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Confederação do Comércio e Serviços de Portugal lança duras críticas ao Governo pelas limitações impostas ao setor

Por a 2 de Julho de 2021 as 17:59
João Vieira Lopes, presidente da CCP

João Vieira Lopes, presidente da CCP

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) tece duras críticas ao Governo pelo recuo no desconfinamento em vários concelhos do País, que acabará por limitar o horário do comércio nesses mesmos municípios.

Em comunicado, a CCP afirma não poder “deixar de lamentar que, uma vez mais, sejam alteradas as condições para o exercício das atividades de comércio e serviços, em inúmeros concelhos que incluem uma parte significativa quer da população quer do tecido empresarial do País”.

Neste momento, os concelhos de risco muito elevado são Albufeira, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Constância, Lisboa, Loulé, Loures, Mafra, Mira, Moita, Odivelas, Oeiras, Olhão, Seixal, Sesimbra, Sintra e Sobral de Monte Agraço. Nestes municípios, o comércio a retalho alimentar poderá funcionar até às 21h durante a semana e até às 19h aos fins de semana e feriados. Quanto ao comércio a retalho não alimentar e prestação de serviços, os horários são mais apertados aos fins-de-semana. Durante a semana, os estabelecimentos poderão funcionar até às 21h. Nos fins-de-semana e feriados o horário de encerramento é até às 15h.

Os concelhos de risco elevado são 26. São os casos de Alcochete, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Avis, Braga, Castelo de Vide, Faro, Grândola, Lagoa, Lagos, Montijo, Odemira, Palmela, Paredes de Coura, Portimão, Porto, Rio Maior, Santarém, São Brás de Alportel, Sardoal, Setúbal, Silves, Sines, Sousel, Torres Vedras e Vila Franca de Xira. O retalho alimentar e não alimentar nestes concelhos poderá funcionar até às 21h.

A CCP endurece o tom das críticas lembrando as contradições do Governo na gestão da pandemia. “Ao longo deste período pandémico estes sectores estiveram sempre na linha da frente quando se tratou de impor novas restrições, enquanto se  assistem a decisões contraditórias ou ao descontrole em recentes  situações, como a jornada que definiu o campeão nacional de futebol em  Lisboa e a final da Champions League no Porto, ou se assiste à ineficácia  no controlo de inúmeras situações públicas de incumprimento,  diariamente relatadas nos meios de comunicação social”, atira a entidade.

“Se enquadrarmos essas situações num contexto de cansaço do confinamento por toda a população, entende-se a perda de autoridade política e moral do Governo cada vez que são decretadas novas medidas”, critica ainda a CCP.

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal lamenta ainda o facto de os operadores do setor estarem a viver uma permanentemente situação de incerteza.  “Não podem estar, recorrentemente, à espera das quintas-feiras, pelas decisões dos Conselhos de Ministros, para saber o que fazer no dia seguinte”, refere o comunicado.

“As empresas precisam de saber com o que contam, para programarem as suas atividades, gerirem stocks, organizar os colaboradores, entre muitos outros aspetos, principalmente num momento em que vários apoios começam a desaparecer e as empresas são obrigadas a cumprir a totalidade dos seus compromissos”, conclui.

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