Preços no setor da moda poderão aumentar entre 3% e 10%

O setor global da moda enfrentará, em 2022,  desafios relacionados com a disrupção da cadeia de abastecimento a nível global, sendo desfecho mais provável um aumento dos preços junto do consumidor, segundo um estudo da McKinsey.

Num inquérito lançado a empresários do setor, 87% consideram que essas perturbações terão um impacto negativo nas margens do negócio. A conjuntura inflacionista faz com que 67% dos empresários admitam uma subida dos preços ao consumidor final em 2022, crescendo em média 3%. Já 15% dos executivos consideram aumentar os preços em 10%.

A indústria da moda registou, pela primeira vez em uma década, resultados económicos negativos, segundo o McKinsey Global Fashion Index, referindo-se a 2021. Apesar de 69% das empresas da indústria terem perdido valor nesse ano, o estudo da McKinsey dá conta que o setor está em rota de recuperação. Os sinais foram dados pelo desempenho semestral das companhias globais de moda, que esperam voltar a um exercício positivo em 2022.

As previsões apontam para que as vendas globais da indústria ultrapassem os níveis de 2019 entre 3% a 8% em 2022. A recuperação do setor será impulsionada sobretudo pelos mercados da China dos Estados Unidos e, por último, da Europa.

Esta previsão é baseada no desempenho das companhias em termos geográficos, sendo de realçar que, na China, a indústria, no seu todo, voltou aos níveis de venda anteriores à pandemia. O setor do luxo, em particular, deverá crescer entre 70% e 90%.

O futuro aponta, por outro lado, para o online ser um canal cada vez mais destacado pelas marcas, uma vez que procurarão encontrar aí um público mais jovem e grupos de consumidores com mais rendimentos. As empresas, no âmbito da revolução digital, procurarão crescer em audiência e em rentabilidade dos seus produtos, através da criação de tokens não fungíveis. Neste ambiente metaverso, gamers poderão comprar e comercializar produtos de moda virtual.