volumes e margens estreitas. O que significa que grande parte do sucesso assenta na capacidade de compra e num controlo apertado de todo o tipo de custos.

É neste quadro que faz sentido pensar nas preocupações que assolaram o ano de 2021 e preparar o ano de 2022 para que seja um ano mais planeado. No ano que agora começa, a dinâmica no retalho manter-se-á em linha com o que observámos em 2021. A inovação continuará a ser a palavra de ordem – cada vez menos contacto, mais autonomização e mais tecnologia a ser incorporada por estes grupos retalhistas.

A par destes desenvolvimentos, esperamos continuar a observar constrangimentos significativos na cadeia de abastecimento, devido aos problemas que o setor da logística enfrenta, e às tensões inflacionistas, que estão a provocar o encarecimento de um leque vasto de matérias-primas e que manterão a pressão sobre a matemática que acima mencionei: 2002 será uma surpresa, assim como foi o ano de 2021.

A única certeza que tenho é a de que as categorias de custo indiretas continuarão a ser pressionadas, especialmente, as relacionadas com a energia, produtos petrolíferos, embalamento e serviços de logística. No ano vindouro, uma maioria considerável das indústrias será pressionada por estes fatores. O desfecho é ainda imprevisível, mas as expectativas são de que estes desafios se manterão. Assim, no próximo ano será ainda mais pertinente considerar a redução de custos como uma opção, já que sem a correta abordagem, dificilmente se retirará a pressão sobre as categorias de custo e dará alguma flexibilidade e tranquilidade ao orçamento.

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