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Retalho contribui pouco para subida do investimento em imobiliário comercial no terceiro trimestre

Por a 5 de Novembro de 2020 as 13:27

supermercadoO investimento em imobiliário comercial registou uma “forte” recuperação ao longo do terceiro trimestre do ano, com cerca de 619 milhões de euros transacionados, sete vezes mais do que o volume de 90 milhões de euros investidos no segundo trimestre do ano, de acordo com o boletim trimestral de “Market Pulse”, da consultora imobiliária JLL.

O setor de retalho é dos que menos contribuiu para a evolução do investimento em relação ao trimestre anterior. “É um dos sectores mais afetados, devido à grande queda de vendas não só pelo fecho de lojas, mas também pelas restrições dentro das lojas, que continuam a ser um travão”, revela o estudo.

“A restauração, que constava entre os setores mais dinâmicos na abertura de lojas pré-covid, é um dos mais afetados por estas restrições. Esta é uma situação que afeta também os centros comerciais, que sentem o impacto devido à insegurança de estar em espaços fechados, e o comércio de rua, que sofre com a falta de turistas”.

Mas, nem tudo é preto no setor do retalho, já que o comércio de conveniência e proximidade e o comércio online têm crescido com a pandemia. A explosão das vendas online tem agitado o mercado imobiliário industrial e de logística, com a oferta de poucos ativos para uma elevada procura por este tipo de espaços.

“Uma recuperação desta magnitude em plena pandemia abre boas perspetivas para a reta final do ano, pois mostra que, apesar das adversidades e da elevada, os investidores continuam ativos. Por um lado, acreditam nos fundamentais de mercado, mantendo-se interessados nos setores tradicionais, mas onde a atividade ocupacional está naturalmente mais afetada, como é o caso dos escritórios e do retalho, mas também dos hotéis. Por outro lado, é de realçar também o crescente interesse por setores como o industrial & logística e o living, com os investidores dispostos a aceitar rentabilidades mais baixas em prol de um produto mais resiliente”, resume Pedro Lancastre, diretor-geral da JLL.

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