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Espaço Casa prossegue expansão na Península

Por a 16 de Agosto de 2021 as 15:18
Andreia Grave, diretora de marketing e comunicação

Andreia Grave, diretora de marketing e comunicação

A Espaço Casa já abriu este ano duas lojas em Portugal e outras tantas em Espanha. Até ao final do ano, a insígnia de decoração para o lar prevê inaugurar mais três, alcançando um parque de 58 lojas no nosso País. Em média, o investimento por abertura ronda os 750 mil euros, declara Andreia Grave, diretora de marketing e comunicação da insígnia, em entrevista ao Hipersuper

 

Que balanço faz da operação global da marca – online e offline – nos primeiros seis meses deste ano. Como evoluíram os principais indicadores do negócio?

Há semelhança de 2020, este ano continua a ser um ano de grandes mudanças. Depois da quebra da faturação no ano passado, reflexo do fecho temporário das lojas físicas, estimamos que 2021 seja um ano, no geral, de crescimento face a 2020. Temos a expectativa de continuar a aumentar as vendas da loja online e conseguir superar a faturação em lojas físicas.

Apesar de tudo, abriu-se um período de grande oportunidade para a nossa empresa, no sentido de desenvolver o valor da marca e a capacidade de obter a preferência e a fidelidade, não só dos clientes, mas também dos colaboradores.

De que forma o contexto pandémico está a influenciar o desempenho e a operação da empresa no mercado português?

A Espaço Casa não foi exceção e também sofreu com a pandemia. Com o encerramento das lojas no primeiro confinamento tivemos que reajustar muito rapidamente o nosso negócio porque, em 14 anos de Espaço Casa, apenas existia uma estratégia centrada nas lojas físicas. A loja online era um projeto que estava em cima da mesa, mas efetivamente nunca tinha passado do papel. Contudo, de um dia para o outro e em pleno layoff, vimo-nos obrigados a passar do papel para a operação. Reunimos um grupo reduzido de pessoas e, em 10 dias, lançamos a nossa loja online. Claro que os constrangimentos foram muitos ao início e a quebra na faturação das lojas físicas foi uma realidade. Felizmente, este ano o cenário já foi diferente e, apesar de as lojas terem voltado a encerrar, a nossa loja online já estava mais sólida. Em 2020, lançamos a loja online com apenas 300 referências de artigos e agora temos cerca de 5.000 referências. Além disso, também passamos a enviar para as Ilhas e para Espanha, e lançámos o serviço click & collect em 10 lojas a nível nacional, o que se traduziu num aumento de faturação.

Quais os planos para fazer crescer o negócio online?

No ano de 2021, revimos a nossa estratégia digital e reforçamos a equipa da comunicação digital e e-commerce.  Estamos ainda a preparar uma loja online nova a lançar a curto prazo. Com a loja online conseguimos ir buscar uma nova tipologia de cliente, nomeadamente clientes mais jovens. Se antes desta aposta os clientes que procuravam as lojas começavam nos 32 anos, agora conseguimos baixar a idade de entrada para os 24 anos.  A comodidade de fazer compras online virou tendência e tudo aponta para que assim continue, mesmo com a abertura das lojas físicas. Contudo, as vendas disparam com o confinamento e desaceleram com o desconfinamento, o que é normal.

Quais as principais tendências do mercado de decoração para o lar em Portugal?

A pandemia também teve o seu peso a ditar as tendências em decoração. De um momento para o outro vimo-nos obrigados a ficar muito tempo fechados em casa, o que nos fez começar a olhar para ela com outros olhos.

Com a pandemia, a casa transformou-se no centro de tudo. Mesmo as pessoas que consideravam a casa como uma área funcional para viver, sentiram uma explosão de necessidades. A procura foi muito significativa neste período.  Fomos conseguindo perceber, em cada momento, as tendências daquilo que as pessoas estavam a procurar e focámo-nos a servir os nossos clientes indo de encontro às suas necessidades. As áreas que notámos mais procura foram a de organização, arrumação e cozinha.

Estando em casa, surgiu ainda uma necessidade de se adaptar ou criar um escritório funcional e confortável, e de confecionar mais refeições. A crescer está também a procura de artigos para espaços exteriores, de modo a levar a natureza para dentro de casa.

Ao nível das tendências em decoração, os tons escuros deram lugar aos tons claros e aos detalhes em madeira, que nos remete imediatamente para a decoração de estilo nórdico. Este estilo caracteriza-se por uma maior preocupação com o conforto e com a natureza, sendo aqui que entram as plantas. As plantas, sejam verdadeiras ou artificiais, começaram a invadir as casas, dando aquela sensação de natureza dentro de casa, muito para compensar a ausência de saídas provocadas pela pandemia. A funcionalidade é a palavra de ordem, pois muitas casas tiveram de se adaptar ao teletrabalho. O mesmo espaço passou então a servir para conviver, descansar e trabalhar.

