O que os líderes podem aprender com o retalho
Por Mara Martinho, Consultora Sénior Michael Page Retail O retalho é uma verdadeira escola per si, seja para os líderes ou para os que não o são. Quem tem a […]

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Por Mara Martinho, Consultora Sénior Michael Page Retail
O retalho é uma verdadeira escola per si, seja para os líderes ou para os que não o são. Quem tem a oportunidade de por lá passar, sente a diferença quando experiência outro dos setores. Falamos de ritmo, de rápida adaptação à mudança, de tomada de decisão nos momentos mais difíceis, de gestão de equipa e de muita resiliência.
Mas, centrando-nos em liderança, trata-se de um dos setores onde o desafio acarreta clientes e horários por turnos nos patamares de gestão intermédia e muita concorrência e uma grande capacidade de gestão antecipada nos patamares de gestão de topo. As pessoas têm e continuarão a ter o papel principal, por mais evoluída que seja a tecnologia. Ter uma porta aberta continua a significar compromisso e proximidade e responder de forma personificada ao cliente digital, um passo certeiro no caminho da omnicanalidade.
Manter-se apelativo
Continuar a despoletar o interesse e não estagnar. Verbo reinventar. Isto aplica-se não só ao negócio, como à monotorização da concorrência e, principalmente, à gestão de equipas. “Saber com o que contar” é bom, mas pensar em alguém que é diariamente estimulado e cuja inovação é a base da relação é mais do que caminho percorrido para uma motivação e um gosto por fazer e por integrar praticamente inatos.
Potenciar e adaptar-se
Rentabilidade e adaptação são dos chavões mais conhecidos da gíria do retalho. Saber ler o mercado e ao mesmo tempo saber ler os números que dele advêm é saber criar soluções que antecipem as necessidades do cliente e, ao mesmo tempo, preparar as equipas para dar uma resposta ágil e de qualidade.
Considerar todas as opções
No retalho todos acabam por deter um ponto de vista diferente sobre uma mesma situação. Assim, quantos mais contributos forem ouvidos e mais formas de fazer diferente forem adotadas, mais facilmente se irá conseguir chegar a todas as pessoas. Todos contam! E, por vezes, as melhores ideias advêm das pessoas que mais contacto têm com as necessidades reais dos clientes (de quem potencia o retorno).
Humanizar a tecnologia
Por mais avançada que seja a tecnologia e mais rápido e cómodo se torne o processo de interação com o cliente, não lhe conferir um lado humano irá tornar a relação superficial e facilmente quebrável no momento em que surge algo mais tecnológico, rápido e cómodo num concorrente. O lado humano, quando bem trabalhado, fideliza a relação e é o caminho mais rápido para uma retenção duradoura.
Além disso, saber ouvir, criar soluções não parametrizadas, priorizar, antecipar são características-chave de qualquer gestor do retalho que podem facilmente ser transponíveis para outros sectores.
O retalho é, sem dúvida alguma, dos setores mais exigentes e o que precisa de ser pensado de forma mais estratégica. Saber gerir no retalho é saber ser uma mais-valia para qualquer outro sector. É um pensar fora da caixa constante e um saber que nenhum dia vai ser igual ao anterior. É ter pessoas e saber que elas são a base de qualquer transação.
*Artigo originalmente publicado na edição 394 do Hipersuper