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Firmo quer explorar sinergias com a aquisição da Staples

Por a 26 de Julho de 2021 as 11:21
João Paulo Peixoto, diretor-geral da Staples

João Paulo Peixoto, diretor-geral da Staples

A Firmo concretizou a aquisição da Staples à gestora de fundos Cerberus, que passou a deter a maioria do capital da empresa de artigos de escritório e de papelaria em 2017. A ideia, daqui em diante, é fazer sinergias entre a Firmo e a Staples para “fortalecer o posicionamento das duas marcas”, adianta João Paulo Peixoto, diretor-geral da Staples, em entrevista ao Hipersuper,

“A Staples é uma marca líder no seu setor, operando como especialista no retalho de material de escritório, papelaria, mobiliário, tecnologia e serviços. Aliar o know-how deste negócio e a notoriedade desta marca forte à experiência da Firmo, com provas dadas no fabrico e distribuição de papelaria e material de escritório enquanto grossista, com 70 anos em Portugal, traz uma complementaridade natural e sinergias futuras”, explica o responsável.

A Firmo realizou, em maio de 2021, um aumento de capital de 409,23 mil euros, passando o total a ser de 1,169 milhões de euros. Rui Pedro Lopes foi nomeado para o conselho de administração, em representação da ActiveCap – Capital Partners, SCR, S.A, sociedade gestora do fundo ActiveCap I, segundo informa o Portal da Justiça. O Negócios noticiou, no mesmo mês, que o fundo “concretizou o investimento na empresa portuguesa Firmo”, juntando-se assim à aquisição da Staples. A Firmo não adianta, no entanto, os valores envolvidos na transação. Os planos passam por “reforçar ainda mais a notoriedade da marca e implementar as sinergias naturais que trazem a aquisição pela Firmo”, reforça João Paulo Peixoto.

A Firmo não fará assim cair a marca Staples, opção justificada pela notoriedade que a insígnia goza a nível nacional. “A marca Staples é muito forte em Portugal com níveis de notoriedade acima dos 90% e de recomendação pelos clientes acima dos 80%, especialmente na sua maior campanha, que é o Regresso às Aulas. Faz-nos todo o sentido manter e continuar a trabalhar o ativo  ‘marca Staples com a mesma estratégia, direcionando a oferta de produtos e serviços aos seus clientes, numa perspetiva omnicanal”, explica o diretor-geral da Staples.

O seu posicionamento também é para manter. “A Staples assume-se como especialista em tudo o que se relacione com o ‘local de trabalho’. É o parceiro ideal no negócio ou trabalho dos seus clientes, quer trabalhem a partir de casa, no escritório ou noutros locais, com soluções integradas adaptadas a cada realidade – material ou equipamento de escritório, papelaria, mobiliário, tecnologia, serviços”, diz João Paulo Peixoto. E, dada a preferência pela Staples durante o regresso às aulas, o diretor-geral da insígnia adianta que o caminho passa pelo reforço do seu posicionamento. “É a marca que preferida das famílias, crianças, escolas e professores durante o regresso às aulas, com o primeiro lugar em termos de notoriedade sugerida. Faz todo o sentido continuar a trabalhar para manter e reforçar este posicionamento, estando atentos aos constantes desafios que o mundo do trabalho continua a atravessar”, explica.

A estratégia a seguir, acrescenta, passa por “pensar acima de tudo no cliente e nas suas necessidades procurando soluções inovadoras e mantermo-nos ativos com o nosso papel na sociedade em geral, trabalhando para sermos cada vez mais uma marca sustentável e socialmente responsável”.

Relativamente às 34 lojas que a insígnia tem em Portugal, João Paulo Peixoto diz que este número é para manter, acrescentando ser ainda prematuro estar a falar da possibilidade do aumento dos pontos de venda. Quanto ao aumento da rentabilidade, esta surgirá através da aposta que a Staples tem vindo a fazer no canal online, “dando seguimento à implementação já feita com a nova plataforma de e-commerce, lançada em abril, com a presença forte em Marketplaces”.

A insígnia pretende alcançar ainda uma maior dinamização promocional e aumentar a oferta disponível. “Também no canal Corporate e agora que começamos a ver a luz ao fundo do túnel no combate à pandemia, voltar ao plano definido de alargamento da oferta, de serviços e do número de comerciais essencialmente na oferta para as pequenas e médias empresas”, acrescenta o responsável. Por outro lado, a “empresa pretende redefinir o modelo de negócio no retalho, de forma a manter e, quiçá, aumentar ainda mais a notoriedade da marca”, acrescenta.

Em 2020, a Staples faturou 85 milhões de euros, valor que, dadas as circunstâncias, foram positivos para João Paulo Peixoto. “Apesar das fortes contrariedades impostas ao negócio devido à pandemia, a reação e adaptação da Staples foi rápida ajustando todas as condições necessárias nas suas lojas, mantendo os pontos de venda abertos e preparando o canal online para a forte procura que teve. Neste sentido podemos dizer que os resultados se mantiveram em linha com o resultado do ano anterior”, conclui.

Artigo publicado originalmente na edição 392 do Hipersuper

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