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Ritmo de recuperação da economia volta a acelerar em agosto

Por a 17 de Setembro de 2021 as 12:58

JLL_Lisboa_Rossio-300x200A atividade económica melhorou em agosto, depois de um abrandamento das taxas de crescimento homólogas registadas em julho comparativamente com os meses anteriores, revela a Síntese Económica de Conjuntura, divulgada, esta sexta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O INE salvaguarda, contudo, que as comparações homólogas continuam a ser influenciadas por “efeitos de base em função da evolução do contexto pandémico”.

“Em agosto, o indicador de clima económico aumentou, depois de ter interrompido no mês anterior o perfil ascendente observado entre março e junho”, sintetiza o gabinete de estatística.

Traçando um quadro geral dos indicadores que medem a evolução da atividade económica, o INE adianta que os indicadores de curto prazo ainda não alcançaram os níveis de julho de 2019, sobretudo na atividade turística. No entanto as exportações de bens, em termos nominais, terão se aproximado dos valores de julho de terão ficado próximas do valor então observado.

O INE sublinha, por outro lado, que, apesar de a recuperação económica continuar em agosto, as evoluções dos indicadores refletem aumentos dos preços observados em 2021, sobretudo em bens energéticos e outras matérias-primas.

O Índice de Preços nos Consumidor registou, em agosto um crescimento homólogo de 1,5%, valor idêntico ao apresentado no mês anterior.

A atividade económica, o consumo privado e o investimento aumentaram em agosto, após um abrandamento dos indicadores de síntese em junho.

Quanto ao consumo privado, o indicador registou em julho um crescimento menos pronunciado do que em junho. O que reflete “um efeito de base menos pronunciado que no mês precedente”. Houve, em julho, o contributo positivo do consumo corrente, que foi, ainda assim, menos intenso que em junho. Já a componente do consumo duradouro diminuiu, depois de um crescimento em junho.

Embora não haja ainda todos os dados disponíveis relativamente ao mês de agosto, as operações de multibanco dão uma ideia de um aumento do consumo e do acesso a serviços. “O montante global de levantamentos nacionais, de pagamentos de serviços e de compras em terminais TPA apresentou um crescimento homólogo de 11,9% (11,6% no mês anterior)”m refere o INE.  “Comparando com agosto de 2019, verificou-se um crescimento de 2,8%”, acrescenta o documento.

Por outro lado, o indicador de confiança dos consumidores registou em agosto uma recuperação, depois da diminuição verificada em julho, “após os aumentos verificados nos quatro meses anteriores, de forma ténue em junho”.

A Formação Bruta de Capital Fixo – embora tenha abrandado em maio e julho, de forma mais ténue no último mês, registou nos dois meses antes de maio os maiores crescimentos homólogos da séria iniciada em 1996.

“Importa referir que estes crescimentos históricos são muito influenciados por um de efeito base, uma vez que em março, e sobretudo em abril de 2020, se registou uma queda abrupta deste indicador nas componentes de material de transporte e de máquinas e equipamentos”, alerta o INE.

A evolução em julho resulta da diminuição do contributo positivo da componente de máquinas equipamentos. Os contributos positivos das componentes de material de transporte e construção foram mais pronunciados.

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