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Sonae fecha exercício de 2020 com recuo de 57,2% nos lucros

Por a 18 de Março de 2021 as 7:22

SonaeA Sonae fechou o exercício de 2020 com um lucro de 71 milhões de euros, um recuo de 57,2% face aos 166 milhões de euros apresentados no ano anterior.

O resultado líquido foi “fortemente penalizado por impactos relacionados com a pandemia Covid-19, tanto a nível operacional, como no que diz respeito à reavaliação de ativos”, refere o grupo em comunicado enviado à CMVM.

Apesar do recuo nos resultados líquidos, a companhia liderada por Cláudia Azevedo registou um crescimento de 6,1% no volume de negócios, para 6.827 milhões de euros, tendo o EBITDA subjacente sofrido uma quebra de 1,3% para 593 milhões de euros. O que resultou numa descida da margem de 0.7 pontos percentuais para 8,7%.

O crescimento do volume de negócios resultou da atividade da Sonae MC e da Worten, que compensaram a evolução negativa da Sonae Sierra e da Sonae Fashion. Ainda no que diz respeito ao volume de negócios, o grupo registou 1.919 milhões de euros no quarto trimestre do ano passado, refletindo uma subida de 6,6% face ao período homólogo de 2019. No mesmo período, o EBITDA subjacente desceu 4,6% para 187 milhões de euros.

No total do ano, o comércio online também foi vital para o crescimento do volume de negócios da Sonae. Em termos agregados, as receitas da Sonae MC no online atingiram 480 milhões de euros, mais do dobro relativamente a 2019.

Por outro lado, o resultado indireto situou-se em 59 milhões de euros negativos, “impactado negativamente por uma redução de 91 milhões de euros no valor das propriedades de investimento da Sonae Sierra, e positivamente pelas reavaliações no portefólio da Sonae IM de 39 milhões de euros”.

Aumento do Capex

A Sonae aumentou em 25,7% o seu capex total para 502 milhões de euros. “Não só continuamos a investir na melhoria das nossas propostas de valor e na digitalização das nossas operações, como ainda reforçámos a nossa posição na NOS (7,38%) e na Salsa (50%)”, lembra o documento.

Em termos de gestão de portefólio, a Sonae Sierra concluiu a transação do Sierra Prime e a Sonae MC executou transações de sale & leaseback, gerando um encaixe de 335 milhões de euros.

No que diz respeito ao cash flow, a companhia gerou um free cash flow antes de dividendos pagos de 220 milhões de euros, 24% abaixo do valor do ano passado, o que se ficou a dever a “um valor inferior de dividendos recebidos da Zopt (que é um efeito temporário, devido ao atual processo judicial ) e também devido a alterações de portefólio na Sonae Sierra”.

Já a dívida líquida diminuiu 4% face a 2019, para 1.103 milhões de euros, tendo a companhia reforçado a sua estrutura de capital.

Sonae MC reforça quota de mercado

Analisando por áreas de negócio, a Sonae MC registou um forte incremento no desempenho do volume de negócios. A área de retalho alimentar da Sonae atingiu 5.153 milhões de euros, um aumento de 9,6% face a 2019. As vendas comparáveis cresceram 6,6%. Este desempenho permitiu “reforçar a sua posição de liderança no mercado do retalho alimentar português”, refere o comunicado da Sonae, acrescentando que 2020 “deve ter sido o ano na história da empresa com o maior aumento de quota de mercado e com as melhorias mais significativas em termos de métricas de preferências de cliente e de marca”.

Por outro lado, as vendas online cresceram 80% em 2020. Já o investimento da Sonae MC situou-se em 205 milhões de euros, um recuo de 8% face a 2019. A empresa abriu 89 lojas próprias e aumentou em 3% os metros quadrados para 31 mil.

Quanto ao EBITDA subjacente, a Sonae MC fechou o ano com 526 milhões de euros, um crescimento de 10% face a 2019.

O volume de negócios da Worten também apresentou uma evolução positiva, com um crescimento de 6,8% para 1.161 milhões de euros, tendo as vendas comparáveis crescido 8,6%. As vendas online, segundo o documento, mais do que duplicaram na totalidade do ano e no quarto trimestre. Quanto ao EBITDA subjacente, este situou-se em 74 milhões de euros, traduzindo uma subida de 30%.

Em resultado do encerramento temporário das lojas durante a pandemia, a Sonae Fashion recuou as vendas em 12,2% para 344 milhões de euros, tendo as vendas comparáveis diminuído 12,2%.

A companhia realça que, no quarto trimestre de 2020, o desempenho foi melhor do que o esperado, tendo atingido um volume de negócios de 112 milhões de euros, um recuo de 1,6% face ao período homólogo de 2019.

O desempenho das vendas online conseguiu diminuir o impacto da quebra do volume de negócios, tendo duplicado o seu peso de para 14%, quando em 2019 representava 7% do total do volume de negócios.

Já o EBITDA subjacente desceu de 44 para 13 milhões de euros.

A ISRG, que também sofreu do encerramento temporário das lojas, atingiu um volume de negócios de 660 milhões de euros, um recuo de 2% face a 2019. O bom desempenho no terceiro trimestre amorteceu as quedas no volume de negócios, tendo este aumentado 9%, face ao período homólogo de 2019, para 192 milhões de euros. No total do ano, as vendas online mais do que triplicaram, tendo um peso de 10%.

O EBITDA diminuiu de 673 para 660 milhões de euros.

Notícia atualizada

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