Centros Comerciais receosos com quebra de vendas registada em outubro

António Sampaio de Mattos, presidente da APCC

A Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) mostra-se preocupada com a evolução negativa das vendas dos seus associados devido às restrições impostas pelo executivo para combater a pandemia.

Em comunicado enviado às redações, a APCC adianta que os 93 conjuntos comerciais representados pela entidade sofreram quebra de vendas de 20,9% em outubro face ao mês homólogo de 2019.

“Após os meses de agosto e setembro onde assistimos a uma recuperação das vendas nos centros comerciais, no mês de outubro as quebras de vendas voltaram a aumentar, embora ligeiramente. Estes dados vêm confirmar que restrições em excesso, que não se justificam, dado os elevados padrões de segurança demonstrados por esta indústria, têm efeitos graves no sector”, refere António Sampaio de Mattos, presidente da APCC.

O responsável acrescenta que os centros comerciais tinham a expetativa de recuperar, de forma acentuada, as vendas em novembro e dezembro. No entanto, “as recentes medidas de combate à pandemia, como o encerramento a partir das 13:00horas aos fins-de-semana, fazem-nos duvidar dessa recuperação, se as medidas se mantiverem”, acrescenta.
Por outro lado, o presidente da associação alerta ainda para a situação dos centros comerciais, que poderão ficar com a sustentabilidade do negócio em causa. “A manter-se a situação, alguns Centros Comerciais poderão acumular prejuízos avultados e ter dificuldades no futuro próximo. Apelamos ao Governo e aos partidos políticos para que estejam cientes das graves consequências ao nível do emprego e da economia, que daí possam advir”, conclui.