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Zolve prepara plataforma em Lisboa e quer faturar 27 milhões em 2021

Por a 13 de Agosto de 2021 as 12:28

Plataforma logística de Riachos

A Zolve já tem uma história de 20 anos, mas foi batizada com este nome no início do ano passado quando a multinacional de origem belga Greenyard vendeu a totalidade do capital da subsidiária portuguesa. Através de um processo de MBO (Management Buyout), a Greenyard Portugal está agora nas mãos dos dois profissionais que, na altura, lideravam os destinos da empresa em Portugal, numa parceria com o fundo Vallis Capital Partners. A participação de cada uma das partes não é pública.

A empresa agora administrada por Vitor Figueiredo e Manuel Rodriguez, com o apoio do fundo de private equity, manteve a cultura operacional e as pessoas. “Esta operação permitiu manter uma estratégia de diferenciação pela qualidade de serviço e proximidade aos clientes que, desde há muito, vinha a dar os seus frutos. A cultura da organização manteve-se, já que não houve qualquer alteração à equipa que a constituiu. Esta estratégia permite não só colocar em marcha um ambicioso plano de crescimento como também poder aumentar anda mais a proximidade ao mercado e agilidade do negócio”, revela Vitor Figueiredo, CEO da Zolve, em declarações ao Hipersuper.

A equipa e a espinha dorsal da estratégia mantiveram-se, mas o centro de decisão passou a ser português. Esta alteração “permitiu trilhar novos caminhos” e aumentar a ambição do plano de expansão da empresa que, em 2020, faturou 23,20 milhões de euros. A Zolve está focada em tornar os processos internos mais eficientes e transparentes, investindo em tecnologia e nos seus trabalhadores, e quer aumentar a sua presença geográfica, não descartando a hipótese de crescer no País através de aquisições.

Lisboa é a próxima paragem. A empresa especializada em logística e transporte de produtos alimentares perecíveis tem em fase de planeamento a abertura de uma nova plataforma logística na área da Grande Lisboa. “Em termos de footprint, encontra-se neste momento em fase de planeamento uma terceira plataforma na zona da grande Lisboa. Esta plataforma multi-temperatura tem como principais objetivos alargar a pegada geográfica da empresa e dar resposta a áreas de negócio em crescimento, como sejam o comércio de proximidade e online que requerem uma distribuição mais capilar.

A Zolve está presente em Portugal desde 2001, inicialmente apenas com a plataforma de Riachos, em Torres Novas. A plataforma logística de Modivas foi inaugurada recentemente, em março de 2020, deslocando para Vila do Conde as operações que a companhia desenvolvia em Leixões. “Trata-se de um marco para a empresa já que permitirá não só consolidar a sua posição naquela região, mas aumentar significativamente a flexibilidade das suas operações de transporte”, acredita Vitor Figueiredo.

O plano de negócio prevê um crescimento de faturação na ordem dos 17% este ano. Para isso, a empresa, conta com uma retoma rápida em alguns setores de atividade no mercado nacional. “O ano de 2020 foi muito desafiante para a economia mundial pelo forte impacto que a pandemia teve em setores como o turismo, a hotelaria e a restauração. Apesar de pensarmos que vai demorar algum tempo a voltar os volumes pré-pandemia, cremos que existirá uma retoma rápida do turismo”, acredita o CEO da Zolve.

Portugal, pela proximidade e imagem criada na gestão da pandemia, tem uma posição privilegiada para capturar o turismo do norte da Europa”. Além disso, espera-se que, “quer a ajuda publica, quer a própria poupança acumulada pelas famílias durante o confinamento, vai ajudar melhorar os níveis económicos. Estamos, por isso, otimistas em relação à evolução económica da Europa em geral e de Portugal em particular nos próximos meses”, acrescenta.

A Zolve não quer ser conhecida como um mero tradicional operador de logística e transporte. Para reforçar o seu posicionamento de “solution provider”, a empresa vai apostar numa estratégia de diferenciação assente em quatro vertentes: nível de serviço, digitalização do negócio, adoção de modelos de negócio mais complexos e sustentabilidade.

No capítulo do nível de serviço, a manutenção do foco num serviço de excelência, associado a uma comunicação eficiente e a uma rápida capacidade de adaptação às necessidades de mercado, tem sido “o maior ponto de diferenciação que a empresa alcançou nos últimos anos e que a levou a conquistar maior quota de mercado”, detalha Vitor Figueiredo.

A segunda vertente de diferenciação passa pela revolução digital do negócio. “Existe know how e capacidade de investimento para repensar o negócio e incorporar tecnologia geradora de valor quer para a própria Zolve, quer para os seus clientes. Acreditamos que este é um passo fundamental para dar resposta às fortes alterações que o mercado está a enfrentar principalmente na multiplicidade de canais e forma de venda a que a logística precisa de dar resposta”.

A empesa está ainda a apostar em modelos de negócio mais complexos, com “maior abrangência” na cadeia de abastecimento. O CEO assegura que esta é uma estratégia já testada e com bons resultados. “Acreditamos em parcerias de longo prazo e, por essa via, vemo-nos como uma extensão dos nossos clientes. Temos operações de co-packing, etiquetagem, tradução de etiquetas, recolha de master data, implementação de sistemas de rastreabilidade e consultoria de supply chain que já representam uma percentagem muito significativa do nosso volume de negócios”, afirma.

Por último, a empresa tem em curso um projeto para executar de forma mais sustentável o negócio, através, por exemplo, da aposta em energias renováveis que vai permitir à empresa “ser autossuficiente em 30% da energia que consome”, termina o CEO

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