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Heineken vai despedir 8.000 trabalhadores

Por a 10 de Fevereiro de 2021 as 12:34

HeinekenA Heineken, grupo que controla a Sociedade Central de Cervejas e Bebidas (SCC), vai despedir 8.000 trabalhadores em todo o mundo, sendo intenção da companhia poupar cerca de 2.000 milhões de euros nos próximos dois anos, relata o Financial Times, citando declarações proferidas, esta quarta-feira, por Dolf van den Brink, CEO da Heineken.

O processo de reestruturação implica o despedimento de cerca de 10% dos 85 mil colaboradores do grupo, sendo o objetivo de van den Brink recuperar margens e aumentar a produtividade, depois de um ano em que todas as cervejeiras mundiais foram afetadas por cortes de receitas resultantes do encerramento temporário de restaurantes, bares e cafés.

Essa mesma quebra de receitas é expressa nos resultados anuais do grupo apresentados esta quarta-feira, tendo sido anunciado prejuízos de 204 milhões de euros, uma variação negativa de 109,4 % face ao lucro de 2.200 milhões de euros apresentado em 2019.

“O impacto da pandemia nos nossos negócios foi amplificado pela nossa exposição ao canal on-trade [bares e restaurantes]”, referiu van den Brink, citado pelo mesmo meio de comunicação. As vendas, em volume, sofreram uma queda de 8,1 em 2020, em termos orgânicos, com a Europa a registar uma queda de 8.2%.

O encerramento de cafés, bares e restaurantes, medidas adotadas pelos Governos para combater a pandemia, resultou numa quebra das receitas líquidas de 17,7% para 19.715 mil milhões de euros.

Em Portugal, o canal Horeca está, de novo, encerrado, depois de o executivo ter decidido avançar para um segundo confinamento, que poderá durar até ao período da Páscoa.  Sobre o impacto da medida da Heineken sobre a operação em Portugal, a SCC não é taxativa. “A avaliação é feita país a país perante as repercussões diferenciadas da pandemia no negócio, em cada território”, refere Nuno Pinto de Magalhães, diretor de comunicação e de relações institucionais da SCC, em declarações ao Hipersuper. Sobre um eventual plano de redução de trabalhadores, Pinto de Magalhães remata:  “partilharemos quando e se tivermos informação para partilhar sobre este assunto”.

No ano passado, fruto de uma quebra de receitas, o grupo Super Bock, avançou para um despedimento coletivo de 10% dos trabalhadores. A Sumol+Compal anunciou, posteriormente, o despedimento de 80 trabalhadores. 

 

 

 

 

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