Teletrabalho aumenta produtividade na maioria das empresas

A generalização do teletrabalho aumentou, na maioria das empresas, a produtividade durante o terceiro trimestre de 2020. O aumento da produtividade, de acordo com um estudo do Capgemini, está ligado à redução dos tempos de viagem, aos horários flexíveis e à adoção de ferramentas colaborativas virtuais.

O estudo do Capgemini Research Institute, intitulado “The future of work: from remote to hybrid”, ressalva, no entanto, que os trabalhadores dizem-se impactados por um sentimento de obrigação de “estarem sempre ligados” e disponíveis.

O estudo aconselha os gestores a repensar a eficácia das suas atuais estruturas e a acabar com os silos e as barreiras organizacionais que existem entre as suas equipas. “As empresas, para manterem os benefícios obtidos com o teletrabalho e para satisfazerem as expectativas dos seus colaboradores ao mesmo tempo, terão agora de encontrar um modelo de negócio que lhes permita adotar uma abordagem híbrida mais equilibrada”, lê-se no documento.

São as áreas de tecnologias de informação e dos serviços digitais que lideram os ganhos de produtividade, seguidas pelo atendimento ao cliente e pelas vendas e marketing. “Este crescimento fica a dever-se sobretudo ao aceleramento da digitalização e da utilização de tecnologias avançadas, tais como a inteligência artificial”. No final deste ranking, com 51% de crescimento, encontram-se os setores de produção, investigação e desenvolvimento, inovação e cadeia de abastecimento, áreas que tipicamente exigem a presença física dos trabalhadores nas instalações das suas organizações.

Nos próximos dois a três anos, quase três em cada dez empresas acreditam que mais de 70% dos seus colaboradores irão permanecer em teletrabalho (antes da pandemia da Covid-19 este rácio era de apenas 10%). Quase metade prevê ainda que as suas necessidades totais, no que diz respeito ao trabalho com presença física nas suas instalações, venha a sofrer uma diminuição de pelo menos 10%, acrescenta o estudo.