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Domus Capital vende 2 milhões de litros cerveja em 2020 e prepara entrada no segmento de bebidas saudáveis com apoio de accionista americano

Por a 12 de Fevereiro de 2021 as 13:13
Sérgio Duarte, CEO da Quinas

Sérgio Duarte, CEO da Quinas

A cerveja Quinas vendeu 2 milhões de litros de cerveja em 2020, ano em que ocorre o “boom da marca” no mercado português e também internacional. Desde fevereiro de 2018, aquando da apresentação ao mercado, a marca vendeu, no total, 3 milhões de litros.

“O boom da marca de cerveja ocorreu em 2020, ano em que foram vendidos 2 milhões de litros, estando a marca já numa fase de maturação”, adianta Sérgio Duarte, CEO da Domus Capital, grupo proprietário da cerveja Quinas, preferindo não adiantar o valor das vendas.

Tendo a marca iniciado o seu percurso nos mercados internacionais, o ano passado fica também marcado pelo crescimento da cerveja a nível nacional. O CEO do grupo indica que, nos dois primeiros anos da operação, as vendas para o exterior representaram 80% das vendas. “Em 2020, corrigimos um pouco, tendo as vendas para o exterior diminuído para 40%, fruto do crescimento no mercado nacional. O crescimento interno ocorreu de forma automática”, explica o responsável.

No canal da distribuição, a cerveja é vendida nas insígnias do grupo Jerónimo Martins, nos cash & carry da MCunha, da Henisa, na Tudo a 1 Euro, no Intermarché e no E.Leclerc. “A 22 de fevereiro chegaremos a 43 lojas da Spar e estamos ainda a negociar com outras cadeias da grande distribuição”, revela.

Referindo-se ainda o mercado português, onde as vendas para o canal Horeca representam 20% do total, Sérgio Duarte diz que o desempenho da cerveja não foi afetado pela pandemia, devido ao maior peso que tem na distribuição. “Não estamos ainda muito implementados no canal Horeca. Leva muito tempo a entrar, porque há contratos que têm de ser cumpridos com outras marcas. Além disso, não viemos logo para Portugal. Entrámos há um ano. Foi a estratégia que adotámos, uma vez que há duas marcas que dominam o mercado. Logo, não sofremos muito o impacto do encerramento do canal Horeca. Houve uma compensação com o crescimento das vendas no canal da distribuição”, explica.

Por outro lado, acrescenta, os resultados da Quinas nos mercados internacionais são bastante favoráveis, sobretudo nos Estados Unidos, Canadá e Suíça.  “Vamos dar um grande salto no Canadá e nos Estados Unidos. E estamos surpreendidos com o sucesso que a marca tem tido na Suíça”, realça. Com o bom desempenho no Canadá, a Domus Capital tem ainda a ambição de ser a marca portuguesa líder neste mercado. “Vamos querer a disputar a liderança no mercado, o que tem a ver com o parceiro que temos [Global Wines]”, adianta.

Com o bom desempenho nos Estados Unidos da América e no Canadá, o grupo Domus Capital está a preparar a entrada de delegações nestes mercados para dar apoio à Global Wines, que detém 15% do capital do grupo. “Serão equipas comerciais que irão para esses mercados  acompanhar mais de perto os consumidores e para dar apoio ao nosso parceiro. A Global Wines domina a comercialização de vinhos, logo é possível disputar a liderança de cervejas nacionais no Canadá. As marcas são importantes, mas os parceiros são fundamentais”, revela o CEO da Domus Capital.

A nível internacional, a Domus Capital está a ainda a preparar a entrada na Guiné, no Senegal e nos Camarões, depois de a Quinas ter dado  entrada, há pouco tempo, na Islândia. “Queremos ser a marca portuguesa de cerveja mais representativa em número de mercados”, aponta.

Num momento em que pretende reforçar ainda mais a presença nos mercados internacionais, a empresa fez um aumento de capital de 33.687 mil euros, proveniente de um parceiro de negócios dos Estados Unidos, passando este a deter uma participação de 22% no total do capital do grupo, que é agora de 405.135 euros. Não querendo revelar a identidade do acionista, Sérgio Duarte diz que este reforço de capital foi feito a pedido do acionista. “Em breve, iremos arrancar no segmento de bebidas saudáveis, a pedido do mercado norte-americano. Estamos a desenvolver o produto e vai ser criada uma nova marca. Este segmento tem um enorme potencial de crescimento. Com o nosso portefólio de bebidas, temos muitas opções para crescer. E em 2020 vamos apostar em mais lançamentos”, conclui.

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