Corticeira Amorim lança tecnologia que elimina TCA das rolhas

António Rios de Amorim, Presidente do Conselho de Administração da Corticeira Amorim

A Corticeira Amorim anunciou esta terça-feira o lançamento de duas tecnologias para remover o TCA (tricloroanisole) das rolhas naturais e para criar um segmento de rolhas microaglomeradas.

Em comunicado enviado à CMVM, a empresa detalha que lançou a tecnologia Naturity para remover o TCA detetável nas rolhas naturais e a Xpür para criar um novo segmento de rolhas microaglomeradas.

“Estas tecnologias resultam de robustos investimentos financeiros, tempo e dedicação em I&D por parte da nossa equipa. Apesar dos obstáculos que 2020 colocou no caminho de todos, conseguimos cumprir a promessa feita de que íamos conseguir um desempenho de TCA não detetável em todos os segmentos de rolhas de cortiça até ao final do ano. Este é o nosso compromisso para os nossos 30.000 clientes em todo o mundo – para garantir a qualidade e a consistência dos seus produtos e assegurar que a preferência dos consumidores pela cortiça só possa ficar mais forte”, refere António Amorim, presidente e CEO da Corticeira Amorim, citado na mesma nota.

A investigação para desenvolver a Naturity, tecnologia com patente pendente, iniciou-se em 2016 com a Nova School of Science and Technology. A tecnologia “baseia-se nos princípios de dessorção térmica através de uma utilização, exclusiva e não sequencia, de pressão, temperatura, água purificada e tempo”, segundo o comunicado enviado à CMVM.

“Ensaios exaustivos de engarrafamento, envolvendo vários produtores de vinhos, produziram resultados exemplares em termos da medição do impacto do tratamento no desempenho da cortiça, com ensaios adicionais de validação de terceiros a serem conduzidos o mais rapidamente possível com o Instituto Geisenheim, na Alemanha, e os laboratórios Campden & Chorleywood, no Reino Unido”, acrescenta a nota.

A tecnologia Xpür, criada para estender o desempenho de TCA não detetável para rolhas microaglomeradas, “aprimora a aplicação convencional de CO₂ supercrítico, desenvolvida há várias décadas”, redesenhando e atualizando o “conceito, com a tecnologia do século XXI”, finaliza.