Tendo em conta dos principais indicadores económicos e sociais do País, como espera que o negócio evolua até ao final do ano?

Neste ano de 2021, e provavelmente em mais alguns dos seguintes, as palavras de ordem serão resiliência e adaptação, contudo, acreditamos que, não existindo mais nenhum confinamento, conseguimos estar em linha com o ano de 2020.

A Espaço Casa tem vindo a manter um ritmo dinâmico de abertura de novas lojas. Qual o plano de expansão desenhado até ao final do ano?

Desde o início do ano, já adotámos o novo concept store em seis lojas existentes em Portugal. As mais recentes remodelações foram facilitadas pelo confinamento iniciado em janeiro, visto que aproveitamos o encerramento das lojas para iniciar as obras.  Ao nível de abertura de novas lojas, este ano já abrimos duas lojas novas em Portugal e duas em Espanha. Até ao final do ano prevemos abrir em Portugal até três lojas novas e remodelar até cinco lojas. Queremos partilhar com os nossos clientes um novo conceito de loja, uma nova conceção de espaço, uma experiência de compra melhor e diferente.

Este ritmo de aberturas é para continuar nos próximos anos?  

Ao nível estratégico, pretendemos dar continuidade ao plano de remodelações de lojas, para que exista o novo conceito de loja implementado em todas as lojas da marca, criando assim uma uniformidade. Está ainda nos nossos objetivos continuar a estar atentos a novas ofertas e oportunidades de aberturas de novos espaços comerciais nos países onde temos presença.

Quais as regiões do País que identificaram como tendo mais oportunidades para expandir a atividade? Do ponto de vista geográfico, quais os planos para expandir a insígnia?

Estamos a analisar a entrada de novas lojas em locais onde a nossa marca não esteja representada e onde possa ser uma boa aposta ao nível da procura de artigos que comercializamos.

Qual o investimento médio feito por loja?

O investimento varia bastante de loja para loja, mas em média perto dos 750 mil euros.

Qual o número de lojas que visam atingir no mercado nacional a prazo. Qual é a meta?

Temos como objetivo 65 lojas.

Em que consiste o novo conceito de loja que desenharam?

Desde dezembro de 2018 que as lojas Espaço Casa têm levado a cabo um processo de modernização dos seus espaços em Portugal e Espanha, para um conceito mais moderno e apelativo. As remodelações das lojas têm como objetivo melhorar a experiência do cliente, acompanhando as últimas tendências do retalho mundial. As lojas estão mais apelativas visualmente, mais luminosas e têm agora elementos diferenciadores quer na sua exposição em loja como na sua comunicação instore com ecrãs onde são veiculadas informações sobre os produtos e campanhas em vigor.

Que propósitos servem o novo layout?

O principal desafio foi garantir a exposição diferenciada de artigos, tanto em formato linear como em gôndolas e mesas de destaque, permitindo planificar a loja de maneira coerente e por ordem de relevância, na ótica de venda do produto. Prosseguimos a organização cromática inerente à marca e desenhámos todo o mobiliário decorativo que compõe o espaço de venda, sempre aliado a elementos de visual merchandising. Apostámos também na diversidade da gama, numa crescente exploração de novas tendências permitindo um lugar de destaque à decoração, e a tudo o que nos envolve nas nossas casas.

Quantas lojas em Portugal já adotaram o novo layout?

Já remodelámos uma boa parte das nossas lojas e continuaremos com a remodelação das demais, com o compromisso de proporcionar uma experiência de compra cada vez melhor e mais inspiradora aos nossos clientes. Neste momento já remodelamos 18 lojas em Portugal com o novo conceito: Sobreda, Canidelo, Ubbo, Casal do Marco, Torres Vedras, Setúbal, Évora, Moscavide, Aveiro, Sintra, Loures, Coimbra Taveiro, Viseu, Alverca, Guarda, Paços de Ferreira, Funchal Santa Rita e Coimbra Eiras.

Como está a correr a aposta em Espanha? Quantas lojas já tem?

A nossa presença no mercado espanhol está a ser positiva. Neste momento temos 27 lojas em Espanha. Em março de 2021 abrimos duas novas lojas – em Sevilha e Cadiz -, e estamos a trabalhar no plano de remodelação para novo conceito a ser implementado a curto prazo.


*Entrevista originalmente publicada na edição 394 do Hipersuper

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