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Devolução de compras online dispara e aumenta pressão na oferta de espaços logísticos

Por a 4 de Maio de 2021 as 16:04

logisticaEm 2019, foram entregues na Europa um total de 12,3 mil milhões de encomendas.  As medidas de confinamento adotadas no velho continente fizeram aumentar o comércio online, uma tendência que veio para ficar, segundo um estudo da consultora imobiliária Savills, que prevê que as empresas que fazem a entrega de encomendas precisarão de mais espaço nos seus armazéns ao longo dos próximos anos. Até 2025, serão necessários mais 8,6 milhões de metros quadrados de espaço nos armazéns dos operadores de distribuição europeus, revela o estudo.

A análise revela ainda que o número de devoluções de bens comprados online é já superior ao número de devoluções de compras em loja, muito em parte pela impossibilidade de o consumidor poder experimentar e examinar os bens antes da compra. “Assumindo que 20% dos bens comprados online entre 2021 e 2025 serão devolvidos, estima-se que as empresas de entregas de encomendas na Europa precisarão de mais 1,7 milhões de metros quadrados para acomodar e processar a devolução dos produtos”.

Soluções de gestão de devoluções com áreas de armazémgrafico

“Com um crescimento sem paralelo, o comércio online veio transformar profundamente os hábitos de compra dos portugueses, com repercussões que vieram colocar à prova, não só os modelos de distribuição, mas também os espaços de armazenagem das empresas distribuidoras. São agora necessárias soluções de gestão de devoluções com áreas de armazéns destinadas a esse fim. As devoluções advindas do comércio online são mais uma variante que está a obrigar à reestruturação necessária de espaços logísticos existentes ou à procura de instalações complementares”, comenta Alexandra Portugal Gomes, market research associate da Savills Portugal, citada em comunicado.

Mike Barnes, european commercial research associate da consultora, confirma: “embora antecipemos que as estratégias omnicanal dos retalhistas se tornem mais simplificadas de forma a reduzir o número de devoluções, é evidente que será significativo o nível de procura por espaço de armazenamento logístico, quer para novo stock, quer para devoluções”.

“Será interessante observar se, quando as lojas de retalho reabrirem no pós-confinamento, os retalhistas as utilizarão como centros de devolução, marcando uma transformação no papel das lojas como pontos de compra”, comenta Marcus de Minckwitz, regional investment advisory EMEA director da Savills.

“O que é claro é que não existe uma única solução para a devolução de bens, numa altura em que os consumidores priorizam a conveniência e os retalhistas e as empresas de entrega de encomendas acomodam as mudanças de preferências aos seus armazéns”, acrescenta.

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