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Investimento em imobiliário comercial deverá cair 30% em 2021

Por a 29 de Dezembro de 2021 as 11:45

retalhoO investimento em imobiliário comercial, que abrange os setores de escritórios, retalho, industrial & logística e hotelaria, deverá alcançar os 1.900 milhões de euros em 2021, o que representa uma quebra de 30% em relação a 2020, quando atingiu 2.800 milhões de euros, revela um comunicado da consultora imobiliária JLL que antecipa os resultados de 2021.

“Neste segmento, a perda de dinâmica ocorre, por um lado, devido aos atrasos na conclusão de operações de grande dimensão, no contexto das restrições que vigoraram ao longo do ano, e por outro lado, devido à escassez de produto para investimento em certos segmentos do mercado”, justifica a JLL, em comunicado.

No caso do retalho, apesar da recuperação da economia ter impulsionado o consumo, a expansão da atividade no setor de imobiliário de retalho permanece limitada pela falta de produto em algumas zonas, sublinha a consultora. Pelo contrário, o segmento de supermercados regista uma expansão “bastante dinâmica nos centros da cidade e os setores de bricolage e decoração estão também muito ativos, com previsões de crescimento”.

Nas zonas residenciais estão a emergir “novos núcleos de retalho, sobretudo num modelo de comércio de conveniência, o que reflete a maior apetência dos consumidores pela compra de proximidade devido aos novos hábitos de consumo que surgiram com a pandemia”, acrescenta a consultora.

Sendo um setor em “grande transformação”, em resposta aos novos hábitos de consumo que a pandemia fez surgir, as marcas de retalho “têm investido em estratégias multicanal, com uma grande interação entre as vendas online e a loja física, o que muda a sua necessidade de espaço, uma vez que se procura que este promova sobretudo uma experiência que não pode ser replicada online”, comenta Mariana Rosa, responsável pela área de retalho da JLL. “Tal como nos escritórios, não é linear que isso corresponda a termos lojas mais pequenas, mas é claro que teremos lojas diferentes na sua estruturação e layout, com alterações também a nível da organização dos centros comerciais”, acrescenta.

No comércio de rua, por sua vez, aumentou a procura por “áreas de bem-estar e conveniência que geraram maior procura de espaço e  observa-se uma necessidade de abertura de lojas em bairros habitacionais, em reflexo da valorização do comércio de proximidade”, nota a responsável.

Somando todos os segmentos, o setor imobiliário deverá ultrapassar este ano os 33.000 milhões de euros, dos quais 30.000 milhões resultam da compra de habitação, 1.900 milhões de euros de imobiliário comercial e estimam-se mais de 1.000 milhões de euros em operações para promoção imobiliária. Globalmente, este montante apresenta um crescimento na ordem dos 10% face aos 28,9 milhões transacionados em 2020.

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