APED pede ao Governo para recuar nas medidas restritivas afetas à grande distribuição
A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) está a apelar ao Governo para recuar nas medidas restritivas afetas à grande distribuição no combate à pandemia, em concreto a proibição de bebidas alcoólicas, a redução dos horários aos fins-de-semana e o número de pessoas permitidas em loja.
Em comunicado enviado às redações, a APED defende que as medidas restritivas estão a provocar “danos nefastos ao setor e à produção nacional”, falando a organização em prejuízos avaliados em “dezenas de milhões de euros”.
“Está em causa não só a sustentabilidade do retalho como de um conjunto de setores da produção nacional, que estão a ser severamente condicionados no escoamento dos seus produtos. A produção nacional está a ser duplamente penalizada: pelos efeitos decorrentes da pandemia, mas sobretudo pela tomada de decisões do Governo que se têm revelado inconsequentes em termos de contributo para a saúde pública, principalmente no que diz respeito aos horários do comércio”, afirma Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da APED, citado no mesmo documento.
A associação que representa as empresas de distribuição descreve as medidas como “equívocas”, tendo estas “causado constrangimentos aos consumidores e às empresas”. “A decisão de alterar o horário de funcionamento dos espaços comerciais é arbitrária, tomada sem uma evidência científica, que apenas veio causar dificuldades no planeamento das compras das pessoas e dificuldades acrescidas na gestão das lojas”, sustenta a APED.