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“Rendas prime do imobiliário para o setor logístico vão aumentar gradualmente nos próximos anos”

Por a 13 de Abril de 2021 as 15:37

pendurados armazemAs rendas prime do mercado imobiliário para o setor logístico deverão registar um aumento gradual ao longo nos próximos anos, refletindo a evolução positiva do comércio online em Portugal, que está a aumentar a procura por espaços logísticos nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e de plataformas de distribuição de last mile nos centros urbanos das duas maiores cidades do país, conclui o estudo Marketbeat Portugal Primavera 2021, da consultora imobiliária Cushman & Wakefield. Segundo dados da ACEPI e da IDC, o comércio online terá registado um volume de vendas total de 110.600 milhões de euros em 2020, um crescimento homólogo de 11%.

Acompanhando ainda a tendência de outros países, a oferta de unidades de armazenamento (self storage) também se manterá em crescimento em 2021 e nos anos seguintes, prevê ainda o estudo.

Além da entrada de novos investidores em Portugal, como a promotora norte-americana Panattoni, que anunciou um investimento de 190 milhões de euros em 16 projetos na Península Ibérica até 2023, nos quais se incluem duas unidades logísticas na região de Lisboa, tem vindo a aumentar a reabilitação de projetos já existentes e o desenvolvimento de outros novos. “Entre estes últimos, o retalho alimentar irá continuar ativo, encontrando-se atualmente em construção a futura plataforma logística da ALDI em Alhos Vedros (Moita) com 50.000 m2 e que deverá estar concluída em 2022”. Já no segmento de transporte de mercadorias e logística, “a Torrestir irá investir €35 milhões na construção de um novo terminal logístico em Vilaça, Braga, com 27.000 m2”, resume o estudo.

A promoção especulativa também está a crescer, como é exemplo a recente conclusão do primeiro armazém da Plataforma Logística Lisboa Norte da Merlin Properties com 45.000 m2. “Este projeto, que conta já com vários operadores interessados, localiza-se em Castanheira do Ribatejo (Vila Franca de Xira) e tem um total potencial de 225.000 m2”. Por outro lado, “o promotor belga VGP assegurou a ocupação pela Rádio Popular dos 30.000 m2 do VGP Park Santa Maria da Feira e irá desenvolver o VGP Park Sintra com 13.000 m2, com conclusões previstas para 2021 e 2022 respetivamente”. Também a Aquila Capital, através da Green Logistics, “está a promover um novo parque logístico com 115.000 m2”, resume o estudo.

No ano passado, foram transacionados 335.300 metros quadrados (m2) em imobiliário logístico, mais do que duplicando o volume registado em igual período do ano anterior. “Com perto de 60 negócios, a área média por operação aumentou para os 5.900 m2, para o qual contribuiu a conclusão de vários projetos para ocupação própria, categoria que agregou acima de 60% do volume total de absorção. Entre estes, destaque para duas ocupações no segmento da distribuição alimentar, nomeadamente pelo Lidl do seu novo entreposto logístico no Parque Industrial de Santo Tirso com 48.000 m2 e pela Sonae MC que ampliou o seu entreposto na Azambuja em mais 29.000 m2”, lê-se no documento.

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