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As marcas de vinho em lata produzidas em Portugal

Por a 17 de Agosto de 2021 as 12:50

lata bebidaO mercado do vinho em lata em Portugal começou a despontar em 2020, mas foi já este ano que alguns dos maiores produtores nacionais, mas também empresas menos mediáticas, deram a conhecer as suas propostas para a nova categoria de bebidas. Entre vinho tinto, branco e rosé, espumante, sangria e Portonic, conheça o portefólio produzido em Portugal para concorrer num mercado globalmente avaliado em cerca de 200 milhões de euros


Can UCAN-U – Adax

A Adax Trading entrou no mercado de vinho em lata ainda no ano passado, com o lançamento da marca de vinhos tranquilos CAN – U, dirigida inicialmente em exclusivo aos mercados internacionais. “No início, quando começámos a palmilhar este território, ainda em meados de 2020, a primeira reação a beber um vinho que viesse numa lata foi visto como uma afronta à cultura do vinho. Depois, ao explicarmos que a lata não surge com o intuito de substituir a garrafa, as pessoas foram mudando o paradigma”, lembra João Henriques, manager da empresa especializada em comércio internacional, em entrevista ao Hipersuper.

Depois de um vinho tranquilo branco e tinto, ambos portugueses, a empresa lançou uma sangria tinta no formato de lata. Composto por um blend das castas Aragonês e Syrah, o vinho tinto tem uma graduação de 13,5%. O branco, por sua vez, resulta da junção das castas Fernão Pires e Trincadeira das Pratas e tem um teor alcoólico de 12,5%. Já a sangria tem por base vinho tinto com aromas naturais de limão e laranja e apresenta um teor de álcool de 7,5%.

A marca CAN – U foi inicialmente pensada para os mercados internacionais, onde o consumo deste formato está mais desenvolvido, como os EUA e o Reino Unido, mas cedo a Adax percebeu que o produto tinha potencial para vingar no mercado nacional. “O desenvolvimento deste produto foi especificamente para o mercado estrangeiro, daí o nome da marca – CAN-U. Posteriormente, decidimos introduzir o produto no mercado português, no sentido de fazer face a uma falha que considerámos haver no mercado, pois quando vamos a uma esplanada, por exemplo, muitas vezes há poucas alternativas e temos de beber o que há, e há pessoas que não apreciam e acaba por faltar algo”, declara o responsável.

Os canais privilegiados para a distribuição da marca são os marketplaces digitais, as grandes superfícies e os distribuidores de bebida.

“No mercado de exportação a recetividade foi além do projetado com os números a ultrapassarem as expectativas, fruto dos mercados para onde exportamos terem já assimilado o novo paradigma de consumo e também serem economias mais fortes do que a nossa. Quanto ao mercado nacional, está a ser um pouco mais lento pela razão inversa e também pela lenta abertura ao consumo que toda a economia está a ter, fruto da situação pandémica pela qual estamos a passar”, resume João Henriques.

80S_Lata_APDBarca-1-1536x153680’S Rosé e Branco – Adega Cooperativa Ponte da Barca

Com a procura de vinhos portugueses a crescer nos mercados internacionais, como os EUA, a Rússia e o Brasil – a Adega Cooperativa Ponte da Barca e Arcos de Valdevez foi desafiada por parceiros internacionais daqueles três países para desenvolver uma marca de vinho em lata. Assim nasceu a marca 80’S. “A adega, que iniciou este projeto em outubro de 2019, entra na corrida do vinho em lata com duas grandes novidades face ao que está a surgir no mercado. Aposta num vinho certificado com Indicação Geográfica Minho, em duas versões, branco e rosé”, recorda Bruno Almeida, diretor de marketing e I&D da Adega, em declarações ao Hipersuper.

O 80’S Rosé é elaborado a partir de uvas tintas típicas da Região dos Vinhos Verdes – Vinhão, Borraçal e Espadeiro −, “cuidadosamente vinificadas para extrair os aromas naturais das uvas” e apresenta cor rosada clara, de acordo com a tendência mundial dos rosés. “Tem um aroma expressivo a frutos vermelhos e na boca é guloso e muito refrescante”, descreve.

Já o 80’S Branco é produzido com base em algumas das castas brancas da Região dos Vinhos Verdes, como Loureiro, Trajadura e Arinto, e preserva os aromas típicos destas uvas: limão e maçã verde. “A cor é citrina e atraente, na boca é muito refrescante e tem um final de ligeira doçura”, descreve Bruno Almeida.

“São vinhos leves, devido ao baixo teor de álcool (9,5%), por isso, adaptados a uma dieta menos calórica. São descomprometidos e ideais para consumir em momentos de convívio e prazer, com ou sem comida, em picnics, na praia, num estilo de vida saudável ao ar livre. À mesa acompanham aperitivos, refeições leves e, por que não, um gelado de morango ou outras frutas de verão”, sugere Bruno Almeida.

