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Setor imobiliário capta investimento de 534 milhões no terceiro trimestre

Por a 15 de Novembro de 2021 as 13:47

armazem_RotomO mercado imobiliário em Portugal está em fase de recuperação da trajetória de crescimento que registava no período anterior à pandemia.

De acordo com uma análise da consultora imobiliária internacional Savills, entre janeiro e setembro o mercado imobiliário captou um investimento de 1,1 mil milhões de euros. No terceiro trimestre, o investimento somou 534 milhões de euros. A consultora imobiliária estima que o mercado atinja a marca dos dois mil milhões de euros até ao final do ano.

Em linha com as previsões, o segmento de escritórios lidera o crescimento do mercado imobiliário, com uma representatividade de 36%, seguido de perto pelo setor de “hospitality” com uma quota de mercado de 20%. O setor do retalho é o que mais tem sofrido os efeitos do contexto pandémico, com uma representatividade no mercado imobiliário em Portugal de 8% no acumulado do ano.

A Savills prevê que, até ao final do ano, o retalho “recupere parte da atividade perdida durante a pandemia”. Na área da restauração, é esperado que muitos operadores “não retornem ao ativo” e que o regime de take-away, num futuro próximo, se converta na principal fonte de rendimento destes estabelecimentos, levando a uma redução da área ocupada.

No período em análise, as yields de centros comerciais passaram de 5,25% para 5,5%. É, no entanto, esperada “uma intensificação da procura por estes espaços, considerando que o ritmo acelerado da recuperação da pandemia, o regresso dos compradores e a revitalização dos volumes de negócio estão a diminuir o risco de investimento nesta categoria de produto”, sublinha a consultora, em comunicado.

Já no segmento de indústria e logística, observou-se, entre julho e setembro, “uma compressão das yields, fruto de níveis sem precedentes de ocupação, alimentados pelo crescimento do comércio online”. Quanto a este setor, “prevê-se que o crescimento dos volumes de investimento continue a ser pressionado pela escassez da oferta”, acrescenta.

O investimento estrangeiro representou mais de 80% do total de transações fechadas nos primeiros nove meses do ano. No entanto, o investimento doméstico tem vindo a aumentar, impulsionado por fundos de gestão de investimentos e investidores privados interessados em adquirir produtos dos segmentos de escritórios e retalho, com especial interesse em zonas de grande tráfego pedonal.

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