El Corte Inglés não pretende rescindir com trabalhadores acima de 50 anos

O El Corte Inglés apresentou ontem aos sindicatos os critérios que pretende colocar em prática no processo de redução de pessoal, que prevê a rescisão voluntária de 3.000 funcionários.

A companhia espanhola informou que pretende excluir do plano de rescisões funcionários com mais de 50 anos, segundo noticiam os meios de comunicação espanhóis. A empresa argumenta não se tratar de um plano de rejuvenescimento dos quadros, mas antes de um “processo de redução e de reorganização da empresa”.

Citando fonte próximas do processo, o jornal Cinco Días dá conta que é intenção da empresa manter o pessoal mais experiente, pois os seus responsáveis consideram que, no plano de reorganização concretizado em 2016, que foi destinado a maiores de 58 anos, a organização perdeu quadros considerados muito valiosos.

Não está assim nos planos da empresa cortar os postos de trabalho dos funcionários com melhores remunerações e com maior proteção laboral, uma vez que os trabalhadores com mais de 50 anos são os que têm a maior remuneração média e estão entre o grupo que tem a maior percentagem de contratos sem termo.

A empresa não pretende assim seguir o modelo colocado em prática em 2016, quando mais de 2.000 mil pessoas se voluntariaram a sair da empresa.

O retalhista aprovou, no final de fevereiro, um plano de reestruturação para redimensionar a operação, que foi fortemente impactada pela pandemia. Além da rescisão voluntária com 3000 trabalhadores, a empresa pretende ainda encerrar lojas não rentáveis. Não está previsto, para já, que os trabalhadores sejam afetados por esta medida em Portugal.