O lançamento da 80’S foi feito em Portugal, com uma ativação num club de surf em Viana do Castelo, mas a marca já garantiu distribuição nacional, desde o Algarve até Caminha, concretamente nas cadeias de distribuição alimentar de origem francesa Auchan e E. Leclerc. “Neste momento, estamos em negociação com diversos mercados, nomeadamente Rússia, Ucrânia e EUA, tendo já sido expedido produto para o Reino Unido e o Brasil”.

O potencial de crescimento deste formato é enorme, considera o responsável, que estabeleceu como objetivo no próximo ano entrar em quatro novos mercados e duplicar as vendas. “Os vinhos leves, frescos e aromáticos da Região dos Vinhos Verdes são os produtos ideais para ir ao encontro do que o mercado mundial procura nesta nova bebida”.

Pinta Negra Adega mãePinta Negra Branco e Rosé – Adega Mãe

A Adega Mãe lançou as referências Pinta Negra Branco e Rosé, em lata, em junho deste ano e, segundo Bernardo Alves, CEO da adega do Grupo Riberalves, o feedback que está a chegar do mercado reforça a convicção do potencial de crescimento deste formato. “Os vinhos foram colocados no mercado no início do verão, precisamente por serem propostas de grande frescura. São vinhos muito versáteis que podem ser companhia em qualquer momento e, acima de tudo, permitem uma experiência muito interessante em torno do que é um vinho marcadamente atlântico, fresco, mineral, típico do nosso terroir. No fundo, as latas são igualmente uma porta de entrada na gama e na identidade AdegaMãe. A aceitação no mercado – seja na Distribuição ou Horeca – está a ser muito interessante”.

Apesar de o lançamento ter sido feito em Portugal, as bebidas estão disponíveis em todos os mercados internacionais onde a adega de Torres Vedras distribui as suas marcas. “O lançamento ocorreu em Portugal, mas estes vinhos estão disponíveis em praticamente todos os mercados onde estamos presentes. A estratégia inicial esteve mais focada em Portugal, onde colocámos já algum esforço de comunicação, complementando as ações desenvolvidas pelas nossas equipas comerciais”, conta o CEO.

Por ser um “produto muito transversal”, o Pinta Negra em lata está à venda no canal de distribuição moderna, em restaurantes e em bares. “É um produto de entrada de gama, que propõe um vinho de consumo fácil, refrescante e descomplexado. O preço (1,19 euros) reflete isso mesmo”, considera Bernardo Alves.

Fora de portas, os mercados mais apetecíveis para lançar o novo produto são EUA, Rússia e Brasil, mas o CEO também encontra potencial para este formato no continente africano.

casal garciaCasal Garcia – Aveleda

A Aveleda lançou este ano o Casal Garcia em lata em exclusivo em alguns mercados internacionais. “Lançámos apenas em alguns mercados específicos na exportação, aqueles onde constatamos haver mais apetência por vinho em lata”, conta Martim Guedes, ao Hipersuper. O co-CEO da Aveleda acrescenta que a empresa levou a cabo uma pesquisa de mercado e concluiu não ser esta a altura “ideal para [fazer] o lançamento em Portugal”.

Com presença em mais de 80 países, a marca Casal Garcia tem vindo a ganhar relevância e quota nos principais mercados de exportação, como EUA, Alemanha e Brasil, precisamente os países onde aposta num maior esforço de divulgação, em parceria com produtores locais.

“Estamos a chegar a um patamar onde a notoriedade da marca já permite uma distribuição nos principais pontos de venda de retalho, hiper e supermercados. Já a distribuição no canal Horeca nos mercados externos é um desafio maior que pretendemos alcançar, mas num prazo mais longo”, adianta Martim Guedes.

Cockburn's Port & Tonic (2)Cockburn´s Portotonic – Symington Family Estates

A Cockburn´s lançou o Portonic em lata para dar resposta a um contexto de mudança de hábitos de consumo e de crescimento de formatos alternativos no setor do vinho. O lançamento do produto resulta de vários meses de colaboração entre vários departamentos da empresa, desde a enologia até à produção, e de aprendizagens e adaptação às circunstâncias.

“A bebida em si é uma mistura refrescante de Porto Cockburn’s Fine White, água tónica, limão suculento e menta fresca. Perfeito quando combinado com salgados, tais como nozes, batatas fritas ou charcutaria. Também combina muito bem com o aroma sedutor do churrasco. A bebida tem um teor de álcool de 5.5%”, define Andrew May, brand manager da Cockburn´s, em declarações ao Hipersuper.

