Vendas da Jerónimo Martins crescem 3% para €19,3 mil milhões em 2020
As vendas consolidadas da Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce, atingiram 19,3 mil milhões de euros em 2020, o que representa um crescimento homólogo de 3,3% e uma subida de 3,5% em termos comparáveis (like for like), revela a empresa em comunicado enviado à CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários) com os resultados do ano passado.
Os resultados líquidos cifraram-se em 361 milhões de euros, uma diminuição de 16,6% em relação a 2019, se excluída a aplicação da IFRS16 (nova norma internacional de contabilidade que obriga as empresas a comunicar os contratos de arrendamento como passivos na contabilidade das empresas). Com a IFRS16, os resultados líquidos atingiram 312 milhões de euros, uma quebra homóloga de 19,9%.
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O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do grupo, excluindo a IFRS16, alcançou 1.024 milhões de euros. Com a IFRS16, o EBITDA registou uma redução homóloga de 1% para para 1.423 milhões de euros.
O Conselho de Administração do grupo irá propor à Assembleia Geral de Accionistas a distribuição de 50% dos resultados líquidos (sem IFRS16), correspondendo ao pagamento de um dividendo de 181 milhões de euros, equivalente a 0,288 euros por ação (valor bruto), revela o grupo, no documento.
“Suportados pelo sólido desempenho registado em 2020 e pela força do nosso balanço, entramos em 2021 conscientes dos desafios, com as prioridades estratégicas bem definidas e um foco inabalável na geração de caixa como garante da nossa capacidade para investir no reforço das nossas posições competitivas. Ao mesmo tempo, mantemos a flexibilidade para aproveitar oportunidades de crescimento consistentes com a nossa visão estratégica”, comenta Pedro Soares dos Santos, presidente e administrador delegado da Jerónimo Martins.
As vendas do Pingo Doce diminuíram no ano passado 1,9%, em termos homólogos, para 3,9 mil milhões de euros. As vendas da cadeia de supermercados Biedronka cresceram 6,7% em termos homólogos para 13,5 mil milhões de euros. E a cadeia de supermercados do grupo Jerónimo Martins na Colômbia, a Ara, registou um crescimento das vendas de 8,9%, mais 24,4% em moeda local, para os 854 milhões de euros.