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APED: Vendas globais no retalho descem 1,5% em 2020

Por a 30 de Março de 2021 as 11:56

retalhoO volume de vendas no setor do retalho, alimentar e espacializado, atingiu 22.653 milhões de euros em 2020, uma descida de 1,5% face ao ano anterior, segundo o Barómetro de Vendas de 2020, divulgado esta terça-feira pela Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED).

Os números mostram um “sector resiliente, mas onde inevitavelmente a desaceleração económica do país se fez sentir de forma intensa”, considera Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da APED.

Tendo em conta o encerramento temporário dos pontos de venda no retalho especializado, resultante das medidas impostas pelo governo para combater a pandemia de Covid-19, este apresentou uma diminuição global de vendas de 17,7%. No caso do vestuário, a quebra foi ainda mais expressiva, atingindo 32,5%.

O retalho alimentar que, apesar das restrições manteve sempre as portas abertas, registou um crescimento de 8,1% no volume de vendas em comparação com 2019. A categoria de produto que alcançou o maior crescimento foi a dos congelados, registando um incremento de 17,6% nas vendas. A área de bazar ligeiro cresceu 16,6%, enquanto que a de mercearia aumentou as vendas em 11,6%. Os produtos perecíveis subiram as vendas em 11,5%. O retalho alimentar fechou 2020 com uma quota de mercado de 35,1%, aumentando 1,4 pontos percentuais na quota de mercado.

“Se por um lado o alimentar aumentou as suas vendas e cumpriu a sua missão de alimentar Portugal, por outro o especializado, apesar da sua capacidade de adaptação aos canais digitais, foi muito fustigado pelas medidas tomadas pelo Governo para conter a pandemia, algumas delas que, do nosso ponto de vista, não tiveram o correto equilíbrio entre economia e saúde pública”, explica o diretor-geral da APED.

O volume de vendas, no retalho especializado, cifrou-se em 7.032 milhões de euros em 2020. O segmento de informática foi o que mais cresceu, tendo aumentado as vendas em 23,1%. A maior procura incidiu sobre como computadores portáteis (+31,1%) e tablets (+25,5%). Em destaque também estiveram os aspiradores (+29,4%), máquinas de preparação de alimentos (+24,7) e máquinas de bebidas (23,9%). Em registo negativo estiveram os smartphones (-6,5%), os livros (-16,5%) e as consolas (-3,8%).

No caso do comércio online, o documento da APED assinala que peso do e-commerce no total das vendas do retalho alimentar foi de 3%, enquanto que no retalho especializado atingiu um peso de 14,9%.

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