O lançamento da bebida está atualmente em curso em vários mercados-chave para a marca, revela o responsável, acrescentando que, por isso, ainda é cedo para fazer uma avaliação sobre a resposta do mercado nacional ao novo formato. Apesar da cautela, o responsável revela-se otimista. “As vendas de Porto Branco da Cockburn’s duplicaram em Portugal, entre 2015 e 2020, muito acima dos valores globais registados no mercado, já que esta categoria obteve um crescimento na ordem dos dez por cento, entre 2015 e 2019, tendo abrandado em 2020 devido à pandemia. Ao mesmo tempo, as bebidas prontas a consumir ganharam popularidade”.

A marca privilegia o canal de retalho de conveniência para fazer a distribuição do vinho em lata.

FaisãoFaisão Fusion – Enoport Wines

A bebida aromatizada à base de vinho, Faisão Fusion, no formato de lata, está disponível no mercado nacional em cinco referências: Fruity, Red Berries, Black Berries, Cola e Ginger Ale. Paula Faria, diretora geral executiva da Enoport Wines, indica ao Hipersuper que o lançamento está a correr em linha com as expectativas. “Lançámos em Portugal e pensamos expandir em breve para o estrangeiro”, revela a responsável. Com distribuição nos canais de retalho e cash&carry, a nova embalagem concebida para chamar a atenção de jovens consumidores. Por ser uma bebida que incorpora gaseificação, a Faisão Fusion deve ser bebida fresca, aconselha a responsável.

Gatao_LataGatão – José Maria Vieira (Vinhos Borges)

“O lançamento de Gatão Lata em Portugal foi uma agradável surpresa e superou as nossas expectativas. Sabemos que o mercado nacional é ainda muito conservador e convencional, mas as vendas mostram uma recetividade muito acima do esperado”, revela Ana Montenegro, marketing department, public relations and communication manager na JMV (José Maria Vieira).

A marca começou a chegar aos lineares da moderna distribuição e ao canal Horeca em março deste ano. “O Gatão Lata surgiu a partir de um pedido expresso de um cliente no mercado internacional, que nos despertou para a realidade de uma categoria que é já muito popular e uma forte tendência em alguns mercados externos, com crescimentos de dois dígitos ao ano e com uma previsão de consumo anual em todo o mundo na ordem dos 400 milhões de latas de vinho”, partilha a responsável.  “Após estudos internos e externos, percebemos que tínhamos dentro de portas o vinho certo para acompanhar esta tendência e lançar assim o primeiro vinho branco em lata em Portugal, num conceito inovador e trendy”.

A empresa apostou no Gatão branco, um vinho jovem, fresco e com um baixo grau alcoólico. O lançamento do novo formato está a ser apoiado por uma campanha de comunicação, com uma forte aposta no marketing digital e nos suportes rádio e TV. “São o nosso próprio veículo para chegarmos ao target certo no momento certo, comunicando o novo formato de forma diferenciada, com base na imagem e na singularidade da marca, numa linguagem direta e descomplicada, repleta de cor e contemporaneidade, pensando no dia de hoje, mas projetando sempre o dia de amanhã”, afirma Ana Montenegro.

Depois de Portugal, o plano passa por chegar aos países onde a marca Gatão já é distribuída: Espanha, Andorra, Holanda, EUA, Canadá, Reino Unido, Eslováquia, Chipre, alguns países africanos e, em breve, o Brasil.

Anjos de Portugal - Quinta da LixaTerras do Minho e Anjos de Portugal – Quinta da Lixa

A Quinta da Lixa distribui duas marcas de Vinho Regional do Minho no formato lata: Terras do Minho para o mercado interno e Anjos de Portugal para os palcos internacionais. “Este projeto arrancou com a necessidade de satisfazer um desafio proposto por um cliente nos EUA. Iniciamos o lançamento da marca Anjos de Portugal em mercados de exportação mais maduros. Acreditamos que, no nosso País, ainda vai levar algum tempo para consolidar este tipo de embalagem”, diz Óscar Meireles. Em entrevista ao Hipersuper, o sócio-gerente da Quinta da Lixa adianta que a opção de enlatar um produto com designação geográfica Vinho Regional do Minho permite à empresa adotar um posicionamento em preço superior à média dos seus concorrentes.

EUA, Canadá e os países nórdicos são, para o responsável da empresa minhota, os mercados mais apetecíveis para a exportação da bebida. E explica porquê. “Tem aumentado a pressão para utilização de materiais diferentes do vidro para embalamento na indústria do vinho. O cuidado com a ecologia e sustentabilidade nos hábitos diários, juntamente com menores preconceitos no consumo de vinho, criou esta necessidade”, sustenta.

