Portugueses gastam 6.483 milhões de euros em bens de grande consumo entre janeiro e agosto
Os portugueses gastaram 6.483 milhões de euros em super e hipermercados entre janeiro e meados de agosto, um crescimento de 2,4% face ao período homólogo de 2020, correspondendo a mais 153 milhões de euros em compras, avança o Diário de Notícias, citando dados dos Scantrends da NielsenIQ,
Em destaque estiveram os artigos de mercearia e de bebidas alcoólicas e não alcoólicas. As vendas de produtos de mercearia cresceram, em média, 3% em comparação com a subida de 10% observada em igual período do ano anterior. Este crescimento mais baixo fica a dever-se às grandes quantidades de produtos adquiridas pelos portugueses no primeiro período da pandemia, cujos primeiros casos foram diagnosticados em março de 2020.
Observando a repartição do bolo, mais de 2,5 milhões de euros foram gastos em artigos de mercearia (39,2%), seguindo-se a compra de os laticínios, avaliada em 1.095 milhões de euros, menos 1% em comparação com o mesmo período de 2020. Em congelados foram gastos 512 milhões de euros.
Analisando os períodos quadrissemanais, ocorrem descidas de consumo na quadrisemana 8 a 12, em março, de 5,1%, e na quadrissemana 16 a 20, registando-se uma descida homóloga de 4,2%.
Por outro lado, na categoria de bebidas as marcas de fabricante registaram um crescimento homólogo de 8,7% entre janeiro e meados de agosto. Na categoria de alimentação, as marcas brancas e de primeiro preço têm uma quota de 43,5%, enquanto os artigos de marca própria e de primeiro preço pesam 31,2% na categoria.
Ainda analisando a categoria de bebidas, esta é a terceira na qual os portugueses despenderam mais dinheiro, com um valor de 726 milhões de euros, que correspondem a 11,2% ao total do valor global dos bens de grande consumo. Mas as bebidas alcoólicas correspondem aos artigos que representam menos valor nas compras, com um peso de 6,6%, que corresponde a 427 milhões de euros.
A compra em produtos de higiene pessoal cresceu 1%, tendo os de higiene para o lar sofrido uma quebra de 2%. No ano passado, fruto da preocupação com a higiene do lar por causa da pandemia, estes artigos registaram uma subida de dois dígitos. Nas duas categorias, os portugueses gastaram até meados de agosto 1.118 milhões de euros.