Fileira da carne de porco fecha semestre com volume de negócios recorde de 911 milhões

A fileira da carne de porco (produção e indústria) terminou o primeiro semestre deste ano com um volume de negócios de 911 milhões de euros, um valor recorde, segundo dados da Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores (FPAS), divulgados esta quinta-feira. Nos primeiros seis meses do ano, as exportações nacionais suinícolas também alcançaram valores recorde, com um crescimento estimado de 10,8%. “Embora as cotações agrícolas do SIMA apenas tenham a indicação do valor das exportações desde 2015, é possível concluir, por extrapolação com os volumes exportados, que o primeiro semestre de 2021 foi a altura em que mais se exportou porco, carne e seus derivados”, afirma a FPAS, em comunicado de imprensa.

“Este crescimento da suinicultura portuguesa permitiu que, na primeira metade do ano, se atingisse, pela primeira vez, um saldo da balança comercial portuguesa inferior a 100 milhões de euros negativos, continuando a tendência ininterrupta de melhoria do SBC iniciada em 2019, com as importações semestrais em linha com as registadas nos anos anteriores”, sublinha a federação.

Em termos relativos, Portugal foi o 12º país que mais exportou carne de porco para países terceiros no contexto da União Europeia, entre janeiro e junho.  “Considerando os principais países terceiros com os quais Portugal se relaciona no comércio de carne de porco, durante o período em análise, pela primeira vez, a China subiu ao primeiro lugar da tabela, com um aumento de 169,7% do volume de negócios gerado pela carne com origem em Portugal e destino à China”, acrescenta.

Com esta subida, Angola passou para segundo lugar, com uma quebra de 40% do valor das exportações face ao primeiro semestre do ano passado. Cabo Verde, Japão e Suíça, mantiveram as posições do ano passado, e constituem os restantes países do Top 5.