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ACIBEV defende que proibição de venda de bebidas alcoólicas depois das 24h carece de fundamentação científica

Por a 16 de Dezembro de 2020 as 15:59

vinhoA Associação de Vinhos e Espirituosas de Portugal (ACIBEV) mostra-se preocupada com a continuidade das medidas que proíbem a proibição de bebidas alcoólicas depois das 20h, alegando que esta carece de fundamentação científica.

Afirmando a compreensão em relação à preocupação do Governo relativamente ao consumo de bebidas alcoólicas na via pública, a entidade não entende, no entanto, a justificação que está na base da proibição de venda de bebidas alcoólicas no retalho alimentar, estando a medida a continuar a vigorar num país em “que o consumo de vinho está associado às refeições”.

Por outro lado, a ACIBEV defende que a medida carece de fundamentação científica, prejudicando inclusive “todos consumidores que pretendem fazer as suas compras em horário pós-laboral” e incentivado a “aglomeração de pessoas no horário anterior às 20h”.

“Fomenta também a separação estrutural dos locais destinados às bebidas alcoólicas, por ser mais fácil “fechá-los” após as 20h desincentivando as ações de promoção dos vinhos portugueses nos pontos de venda, associadas por exemplo a produtos da dieta mediterrânica”, refere a entidade em comunicado.

Além disso, a associação diz não compreender que a proibição da venda de bebidas alcoólicas esteja a ser alargada às esplanadas, quando a restauração já provou que “podem ser adotadas medidas de distanciamento social”.

A entidade caracteriza, por último, a medida de discriminatória. “Num momento tão difícil para as nossas empresas, em que o canal HORECA continua a ter quebras muito significativas, é para nós vital poder continuar a vender nos estabelecimentos de comércio a retalho, incluindo supermercados e hipermercados e nas esplanadas, sem restrições que não têm qualquer justificação de saúde, pelo que apelamos ao Governo que não prorrogue tais medidas”, finaliza.

Também nesta quarta-feira a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição  (APED) tomou uma posição no mesmo sentido em relação a esta matéria. 

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