“É um não educado mas definitivo”. Governo francês trava venda do Carrefour
“A minha resposta é extremamente clara: não estamos a favor do acordo. É um não educado, mas muito claro e definitivo”, disse o ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, ao canal de televisão BFM TV, em resposta à proposta de aquisição “amigável” do Carrefour por parte da empresa canadiana Alimentation Couche-Tard por 20 mil milhões de dólares.
“A soberania é um assunto chave para o Governo” (…) e a “segurança alimentar é estratégica para o nosso país, por isso não vendemos um grande retalhista francês”, afirmou o ministro, acrescentando que o comércio alimentar foi recentemente incluído numa lista de setores considerados estratégicos, o que confere ao executivo francês poder para bloquear transações desta natureza.
Le Maire lembrou ainda que o Carrefour é o maior empregador privado do país, dando emprego a 105 mil pessoas em França e, se consideramos a operação global, o número aumenta para 320 mil trabalhadores.
Até agora, nem o Carrefour nem a Alimentation Couche-Tard se pronunciaram sobre a posição do governo francês, que já levou as ações do grupo francês a cair 2,51% na bolsa de Paris.
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