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Sonae Sierra regista 42 milhões de euros de prejuízo e ataca lei das rendas

Por a 18 de Março de 2021 as 9:32

GranCasa - Sonae Sierra (1)A Sonae Sierra encerrou o exercício de 2020 com um resultado líquido negativo de 42 milhões de euros, valor que compara com o lucro de 60 milhões de euros atingido em 2019, segundo números que constam no documento com os resultados anuais da Sonae SGPS.

No quarto trimestre do ano, a Sonae Sierra fechou o período com um prejuízo de 22 milhões de euros, valor que compara com o lucro de 35 milhões de euros registado em igual período de 2019.

“O resultado líquido da Sonae Sierra desde o início da pandemia (de abril a dezembro) situou-se em 89 milhões de euros negativos, o que conduziu a um resultado líquido anual negativo de 42 milhões de euros”, informa a Sonae em comunicado.

A companhia acrescenta que o resultado “foi impulsionado pelo desempenho operacional negativo do portefólio de investimentos europeu da Sonae Sierra, e pela redução de 7% do valor dos ativos”.

Estes resultados são um espelho das medidas de combate à pandemia, tendo esta área de negócio sido a mais afetada dentro do universo Sonae. O volume de negócios, em 2020, recuou 42,2% para 129 milhões de euros.

 

Por outro lado, a Sonae responsabiliza a lei das rendas aprovada no Parlamento para o agravamento dos resultados. “Na Europa, as vendas dos lojistas e o número de visitantes diminuíram respetivamente 34% e 38% em termos homólogos numa base LfL [Like-for-like]. Para além do efeito da pandemia, a atividade e os resultados da Sonae Sierra foram materialmente afetados por uma lei extraordinária e única imposta pela Assembleia da República Portuguesa”, refere a Sonae SGPS, em comunicado.

A companhia refere que a “lei conduziu a um total de descontos de 54% nas rendas totais em Portugal em 2020, o que ultrapassa largamente qualquer outro país europeu onde a Sierra opera (e onde o desconto implícito foi em média de 26%)”.

“O carácter desproporcionado desta lei não se traduziu em nenhum benefício prático, social ou económico, uma vez que as taxas de cobrança e ocupação registados em Portugal não divergiram de outros países”, acrescenta.

O resultado direto da operação situou-se em 3 milhões de euros, traduzindo uma quebra de 96,3% em relação a 2019. Já o resultado indireto situou-se em 44 milhões de euros negativos, valor que compara com os 8 milhões de euros negativos de 2019.

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