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Excedente da balança de pagamentos é o mais baixo desde 2012

Por a 17 de Fevereiro de 2021 as 16:54

exportaçõesPortugal conseguiu manter o excedente da balança de pagamentos em 2020, embora os 256 milhões de euros, divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal (BdP), sejam os valores mais baixos desde 2012, ano em que a economia nacional passou a ter um saldo positivo na balança de pagamentos de 787 milhões de euros.

“Em 2020, o saldo conjunto da balança corrente e de capital situou-se em 256 milhões de euros, o que compara com o excedente de 2591 milhões de euros registado em 2019”, avança a nota do BdP.

O BdP explica a manutenção do excedente do conjunto da balança corrente e de capital com os saldos positivos observados nas balanças de serviços, de rendimento secundário e de capital, que superaram, no seu conjunto, os défices da balança de bens e de rendimento primário.

“Em 2020, o défice da balança de rendimento primário reduziu-se 2095 milhões de euros relativamente ao período homólogo, para 3034 milhões de euros. A diminuição do défice foi, em grande medida, justificada pela redução do pagamento de rendimentos de investimento a entidades não residentes”, revela a nota do Banco de Portugal.

Quanto à balança de bens e serviços, as exportações desceram 20,4%, tendo as importações diminuído 15,1%.  “Neste período, o défice da balança de bens diminuiu 4100 milhões de euros face ao período homólogo, fixando-se em 12186 milhões de euros. Contudo, o excedente da balança de serviços reduziu-se em 9242 milhões de euros, para 8603 milhões de euros”, nota o BdC.

No que diz respeito à balança secundária, esta diminuiu 152 milhões de euros, sobretudo devido “à evolução das transferências correntes, nomeadamente pelo aumento da contribuição para o orçamento da União Europeia”. Já o saldo da balança de capital aumentou 862 milhões de euros, o que resultou do aumento dos recebimentos de fundos comunitários.

O saldo da balança de financeira apresentou um aumento dos ativos líquidos de Portugal face ao exterior no valor de 780 milhões de euros. “Esta subida deveu-se ao contributo dos bancos portugueses, caracterizado por um aumento de ativos, através do investimento em títulos de dívida emitidos por estados-membros da União Monetária, e por uma redução de passivos, através da diminuição de depósitos de não residentes e de amortizações de empréstimos face ao Banco Europeu de Investimento”, explica o Banco de Portugal.

Verificou-se, no entanto, um aumento dos passivos do Banco de Portugal junto ao Eurosistema e do investimento de não residentes em títulos emitidos por empresas portuguesas.

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