Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo investem €2 milhões no primeiro porto seco do país

A Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) vai investir dois milhões de euros para erguer o primeiro porto seco do país. A infraestrutura afastada do mar, que ficará localizada na Guarda, a cerca de 200 quilómetros do Porto de Leixões, representa, para a administração destes portos, uma oportunidade para “aumentar a competitividade das empresas”, “atrair investimento” e “criar novos postos de trabalho”.

Entre as vantagens da instalação deste porto no interior do país destacam-se ainda o “alargamento do acesso à intermodalidade, que se traduz numa poupança de 15% no ‘inland’, para além da redução de custos de armazenagem e paralisação e redução dos tempos de transporte, dada a proximidade das estruturas e agilidade aduaneira”, revela a APDL em comunicado.

“Avançar com a criação do porto seco na Guarda vai trazer enormes vantagens para a competitividade do Porto de Leixões, uma vez que alargará o seu ‘hinterland’, ou seja, a área de influência, que representa já 6% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Por outro lado, vai alavancar a competitividade das empresas importadoras e exportadoras da região, que poderão ver os seus custos com transportes e logística reduzidos”, afirma Nuno Araújo, presidente da APDL, citado no documento.

A utilização otimizada do transporte combinado – ferrovia, rodovia e marítimo – é mais uma vantagem. A localização na cidade da Guarda é, por isso, estratégica. “O nó ferroviário das duas linhas férreas importantes, da Beira Baixa e a da Linha da Beira Alta, encontra-se na cidade da Guarda, onde se localiza a Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial da Guarda, que estabelece ligações diretas à A23 e à A25, além de fazer fronteira com Espanha”, acrescenta.

Nuno Araújo referiu ainda que a aposta em portos secos não vai ficar por aqui. “Estamos à procura de outras localizações que sejam também elas favoráveis à construção de outros portos secos em regiões distintas”.