Offley ClinkGazela e Offley Clink Portonic – Sogrape

A Sogrape distribui duas marcas com produtos no formato de lata – Gazela e Offley Clink, com Porto tónico. Em maio deste ano, chegou ao mercado o vinho Gazela em lata, disponível em formato slim de 250 ml. Entretanto, o interesse no formato lata evoluiu para o Vinho do Porto, “uma categoria histórica e que cada vez mais procura aproximar-se de públicos mais jovens, na qual lançámos um ready-to-drink, do famoso cocktail Porto tónico, em lata”, resume João Gomes da Silva, chief marketing&sales officer da Sogrape. O Offley Clink Portonic é uma bebida pronta a beber, que mistura o Offley Porto Clink Branco com água tónica, respondendo à “procura crescente por novos mixers”. Uma nova referência – Clink Portonic Rosé – está, entretanto, a chegar ao mercado. João Gomes da Silva revela ainda que a marca de Vinho do Porto Sandeman está também a preparar o lançamento “para breve” de uma referência de Portonic.

O Gazela Lata está disponível em Portugal, nos EUA e na Noruega, mas a Sogrape tem planos para lançar o formato em novos mercados de exportação. “O plano de expansão passa por colocar Gazela Lata em todos os países onde a marca está presente e ter sempre presente o formato de lata para futuras inovações”, dá conta o responsável. Já o Offley Clink Portonic foi lançado inicialmente em mercados nos quais a marca tem uma forte expressão, como Portugal, Benelux e EUA, estando em avaliação o lançamento no Reino Unido, onde este formato tem vindo a crescer. “Os mercados mais apetecíveis são, naturalmente, onde o formato está mais desenvolvido, como EUA, Reino Unido, Canadá, Austrália e Brasil, mas em todos os mercados, incluindo Portugal, há oportunidades e potencial de crescimento”, acredita João Gomes da Silva.

Taylor'sTaylor’s Chip Dry&Tonic e Croft Pink&Tonic – The Fladgate Partnership

A trabalhar exclusivamente na produção e comercialização de Vinho do Porto, a The Fladgate Partnership, dona das marcas Taylor’s e Croft, iniciou em 2019 conversações com o IVDP (Instituto do Vinho do Douro e do Porto) para a criação da categoria Portotonic. “Há três anos, abordámos o IVDP para iniciar o projeto com vista à comercialização do vinho do Porto com água tónica em lata, projeto que viu a sua autorização no final de abril de 2021. O IVDP criou – agora – a categoria Portonic, que permite a sua comercialização. De imediato, iniciámos a comercialização e agora, com dois meses de experiência, podemos dizer que tem sido muito positiva”, adianta Ana Margarida Morgado, relações-públicas da empresa centenária, em declarações ao Hipersuper. “O crescimento de encomendas tem sido surpreendente e ainda somos a única empresa com produto disponível no mercado nacional e em vários mercados de exportação.  Há uma grande recetividade: uma semana após lançarmos, já tínhamos encomendas de 300 mil latas e estamos presentes em nove mercados”, acrescenta.

Com o objetivo de alcançar um milhão de latas vendidas no primeiro ano de comercialização, a empresa lançou as referências Taylor’s Chip Dry & Tonic e o Croft Pink & Tonic, ambas produzidas internamente a partir de um blend de vinho do Porto e água tónica. As bebidas constituem um “aperitivo refrescante com a proporção perfeita de um Porto Tónico. Ao fazer a nossa própria água tónica, seca e especial, acrescentando alguns ingredientes naturais, fizemos o exemplo perfeito do Porto Tónico”, acredita a responsável.

Pela qualidade do Vinho do Porto, da água tónica produzida internamente, mas também pelo design da lata, a bebida posiciona-se no segmento premium.

Entre os mercados prioritários para trabalhar o novo formato, encontram-se Portugal, Reino Unido, Estados Unidos, Brasil, os mercados da União Europeia e o asiático. “Posteriormente, a nossa intenção é alargar a aposta ao maior número possível dos 103 mercados onde estamos presentes”, anuncia Ana Margarida Morgado.

Flutt Lata BrancoEspumante Fluut – Wine Republic

O espumante Fluut, da Wine Republic, não tem concorrência no mercado nacional em formato de lata. A marca lançou primeiro um espumante branco e, entretanto, apresentou ao mercado mais duas referências: espumante rosé e sangria de espumante. O espumante branco é bruto e resulta da junção das castas Maria Gomes e Bical. O rosé é igualmente bruto e 100% proveniente da casta Baga. Já a sangria de espumante é composta por espumante rosé e frutos vermelhos. “A recetividade do espumante branco, rosé e sangria de espumante tem sido positiva, pela qualidade do produto, uma vez que estamos a falar de espumantes com castas típicas da zona nobre do espumante, a Bairrada”, declara Cátia Ovídio, marketing manager da Wine Republic, ao Hipersuper. A distribuição do espumante em lata Flutt está atualmente a privilegiar o canal Horeca mas a empresa não descarta a hipótese de alargar a distribuição aos super e hipermercados.

 

*Artigo originalmente publicada na edição 393 do jornal Hipersuper

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